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O Ministério dos Transportes oficializouem cerimônia em Brasília, no dia 9 de abril, a autorização para o início das operações de caminhões pesados elétricos Volvo no Brasil. Os veículos que fazem parte desse regime experimental circularão principalmente em zonas urbanas, regiões metropolitanas e no transporte intermunicipal de curtas e médias distâncias. A intenção é verificar como caminhões pesados elétricos se comportam neste tipo de operação, analisando o desempenho e o impacto no pavimento. “Este é mais um passo para o avanço da oferta de veículos elétricos pesados no Brasil, dentro de nosso compromisso para contribuir com a descarbonização dos transportes”, afirma Wilson Lirmann, presidente da Volvo na América Latina. As transportadoras ReiterLog, do Rio Grande do Sul, e Ritmo Logística, do Paraná, são as primeiras empresas a iniciar operações de transporte regular com os caminhões elétricos Volvo. A meta global da marca é reduzir em 50% as emissões de CO2 de seus caminhões até o final desta década e chegar a zero emissões em 2040. 

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            Os resultados preliminares do estudo sobre peso por eixo de caminhões elétricos pesados já confirmam os benefícios de rodar com veículos de zero emissões de CO2, dentro dos padrões de segurança e de pavimento das estradas brasileiras. O estudo é liderado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), com coordenação técnica do Instituto Nacional de Projetos para Trânsito e Segurança (Inprotran), em parceria com a Volvo, a fabricante de pneus Prometon, a Universidade de Brasília (UNB) e o Laboratório de Pavimentação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (LAPAV/UFRGS). O objetivo final é definir uma regulamentação de peso por eixo que permita o trânsito de caminhões elétricos pesados de forma segura e eficiente. A análise inicial de dados aponta também outros benefícios dos caminhões pesados elétricos, como alta eficiência energética, inexistência de ruído, baixo nível de vibração e conforto para o motorista.

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            Se depender das crescentes exigências ambientais de muitas empresas em relação ao transporte de seus produtos, é provável que a eletrificação do transporte de cargas por caminhões se torne em breve mais comum no Brasil. Marcas como a Volkswagen e a FNM já produzem localmente caminhões elétricos, enfrentando a concorrência chinesa, de marcas como a BYD, a JAC, a Foton e a XCMG. De olho na demanda, a Volvo apresentou seu FM Electric a transportadores nacionais, para coletar as primeiras impressões em aplicações tipicamente brasileiras. O cavalo-mecânico pesado 100% elétrico da marca sueca tem potência de 490 kW (equivalente a 666 cavalos), com opções de PBTC (Peso Bruto Total Combinado) de até 44 toneladas. Ele pode ser equipado com três motores elétricos e até seis baterias (540 kWh). Com autonomia de até 300 quilômetros, é ideal para operações no entorno de centros urbanos. 

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            O carregamento pode ser feito em estações no pátio da própria transportadora, de uma hora e meia a oito horas para o reabastecimento, dependendo da quantidade de baterias e do tipo de carregador. Com suspensão a ar em todos os eixos, o Volvo FM Electric é dotado de freios de regeneração, que permite a recuperação da energia. O modelo tem baixo nível de ruído, tornando-o uma boa alternativa para aplicações próximas a áreas residenciais. Sem emissões de gases, pode ser utilizado em ambientes fechados, como galpões e armazéns. Equipado com a caixa de câmbio I-Shift, o FM Electric é um veículo para uma série de operações, desde o transporte de produtos industrializados, cargas refrigeradas, alimentos e bebidas, até bens de consumo e hortifrutigranjeiros, podendo ser implementado com baú ou “sider”, em carretas de dois ou três eixos.

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Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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