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Novo líder na praça

De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), março deste ano teve a venda de 175.982 unidades entre carros de passeio e comerciais leves, com aumento de 13,3% sobre o mês anterior e queda de 5,6% em comparação a março de 2023. No acumulado do primeiro trimestre, houve 483.303 emplacamentos, que representaram crescimento de 10,6% ante igual intervalo do ano passado. O hatch compacto Volkswagen Polo interrompeu a liderança dos últimos três anos da Fiat Strada, assumindo o primeiro lugar entre os automóveis mais vendidos do Brasil, com 27.263 unidades emplacadas nos três primeiros meses deste ano – sendo 11.943 em março. As vendas do Polo são na maior parte da versão Track, a sucessora do Gol. A picape compacta da Fiat caiu para segundo, com 26.580 vendas no acumulado do ano e 9.990 em março. Depois, vieram os hatches compactos Chevrolet Onix (17.766 em 2024 e 7.753 em março) e Fiat Argo (18.053 e 6.850), o SUV compacto Volkswagen T-Cross (12.858 e 5.462), o hatch compacto Hyundai HB20 (18.053 – mesmo número do Argo – e 5.288), do subcompacto Renault Kicks (13.015 e 5.034), do SUV compacto Chevrolet Tracker (12.665 e 4.711), do subcompacto Fiat Mobi (14.665 e 4.658) e da picape compacta Volkswagen Saveiro (12.365 e 4.607). 

Movimentação das marcas

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A Fiat manteve a liderança de vendas no Brasil em março, com 36.336 unidades emplacadas e 20,6% de participação de mercado, ainda muito influenciada pela picape Strada. A marca italiana foi seguida da alemã Volkswagen, com 30.779 emplacamentos e “market share” de 17,4%, da norte-americana General Motors (21.456 e 12,1%), da japonesa Toyota (14.854 e 8,4%), da sul-coreana Hyundai (10.998 e 6,2%), da francesa Renault (9.386 e 5,3%), da norte-americana Jeep (9.009 e 5,1%), das japonesas Nissan (7.635 e 4,3%) e Honda (6.415 e 3,6%) e de um fenômeno. A chinesa BYD se destacou tanto na venda de eletrificados – com liderança nos 100% elétricos e nos híbridos –, que acaba de entrar para o “Top 10” das marcas no Brasil, com 6.213 unidades comercializadas em março e “share” de 3,5%. Não é pouca coisa! 

Chegou e dominou

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O carros 100% elétricos tiveram 6.110 unidades vendidas em março deste ano, significando aumento de 69,2% ante fevereiro e de 973,8% sobre o terceiro mês do ano passado. Já os híbridos (combinam um motor a combustão a um, ou mais, elétrico) venderam 7.411 exemplares em março, com aumento de 9,5% em relação a fevereiro deste ano e de 37,4% em comparação a março de 2023. Lançado recentemente no Brasil, o BYD Dolphin Mini já desbancou o seu “irmão” mais famoso, o Dolphin EV, e assumiu a liderança entre os elétricos em março, com 2.469 emplacamentos. O Dolphin EV teve 1.707 unidades vendidas. Os dois Dolphin somados representam quase 70% do total de elétricos comercializados no Brasil em março. Eles foram seguidos pelo GWM Ora 03 (608) e pelos BYD Seal (350) e Yuan Plus (224). Todos são chineses. A BYD também liderou em março entre os híbridos, com o Song Plus, com 1.450 emplacamentos, à frente do Toyota Corolla Cross (1.135), do GWM Haval H6 (1.105), do Corolla sedã (359) e do Caoa Chery Tiggo 8 (271). 

Rápida mais equipada

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A Ford Ranger Raptor lançou o segmento de picapes de alta performance no Brasil. Ela foi apresentada em novembro do ano passado e agora adiciona preparação para reboque de série, aproveitando sua capacidade de tracionar até 2.240 quilos, acompanhando engate, soquete de sete pinos para ligação elétrica, iluminação e assistente inteligente de manobras Pro Trailer. A Raptor tem preço de R$ 466.500 e traz o alerta de ocupantes traseiros, ativado sempre que a ignição é desligada para evitar o esquecimentos principalmente de crianças no veículo. A Ranger Raptor foi desenvolvida pela Ford Performance, divisão de esportivos de alto desempenho da marca norte-americana, com chassi, motor, suspensão, rodas e pneus exclusivos. Inspirada nos veículos de competição do deserto, é a picape mais rápida do mercado, tanto na estrada quanto fora dela. Seu motor 3.0 V6 biturbo GTDI, com potência de 397 cavalos e torque de 59,45 kgfm, faz a picape média acelerar de zero a 100 km/h em apenas 5,8 segundos. Ela tem transmissão automática de 10 marchas com calibração exclusiva, “paddles shifters”, sete modos de condução e ajustes selecionáveis da direção e do som do escapamento. 

Evolução na produção

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O crescimento consistente das vendas desde a metade do ano passado vem aos poucos puxando para cima o ritmo da produção de veículos no Brasil, apesar da baixa nas exportações. Esse é o resumo do balanço do primeiro trimestre divulgado na segunda-feira desta semana pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A produção de 195,8 mil veículos – somando carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus – em março foi a melhor em quatro meses, superando em 3,2% a de fevereiro. No acumulado do trimestre, 538 mil unidades deixaram as linhas de montagem, 0,4% a mais que no mesmo período do ano passado. “Acreditamos que os próximos meses serão marcados por aumento contínuo na produção, por isso, apostamos muito na nossa estimativa de alta de 6% para o ano”, explicou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. Se essa reação mais relevante ainda é aguardada para a produção de carros de passeio e comerciais leves, para o segmento de pesados já é realidade. A produção de caminhões no primeiro trimestre chegou a 29,3 mil unidades, 19,7% acima do mesmo intervalo de 2023. Para os ônibus, a alta é ainda maior, de 61,6%, com 6,5 mil chassis fabricados.

Táticas de ocupação

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Omoda e Jaecoo, duas novas marcas automotivas chinesas que chegam de forma conjunta ao Brasil este ano, anunciarão seus primeiros 43 pontos de vendas em maio. A estratégia inicial da nova empresa era abrir 40 lojas em 2024, mas após revisitar a estratégia de negócios, a Omoda e Jaecoo agora terá 50 concessionárias até o final deste ano. “As empresas chinesas têm uma dinâmica diferente do que estamos acostumados. Muito mais ágil na tomada de decisão, impulsionadas por uma visão estratégica que visa acelerar os negócios e antecipar as demandas futuras. Nosso plano de negócios prevê novos veículos em 2025, além dos três já anunciados para este ano”, comemora Felipe Amaral de Souza, diretor de Vendas da Omoda e Jaecoo Brasil. Os modelos já confirmados para virem para o Brasil são o Omoda C5 e os Jaecoo J7 e J8. 

Paz no trânsito 

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O Brasil enfrenta um desafio em relação à segurança viária, com um crescente aumento do número de mortes nos últimos anos. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, 4.127 pessoas perderam a vida em 49.734 acidentes registrados de janeiro e setembro de 2023. A campanha de abril da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) destaca a paz no trânsito, ressaltando a importância das chamadas “áreas calmas” – utilizadas em algumas capitais brasileiras, como São Paulo e Curitiba – para garantir maior segurança de todos.  As “áreas calmas” são adotadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo e autoridades de outras cidades para melhorar a convivência no trânsito, com o estímulo ao compartilhamento do espaço e à redução do número de acidentes e mortes. Essas áreas são projetadas para desencorajar altas velocidades. Segundo a Zapay – fintech especializada em facilitar a vida dos proprietários de veículos –, entre os principais fatores que caracterizam as “áreas calmas”, destacam-se:
Limites de velocidade reduzidos – Quanto maior a velocidade de um veículo, menor é o tempo para o motorista reagir a uma situação de emergência e tomar medidas para evitar um acidente. Por esse motivo, as “áreas calmas” estabelecem limites de velocidade mais baixos, que variam de 20 a 30 km/h.
Design de ruas – Em geral, as “áreas calmas” têm em seu entorno grande volume de comércio e circulação de pedestres e ciclistas. Para evitar que motoristas circulem em alta velocidade, algumas estratégias são adotadas, como a redução do número de faixas de tráfego, inclusão de curvas e lombadas.
Prioridade para pedestres – De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os pedestres têm prioridade sobre os veículos por serem os mais vulneráveis. O artigo 70 estabelece que se o pedestre estiver atravessando a via sobre as faixas delimitadas para essa finalidade, terá prioridade de passagem. Nas “áreas calmas”, as faixas de pedestres são mais elevadas, para garantir mais proteção.

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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