A Ferrari volta ao Brasil de forma comercial na figura do icônico modelo Roma Spider. O “bólido” conversível já teve 20 unidades vendidas em território nacional, com preço de R$ 3,95 milhões cada uma. A Via Itália, representante da Casa de Maranello no Brasil, ainda não confirmou quantos exemplares do Roma Spider virão para o mercado brasileiro, mas os primeiros carros serão entregues ainda neste semestre. O novo modelo da lendária marca italiana tem o visual dos clássicos esportivos de rua da Ferrari dos anos 50 e 60 e se diferencia do Roma cupê apenas pela capota retrátil preta. Trata-se do primeiro carro com motor central em um conversível desde o 365 GTS4, de 1969. Enquanto o Roma Spider foi apresentado na Europa no ano passado, a configuração cupê foi lançada em 2020, tendo como base o Ferrari Portofino. O Roma está posicionado no portfólio da Casa de Maranello entre o próprio Portofino e o F8 Tributo.
Com 4,65 metros de comprimento, 1,97 metro de largura, 1,30 metro de altura e 2,67 metros de distância de entre-eixos, o Roma Spider é uma reinterpretação contemporânea da capota removível, dando ao carro uma forte possibilidade de personalização. A capota pode ser aberta ou fechada em apenas 13,5 segundos a uma velocidade de até 60 km/h. Para o desenho da capota, bastante íngreme na traseira, foi necessário redefinir o design das janelas de trás, que ficam acomodadas em baixo da parte posterior do teto quando ele está recolhido. A Roma Spider mantém as características dinâmicas da versão cupê, com a melhor relação peso-potência de sua categoria graças à leveza do teto, do chassi – todo feito em alumínio – e do 4.0 V8 biturbo, que ganhou recentemente o prêmio de “Motor do Ano” na Europa.
O motor do Roma Spider atinge 620 cavalos de potência de 5.750 a 7.500 rotações por minuto e 76,4 kgfm de torque de 3 mil a 5.750 giros, associado a um câmbio automatizado de dupla embreagem (quando uma marcha é engatada, a seguinte já fica pré-selecionada) e 8 velocidades. Com esse conjunto, o carro é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em 3,4 segundos, até os 200 km/h, em 9,7 segundos e chegar à velocidade máxima de 320 km/h. Com discos de carbono-cerâmica na frente e atrás, o Roma Spider para totalmente em 32 metros, freando a 100 km/h.
Uma série de novidades foi desenvolvida para tornar o novo conversível da Ferrari um carro versátil. Fazem parte do “pacote” um compartimento de bagagem com uma escotilha no encosto do banco traseiro para transportar itens maiores, assentos aquecidos ergonômicos ajustáveis em 18 opções, volante multifuncional com base achatada (compartilhado com o SF90 Stradale) ao estilo da “direção-computador” dos carros da Fórmula-1, novo defletor de vento integrado ao encosto do banco traseiro para garantir conforto extra para os ocupantes sem ocupar espaço no carro e aquecedor de pescoço opcional para os dias mais frios.O Roma Spider não facilita a vida de quem vai no banco traseiro. Na verdade, essa não é uma preocupação primordial para quem projeta um carro de rua da marca do “Cavallino Rampante”, nem de quem o compra. O espaço, o conforto e a esportividade estão reservados para os dois felizardos da frente, que, no caso do Roma Spider, dispõem do chamado cockpit duplo, cabendo as maiores regalias para o motorista. As duas seções do cockpit são bem definidas, tendo um painel com instrumentação digital com uma tela sensível ao toque envolvente de 16 polegadas atrás do volante. A peça atravessa o centro do interior do carro, separando o motorista e o passageiro, e está integrada à central multimídia com tela de 8,4 polegadas, com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay e comando de funções de entretenimento, assim como o sistema de ar-condicionado. Sim, o conversível tem ar-condicionado, afinal, com a capota posta no lugar, o carro readquire sua veia cupê.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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