Mais de 40% das motos de alta cilindrada vendidas no Brasil são aventureiras. São modelos feitos para motociclistas experientes que viajam pelo país e também no Exterior, independentemente do tipo de piso – asfalto ou terra. Um mercado cada dia mais promissor. Pensando em ampliar sua participação nesse segmento, a Honda apresenta a CRF 1100 L Africa Twin, que foi completamente renovada. A bigtrail conta com nova motorização, roupagem mais arrojada, ciclística aprimorada e está mais tecnológica. O modelo está disponível em quatro versões, duas com transmissão tradicional e duas com dupla embreagem com a denominação DCT – sigla para a expressão inglesa “Dual Clutch Transmission” –, que são a grande novidade da linha. Os preços sugeridos são de R$ 70.490 para a CRF 1100 L Africa Twin e de R$ 76.804 para a CRF 1100 L Africa Twin DCT, ambas produzidas na Zona Franca de Manaus, e de R$ 90.490 para a CRF 1100 L Africa Twin Adventure Sports ES e de R$ 96.626 para CRF 1100 L Africa Twin Adventure Sports ES DTC – as duas últimas importadas do Japão. Todos os modelos já estão em pré-venda. “Para adotar a terceira geração do DCT, a Africa Twin ganhou mais recursos, como, por exemplo, um cérebro eletrônico (IMU) de seis eixos, que avalia todas as reações da moto. O piloto pensou, a moto já executou. O DCT é a última palavra em termos de esportividade. A nova Africa Twin DCT não conta com pedal de câmbio, muito menos alavanca de embreagem. Há duas maneiras para fazer as trocas de marchas: de forma manual ou automatizada”, explica Alfredo Guedes Jr, supervisor de Relações Públicas da Honda.

            A Africa Twin mais básica é destinada mais para uso off-road. Conta com um pequeno para-brisa, luzes diurnas de condução em leds, novas carenagens e freios dianteiros com ABS em curvas. Já o ABS traseiro pode ser desabilitado. O motor ganhou aumento de cilindrada, com maior potência e torque, principalmente em baixas e médias. O novo chassi é mais leve e os pneus ganharam novos desenhos de banda rodagem. Além disso, a Africa Twin recebeu novo escape, sistema ESS – as luzes de direção dianteiras e traseiras piscam alertando os outros usuários da via –, piloto automático, painel digital e um cérebro eletrônico (IMU) de seis eixos, que avalia todas as reações da moto. Todas as versões contam com painel de TFT, de 6,5 polegadas, sensível ao toque, mesmo com o piloto usando luvas. A conectividade com o Apple CarPlay e Android Auto permite o uso do GPS/Waze e exibição de informações diretamente no painel, além da possibilidade de fazer ou receber chamadas telefônicas usando capacetes com fones de ouvido e microfone via Bluetooth.

            As versões Adventure Sports foram preparadas para longas viagens. Contam com largo para-brisa, luzes em curva – abaixo do DRL, que amplia a faixa de visão noturna –, carenagem mais encorpada e suspensão eletrônica. Há ainda suporte de alumínio para receber top case e manoplas aquecidas. Outro diferencial é a adoção de pneus sem câmara, uma exigência dos mais aventureiros. As versões Adventure Sports têm tanque de combustível de 24,8 litros. O DCT (Dual Clutch Transmission) oferece suavidade nas trocas, com rapidez e precisão no engate pares e ímpares, já que o piloto não precisa desacelerar para subir as marchas. Tudo é feito automaticamente. Em função de seu alto rendimento, esse tipo de transmissão é usada nos carros da Fórmula-1, da Indy e nos superesportivos de rua da Ferrari, da Lamborghini e da Audi. A Honda acredita que, a exemplo do que acontece na Europa, a tendência é o câmbio DCT ficar com 45% das vendas do modelo Africa Twin. A bigtrail conta com quatro modos de pilotagem: “Tour”, “Urban”, “Gravel” e “Off-Road”, que abrangem a maioria das condições e situações de condução. Há ainda dois modos “User” (1 e 2) totalmente personalizáveis. A família Africa Twin conta ainda com uma completa linha de acessórios, que focam conforto e segurança.

            A arquitetura do motor bicilíndrico paralelo da Africa Twin, SOHC, de 8 válvulas, permanece inalterada, mas o incremento da capacidade, de 998 cm³ para 1.084 cm³, resultou em maior potência, que passou de 88,9 para 99,3 cavalos a 7.500 rpm. O torque máximo também subiu de 9,5 para 10,5 kgfm a 6 mil rpm. A elevação de potência e torque é sentida desde as 2.500 rpm. Ou seja, mais curso e mais torque em baixas e médias rotações. O comando de válvulas Unican foi herdado da CRF 450F. Para o resfriamento do motor, a CRF 1100 L Africa Twin conta com dois radiadores.

Por Aldo Tizzani, do “Minuto Motor” especial para a AutoMotrix– Fotos: Divulgação

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