Com a produção de motocicletas na Zona Franca de Manaus em queda em função das medidas restritivas para conter o avanço da pandemia, já faltam motos em algumas concessionárias. Dessa forma, o mercado de usadas vem ganhando espaço. O encerramento de 2020 apontou, segundo dados do Denatran, que para cada moto zero-quilômetro vendida, 3,3 seminovas trocavam de mãos. Ou seja, no ano passado, 2.776.169 motocicletas usadas ganharam novos donos. Já em janeiro, os números continuaram expressivos e o índice de motos “zero” versus motos usadas caiu um pouco, agora está em 2,9. Foram comercializadas 247.639 motos usadas no primeiro mês do ano, e os emplacamentos de motos novas contabilizaram 85.839 unidades em janeiro.
Quem está procurando uma motocicleta seminova não deve esquecer de verificar se a moto escolhida têm multas pendentes e qual é o estado de conservação – neste caso, é bom fazer a vistoria obrigatória e assim evitar dor de cabeça por problemas na numeração do motor ou chassi, além de checar a documentação e eventuais débitos de IPVA e multas. “A primeira coisa é fazer uma volta em torno da motocicleta e fazer um check-up de vários detalhes. Começa pela frente, pelos conjuntos ópticos e suspensões, faz a volta pela traseira, confere as lanternas e termina pelo outro lado. Se possível, é bom andar na motocicleta, desde que o vendedor permita. Mas antes de fechar o negócio, é uma boa ideia levar junto um mecânico de sua confiança para verificar as condições do motor e da parte ciclística (suspensão e freios)”, ensina Antonio Pimenta, consultor-técnico da PHD Pimenta, de São Paulo.
“A motocicleta é apontada como um meio de locomoção seguro para evitar a aglomeração do transporte público. E se transformou em um importante instrumento de trabalho e fonte de renda para pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega”, explica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, associação que reúne as fabricantes de motos. O executivo garante que a indústria crescerá cerca de 10% em 2021 e produzir cerca de 1,06 milhão de unidades no Polo Industrial de Manaus (PIM). Mesmo assim, o mercado nacional de modelos usados deve continuar bastante aquecido.
A partir de 4 de janeiro deste ano, o CRV passou a ser emitido no formato eletrônico, deixando de existir o impresso em papel moeda (verde). Portanto, quando da venda de veículos registrados ou transferidos a partir desta data, será necessário, primeiramente, incluir a intenção de venda para posterior solicitação e impressão da ATPV-e (Autorização de Transferência de Propriedade de Veículo). Porém, para veículos registrados no Detran até 31 de dezembro de 2020, o comprador continua com a obrigação de entregar o CRV original impresso em papel moeda (documento verde) com reconhecimento de firmas utilizado na transferência. Já para veículos registrados no Detran a partir de 4 de janeiro deste ano, basta entregar a ATPV-e impressa com reconhecimento de firmas utilizada na transferência do veículo que está no formato eletrônico.
Por Aldo Tizzani, do “Minuto Motor” especial para a AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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