Passou-se mais de uma década para a Volkswagen acordar para o segmento de utilitários esportivos, o mais promissor de toda a indústria automotiva neste século. Importados respectivamente da Europa e do México, o Touareg e o Tiguan representavam a marca, mas faltava um SUV produzido localmente para encarar concorrentes como o Ford EcoSport – o desbravador desse terreno no mercado nacional –, o Renault Duster, o Honda HR-V e os Jeep Renegade e Compass. No ano passado, a Volkswagen resolveu ir à luta com o lançamento do T-Cross. O modelo que sai da fábrica de São José de Pinhais, no Paraná, assumiu a liderança dos utilitários esportivos “made in Brazil” em julho deste ano, em meio à pandemia do coronavírus. Ainda em julho, veio a estreia do Nivus, produzido na fábrica Anchieta, no ABC Paulista. Em outubro, foi a vez da “avant première” do Taos, fabricado em General Pacheco, na Argentina, para, segundo Pablo Di Si, CEO da Volkswagen na América Latina, “completar o nosso portfólio nos SUVs. Por entanto…”. A reticência provocativa do executivo tem lá seus motivos. Esta semana, na “live” de lançamento do Taos para o Brasil – previsto para chegar às concessionárias no segundo trimestre do próximo ano –, Di Si revelou que o Touareg, o utilitário esportivo de luxo e de grande porte feito atualmente na Alemanha, será produzido também na Argentina para abastecer toda a América do Sul e o Caribe. E ainda prometeu outros modelos inéditos dentro do segmento.
Para a marca alemã, a alta tecnologia é um dos pilares do Taos. Os faróis, por exemplo, inauguram na região a mais nova tecnologia de iluminação da fabricante, a IQ. Light, e a nova assinatura noturna da Volkswagen, que inclui faróis de full-led com maior amplitude e alcance. Os faróis de leds são ligados por um fio de luz, que invade e “corta” o logotipo da Volkswagen, formando uma linha horizontal. Outro destaque do modelo é a “ilha digital”, composta pelo Active Info Display e pelo infoentretenimento VW Play, uma combinação de duas telas de 10 polegadas cada uma, surgida no Nivus. O Taos acrescenta ainda insertos em couro no painel e nas laterais das portas dianteiras. Quanto à segurança, o novo SUV tem vários sistemas de auxílio à condução, como o controle adaptativo de cruzeiro (ACC) com stop&go, juntamente com a frenagem autônoma de emergência (AEB) com detectores de pedestres, de ponto cego e de tráfego. Os faróis IQ. Light, associados ao Dynamic Light Assist e à luz de conversão dinâmica, auxiliam o condutor por promoverem uma melhor visão do ambiente externo ao carro.
O Taos virá para o Brasil equipado com o motor 1.4 250 TSI, o mesmo do Polo e do Virtus GTS, do T‑Cross, do Jetta e do Tiguan Allspace. Feito em São Carlos, no interior do Estado de São Paulo, o propulsor incorpora a tecnologia Total Flex, capaz de rodar com gasolina, etanol ou mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção. Com turbocompressor e injeção direta de combustível, entrega 150 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque. Assim como o Nivus, o Taos destinado ao mercado brasileiro terá apenas duas versões – Comfotline e Highline –, câmbio automático de 6 marchas (sem opção manual) e tração integral. Os preços do novo utilitário esportivo não foram revelados, mas estarão acima da versão “top” 250 TSI Highline do T-Cross, que atualmente parte de R$ 125.690, e abaixo dos R$ 146.880 configuração básica 250 TSI do Tiguan Allspace.
A produção do Taos representa um investimento de US$ 650 milhões (mais de R$ 3 bilhões) na Argentina. “Promovemos a maior ofensiva de SUVs da Volkswagen do Brasil. Juntos, T-Cross, Nivus, Tiguan Allspace e Taos formam um time único no país, e estamos muito confiantes no sucesso desse quarteto”, comemorou Di Si. Os quatro modelos são desenvolvidos e construídos sob a Estratégia Modular MQB, um conceito de produção moderno idealizado pelo Grupo Volkswagen no mundo.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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