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Item existente desde o início da história dos veículos motorizados no mundo – dos automóveis de passeio, coletivos, de carga e mesmo os de competição –, o pneu é um equipamento essencial para o bom comportamento do carro e para a segurança. O pneu é tão importante para um veículo que, por exemplo, as equipes do Mundial de Fórmula-1 dedicam duas horas nas sextas-feiras somente para observarem o comportamento dos compostos para a seção classificatória e para a corrida de domingo. No “mundo real”, a maior preocupação dos motoristas e das fabricantes de automóveis está na manutenção do estado dos compostos de borracha, passando pela calibragem correta e chegando ao rodízio dos pneus, tudo pensando no desempenho mas principalmente na segurança.

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Assim como manter os pneus sempre calibrados, fazer o rodízio é fundamental para evitar seu desgaste precoce ou irregular, ampliando assim a sua vida útil e preservando o investimento feito na hora da compra. “Reposicioná-los periodicamente é muito importante nesse esforço de fazer com que o pneu atinja com segurança a maior quilometragem possível. A razão para esse procedimento é que o desgaste dos pneus nunca ocorre de forma simétrica”, explica Rafael Astolfi, gerente de Assistência Técnica da Continental Pneus. Carros com tração dianteira – a maioria no Brasil – acumulam duas funções: os pneus da frente são responsáveis não só pelas manobras de esterçamento como também tracionam. Os de tração traseira dividem melhor essas tarefas, com os pneus da frente ficando encarregados da esterçamento e os traseiros da tração. Já os veículos 4×4 combinam um pouco dos dois universos. “Como a natureza do desgaste entre os eixos dianteiro e traseiro é diferente, há a necessidade de se fazer de tempos em tempos o reposicionamento entre eles”, observa Astolfi.

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Assim, para cada caso, existem diferentes metodologias para o rodízio dos pneus. Quanto à periodicidade, a recomendação é que o rodízio seja feito a cada 5 mil quilômetros ou, no máximo, a cada 10 mil, mesmo se não houver sinais visíveis de desgaste, pois eles muitas vezes se manifestam apenas em milímetros ou até mesmo em décimos de milímetros. A inspeção a “olho nu” não traz a informação necessária sobre o ritmo de desgaste dos pneus. Se esse desgaste chegar a ser visível, então está mais do que na hora de se fazer o rodízio. A Renault e a BMW são duas montadoras que não indicam o rodízio para os pneus dos seus veículos. Segundo elas, a ideia é que no momento da troca, a estabilidade do carro é afetada, elevando o risco. Para as outras fabricantes, a prática é recomendada. Para quem opta por fazer o rodízio, existem duas formas para isso: por tipo de pneu ou pela tração do veículo.

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Por tipo de pneu

Unidirecionais: Esse tipo de pneu, já antigo e quase em desuso, tem direção única, como diz o próprio nome. Nesse, a troca deve ser feita apenas em paralelo, substituindo a posição entre dianteira e traseira, nunca da esquerda para direita.
Assimétricos: Podem ser comuns, mistos, “verdes” ou os novos run flat, aqueles que podem rodar por uma determinada quilometragem até tendo um furo. A Pirelli defende que o rodízio de pneus seja feito sempre em paralelo. Já para a Goodyear, a troca em “X”, na qual o pneu traseiro esquerdo vai para a dianteira direita e assim por diante, é o mais indicado.

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Por tipo de tração

Dianteira – Está presente na maioria dos automóveis vendidos no Brasil. Nesse caso, dois métodos de rodízio são recomendados. O primeiro é o mais utilizado, o cruzamento dianteiro, com os que estão atrás indo para frente, mas invertendo o lado, com o traseiro direito ocupando o lugar do dianteiro esquerdo e o traseiro esquerdo para o lugar do dianteiro direito. Os pneus dianteiros colocados atrás devem manter o mesmo lado do carro. É recomendado esse procedimento quando o desgaste é maior nos pneus que rodam na frente.

Traseira – O jeito certo de se fazer o rodízio de pneus neste caso é exatamente o inverso dos modelos de tração dianteira: os traseiros seguem para a dianteira em paralelo, mantendo o lado, porém, os dianteiros que vão para a traseira alternam o lado, indo da direita para a esquerda e vice-versa.

Tração 4×4 ou integral – Nestes, o rodízio de ser feito em “X”: o pneu esquerdo traseiro é substituído pelo direito dianteiro e o direito traseiro pelo esquerdo dianteiro. SUVs, esportivos e de luxo devem seguir o padrão informado no manual do proprietário, pois podem considerar outros fatores determinados pelo uso e operação do veículo. No caso dos carros que utilizam medidas diferentes nos eixos dianteiro e traseiro, a recomendação é de se restringir a inversão ao próprio eixo, com o pneu dianteiro direito trocando de lugar com o dianteiro esquerdo e o mesmo ocorrendo no eixo traseiro. Para os veículos nos quais a montadora recomenda que não seja feito nenhum tipo de rodízio, o importante é acatar a orientação. 

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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