O nome “Aircross” existe no catálogo da Citroën no Brasil desde 2010, como a versão aventureira do C3 Picasso na forma de um monovolume, na época em que o termo “SUV” ainda não tinha a força de agora. Desta vez, o Aircross adquiriu identidade própria, ainda mantendo o C3 na denominação, mas tornando-se um modelo completamente independente do hatch. Enaltecido pela marca francesa pertencente à Stellantis como o SUV turbo mais acessível do Brasil, o Aircross acaba de ser lançado em três versões, todas equipadas com o motor T200 já utilizado pela Fiat e pela Peugeot. O novo C3 Aircoss começa a ser vendido primeiramente no país na configuração de cinco lugares. Os preços e as próprias variantes de sete lugares – denominada Aircross7 – serão apresentados em um segundo momento. O C3 Aircross parte da versão Feel, a R$ 109.990, passa pela Feel Pack, a R$ 119.990, e chega à “top” Shine, a R$ 129.990, as três com câmbio automático tipo CVT de 7 marchas simuladas.
O Aircross foi desenvolvido pela equipe de engenharia da Stellantis para ser vendido do Brasil e na América do Sul. O novo SUV é produzido no Polo Industrial de Porto Real (RJ), com mais de 75% de seus componentes fabricados na região. Com 4,32 metros de comprimento, 1,72 metro de largura e 1,65 metro de altura, o Aircross tem uma distância de entre-eixos de 2,67 metros, já preparada para receber as futuras configurações de sete lugares. O estilo do novo carro é próprio, não se conectando ao seu “irmão” de fábrica, o hatch C3, do qual carrega apenas o primeiro nome. As particularidades do C3 Aircross são percebidas a partir da dianteira, com um para-choque proeminente e elementos pintados em preto brilhante para contrastar com as cores disponíveis para a carroceria, o Preto Perla Nera, o Cinza Artense, o Cinza Grafito, o Branco Banquise e o Vermelho Rubi. Existe a possibilidade de essas cores serem combinadas com teto em outra tonalidade – que pode ser em Preto Perla Nera ou em Branco Banquise – quando, evidentemente, a carroceria não tiver uma dessas duas cores.
As luzes de circulação diurna (DRL) de leds de série se ligam às barras cromadas da grade, acompanhada pelo “Duplo Chevron” da marca francesa. De acordo com a Citroën, o visual “musculoso” do novo Aircross não vem por acaso. As bitolas maiores exigiram para-lamas alargados. Esse aspecto avança pelas laterais, com portas mais amplas e rodas de 17 polegadas. O estilo mais robusto do carro se agrega aos arcos dos para-lamas para oferecer uma proteção extra à carroceria. Na traseira, a lanternas são destacadas, com elementos que unem visualmente o para-lama com o porta-malas, com capacidade de 493 litros na configuração de cinco lugares, tida pela marca como a maior de sua categoria.
Em todas as versões, inclusive nas futuras com sete lugares, o novo C3 Aircross tem o motor Turbo 200 desenvolvido pela Stellantis e já usado em outros modelos do grupo, como na picape compacta Fiat Strada e no hatch compacto Peugeot 208. No Aircross, o propulsor rende 130 cavalos com etanol e 125 cavalos com gasolina sempre a 5.750 rotações por minuto, com 200 Nm (daí o seu nome) ou 20,4 kgfm de torque a 1.750 giros e presentes em uma ampla faixa de rotação. Isso ocorre graças a recursos como o controle MultiAir III, que ao lado da gestão eletrônica do motor faz um monitoramento contínuo do acionamento das válvulas. Conforme a Citroën, o Aircross acelera de zero a 100 km/h em 9,7 segundos com etanol e em 9,5 segundos com gasolina, ficando a velocidade final em 191 km/h com os dois combustíveis. Já o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro, registra consumo urbano de 10,6 km/l (gasolina) e de 7,4 km/l (etanol) e rodoviário de 12 km/l e de 8,6 km/l, respectivamente.
O “powertrain” do C3 Aircross está sempre atrelado ao
câmbio automático tipo CVT com 7 marchas simuladas e a três modos de condução,
sendo que o “Sport” pode ser acionado quando o motorista necessitar de
mais desempenho, com alteração no mapa de trocas de marchas. Pode ainda optar
pelo modo “Sequencial”, no qual comanda as mudanças por meio de toques
para frente (marchas ascendentes) e para trás (reduções) na alavanca de câmbio,
já que o novo SUV não conta com “paddles shifters” de trocas no
volante. O modo padrão de condução do Aircross é o “Normal”. Uma
programação relativa ao conforto dos ocupantes do carro revelada pela marca
francesa vem da calibração da suspensão, exclusiva para o modelo, para conter
as imperfeições e os buracos e para a carroceria não se inclinar excessivamente
em curvas, acelerações e frenagens.
Ao alcance do dedo
No interior do C3 Aircross, o primeiro destaque é o novo painel digital de TFT de 7 polegadas. Totalmente customizável, oferece seis tipos de telas e duas opções de cores para o motorista escolher apenas o que ele quer ver, ao toque de um botão no volante. Nele, o condutor pode acompanhar diferentes parâmetros do veículo ao lado de uma exclusividade do novo modelo: o Ecodriving. O sistema analisa como o veículo está sendo conduzido, conferindo se a eficiência energética está adequada. A informação é apresentada de duas maneiras: a primeira aparece na tela principal do painel digital, ao redor do velocímetro, enquanto a segunda por meio de uma discreta folha de árvore estilizada no canto do quadro de instrumentos, que muda de cor conforme o veículo chega ao melhor índice de economia de combustível.
O novo C3 Aircross é equipado com o já conhecido Citroën Connect Touchscreen de 10 polegadas, com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Segundo a marca francesa, o sistema tem facilidade de uso e rapidez de acionamento, podendo ser comandado por toque na tela sensível ou por botões no volante. Tanto o painel digital quanto o sistema de multimídia prestam informações de como estão sendo utilizados os dispositivos de segurança e de comodidade do carro, como o controle de estabilidade e tração com assistente de partida em rampa, assistente de frenagem de emergência, câmera e sensores de ré, acionamento e regulagem do ar-condicionado e controlador de velocidade com limitador integrado. O quesito segurança é complementado pela assistência elétrica da direção progressiva – macia em manobras e endurecida quando a velocidade cresce para evitar que um movimento exagerado do motorista não provoque uma capotagem – e por airbags frontais obrigatórios e de cortina laterais.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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