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Um motociclista experiente que se preze nunca deixa uma previsão de mau tempo atrapalhar seus planos de fazer uma viagem segura. Se não é possível mudar o tempo, sempre dá para alterar o jeito como o motociclista reage a ele e se prepara para enfrentá-lo. Para ajudar os viajantes sobre duas rodas, algumas dicas para os motociclistas pilotarem em diferentes condições climáticas elaboradas por especialistas da Harley-Davidson do Brasil podem ajudar. Confira!

Chuva

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            Pegar chuva durante a viagem não é um problema se o piloto tiver tempo e um bom lugar para se secar quando terminar (e se não estiver muito frio). Mas não se molhar é sempre a melhor opção. Para começar, é bom investir em uma boa capa de chuva. Botas e luvas impermeáveis também são essenciais. E não se esquecer de fechar tudo muito bem. Basta uma pequena abertura para o piloto ter a sensação de estar ensopado. A segurança é mais importante do que o conforto. Sob chuva, a segurança começa com tração. Com bons pneus, boa técnica e cuidado extra, não tem por que ficar com medo da chuva. Verificar se os pneus estão com a banda de rodagem certa para canalizar a água para longe de onde a borracha toca a pista é prudente. A estrada fica mais escorregadia no início de uma tempestade, principalmente depois de um longo período de seca, quando a água remove o óleo da superfície da rodovia. É bom evitar o meio da pista, onde esse efeito é mais comum.

            No geral, é bom fazer tudo de forma mais gradual na chuva: acelerar, frear, virar. É aconselhável pilotar mais devagar e tentar não reagir bruscamente. Manter distância de outros veículos e ter muito cuidado em superfícies escorregadias, como tampas de bueiros, também são boas dicas. Quando em um cruzamento de ferrovia, deve-se redobrar a atenção para cruzar os trilhos o mais próximo possível de um ângulo de 90 graus. Andar na chuva é mais desgastante mentalmente. É recomendável fazer pausas frequentes e tentar parar mais cedo à noite. O descanso mental ajudará a lidar bem com todos os desafios de pilotagem.

Vento

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            Ser surpreendido por um vento cruzado repentino ao andar de motocicleta pode assustar. Mas esse tipo de situação não precisa ser um bicho de sete cabeças. Primeiro, é importante relaxar. Quanto mais o piloto luta contra o vento, menos ele reage com precisão. Não é bom acelerar demais, para não desestabilizar o guidão. Valem os princípios de contra-ataque. Se uma rajada de vento atingir pela esquerda, o motociclista deve inclinar-se e empurrar o guidão para o lado esquerdo. Se o vento for intermitente, é bom manter uma pressão constante, mas sem exageros – apenas o suficiente para neutralizar o vento e continuar seguindo em frente.

A segunda dica é ajustar a posição na pista conforme a necessidade. Embora andar no terço esquerdo da pista seja uma boa regra, ela não funciona em toda e qualquer situação. Se, por exemplo, um vento constante vindo da direita faz o motociclista se sentir como se estivesse prestes a ser lançado no sentido contrário, é prudente dar a si mesmo uma pequena margem de erro cruzando no terço direito da pista. Porém, é bom lembrar que, nessa posição, os motoristas (principalmente de caminhões) a sua frente não conseguem enxergar as motocicletas muito bem. Por isso, a cautela deve ser redobrada.

Calor

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            Em primeiro lugar, é bom evitar o calor mais intenso, começando a viagem bem de manhã e terminando no fim de tarde. Durante as mais altas temperaturas, na hora do almoço, por exemplo, é bom encontrar um lugar agradável e arejado para estacionar. Ao pilotar no calor escaldante, além de ficar atento a manchas escorregadias de piche derretido, é preciso cuidar da temperatura do corpo e se manter hidratado. O estresse térmico e a insolação são questões sérias e que podem levar até à morte do piloto! É importante levar água ou bebidas isotônicas e fazer pausas frequentes para se hidratar.

            Usar uma bandana molhada em volta do pescoço ou sob o capacete pode fazer maravilhas. Mergulhar uma camiseta básica em água fria ou usar uma camisa molhada como “colete de hidratação” também pode de grande ajuda. Cobrir-se é importante. A pele nua sob o sol quente pode provocar mais do que uma queimadura. Embora seja bom expor braços e ombros ao vento, uma camiseta leve, de cor clara e sintética de manga longa ajuda a refletir a luz do sol.

            É fundamental ficar atento a sinais de estresse causado pelo calor. Com isso, é bom parar imediatamente se o piloto tiver sintomas como fraqueza, tontura, confusão, náusea ou ter problemas respiratórios. O motociclista deve se refrescar à sombra ou em algum lugar com ar-condicionado e beber bastante água para se reidratar. Se os sintomas não amenizarem rapidamente, é bom buscar ajuda – e não voltar até ter certeza absoluta de que se recuperou suficientemente.

Frio

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            O segredo está em se agasalhar e se manter aquecido. É uma boa ideia vestir-se em camadas que possam ser retiradas (ou adicionadas) de acordo com a variação da temperatura. Pode-se começar com uma “segunda pele” de tecido térmico ou de lã para afastar a umidade do corpo. Adicionar-se uma camada (ou camadas) de lã e completar com uma proteção corta-vento, impermeável. Ao se pilotar no frio, é prudente ter cuidado com aberturas no traje, geralmente nos pulsos, tornozelos ou no pescoço. Luvas corta-vento com fechamento no dorso para bloquear a entrada de brisa pelas mangas e botas de cano alto são imprescindíveis. Capacetes fechados são bons no frio, e uma balaclava ou envoltório de pescoço manterá o queixo e pescoço protegidos.

            Nem todos gostam de andar com um para-brisa ou uma carenagem, mas esses itens podem fazer uma grande diferença no frio. Andar com temperatura baixa também significa ficar atento à eventual presença de gelo. Mesmo que a temperatura do ar esteja acima de 0°C, partes da estrada ainda podem estar congeladas. Convém se redobrar a atenção em pontes, em pontos escuros e em áreas baixas da estrada, nas quais a água pode se acumular, congelar e demorar mais para derreter. O gelo na estrada às vezes pode ser invisível.

Por Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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