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De 22 a 25 de agosto, a Nissan apresentou em São Paulo a terceira edição da sua Innovation Week, com o objetivo de discutir os pilares e tendências que estão impactando o segmento automotivo. Durante o evento, a Nissan compartilhou o estágio atual de desenvolvimento de suas inovações e fez projeções para o futuro – no qual, no ponto de vista da marca, inovação, eletrificação e tecnologia avançada serão as protagonistas. “Nos últimos anos, desenvolvemos uma sólida expertise em Inteligência Artificial, que atualmente aplicamos em nossos projetos com inovações de ponta. A Pesquisa & Desenvolvimento feita em nosso Centro de Pesquisas da Nissan no Vale do Silício é parte integrante da Nissan Intelligent Mobility e do nosso futuro como empresa, para oferecer veículos com tecnologias avançadas para os nossos clientes”, explicou Chris Reed, vice-presidente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan Américas. 

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Os centros de pesquisa globais da Nissan buscam promover melhorias em tecnologias estratégicas de ambiente, segurança, conforto a bordo e performance dinâmica. No Nissan Technical Center Brazil, os engenheiros fazem um trabalho orientado pela Nissan Ambition 2030, a visão de longo prazo da companhia para fortalecer a mobilidade e além. “Na América do Sul, já temos aplicadas várias dessas inovações e trabalhamos na validação e nos estudos de novas tecnologias para atender às necessidades e a realidade dos clientes da região”, detalhou Ricardo Abe, gerente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan América do Sul. Com o suporte da equipe da América do Sul, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan no Japão está desenvolvendo uma tecnologia veicular de Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que gera eletricidade usando bioetanol como fonte de energia para veículos. A Nissan é a primeira empresa automotiva no mundo a desenvolver e já testar protótipos que são abastecidos com bioetanol para gerar energia elétrica para carregar uma SOFC. O sistema combinado à eficiência dos motores elétricos e das baterias garante ao Nissan SOFC uma autonomia superior a 600 quilômetros com somente 30 litros de etanol no tanque. O primeiro período de testes com o protótipo real do sistema foi feito no Brasil entre 2016 e 2017, comprovando que a tecnologia se adapta ao uso cotidiano. Atualmente, os testes seguem em evolução, com constante intercâmbio com a equipe brasileira e os parceiros estratégicos. 

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Os elétricos da Nissan, como o Leaf, comercializado no Brasil desde 2019, e o novo utilitário esportivo Ariya, que deve chegar ao mercado nacional nos próximos anos, representam para a empresa pilares interconectados de tecnologias de redução das emissões. Para as próximas gerações de seus modelos elétricos, a Nissan está desenvolvendo um protótipo de unidade de produção para baterias de estado totalmente sólido, que pretende lançar no mercado em 2028. A montadora acredita que as baterias de estado sólido podem ter um preço reduzido, fazendo os elétricos estarem no mesmo nível de custos dos veículos movidos a gasolina. Com esses benefícios, a Nissan pretende utilizar essas baterias em uma ampla gama de segmentos de veículos, incluindo picapes. À medida em que a redução no custo das baterias muda drasticamente a dinâmica dos preços dos elétricos, a Nissan trabalha em várias frentes para aumentar a competitividade, promovendo avanços na infraestrutura de recarga e o reaproveitamento das baterias de segunda mão como fontes de energia. Os atuais elétricos da marca já contam com o sistema Energy Share, que oferece a possibilidade de armazenar e devolver a energia, para utilização em situações emergenciais. 

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A Innovation Week também serviu para a Nissan América do Sul anunciar que a tecnologia e-Power chegará à região a partir de 2023. Desenvolvido pela Nissan e apresentado em 2020 em uma versão do Kicks vendida no mercado tailandês, o sistema adota um motor a combustão e outro elétrico, sendo que o primeiro serve apenas para gerar eletricidade para o segundo. A bateria entrega a energia para o motor elétrico tracionar as rodas do veículo. Assim, os veículos equipados com a tecnologia e-Power não precisam conectar-se a uma fonte de energia elétrica, o que permite uma maior autonomia. “A chegada do e-Power  aos mercados da região é mais uma demonstração do compromisso da nossa marca de oferecer aos clientes o melhor de seu portfólio e de que continuamos impulsionando o caminho para a eletrificação”, comemorou Ricardo Flammini, vice-presidente de Marketing, Vendas e Pós-Venda para a Nissan América do Sul. 

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A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou recentemente que será disputada uma etapa da Fórmula-E em São Paulo pela primeira vez, em março de 2023, marcando o retorno do campeonato 100% elétrico à América do Sul. A Nissan usa a categoria como “laboratório” para desenvolver o programa Brain to Performance, com foco na preparação e desenvolvimento das funções cerebrais de seus pilotos. Pilotos da Fórmula-E e um grupo de motoristas comuns, não profissionais, fizeram atividades em simuladores de pilotagem de última geração, enquanto sua atividade cerebral era monitorada e registrada. Os primeiros resultados da pesquisa comprovaram que os pilotos memorizaram um novo circuito e melhoraram o controle do veículo 50% mais rápido em comparação com o grupo de motoristas não estimulado. “O programa Brain to Performance tem a meta de compreender como os pilotos podem aumentar seu desempenho. No futuro, nosso programa pode ajudar a melhorar as técnicas de direção dos motoristas comuns”, sugeriu o cientista Lucian Gheorghe, gerente sênior de Pesquisa e Inovação no Centro de Pesquisas Nissan Américas.

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Assim como em outras etapas do desenvolvimento de um veículo, as ferramentas digitais estão transformando o processo de design na Nissan. Por meio do uso de aplicativos que transformam “sketches” feitos em papel em desenhos em 3D, os designers do Centro de Design da Nissan América Latina estão experimentando o uso de ferramentas de design no mundo virtual, que possibilitam desenhar e visualizar seus projetos com detalhes bastante próximos da realidade, interagir com profissionais de outros centros de design e desenvolver o projeto do modelo até chegar à versão final. As equipes do Centro de Design da Nissan América Latina estão explorando o mundo virtual com a plataforma em 3D “Gravity Sketch”, permitindo aos especialistas trabalharem em colaboração com outros profissionais de qualquer região no mundo. “A tecnologia nos permite ver na tela uma tradução perfeita do desenho virtual no mundo real. Nós chamamos este processo, que combina experiências digitais e físicas, de ‘Phygital Design’”, revelou John Sahs, chefe do Centro de Design da Nissan América Latina. Apesar de os modelos em argila ainda serem usados nas etapas finais do projeto, o mundo virtual torna o processo de criação de um carro muito mais ágil. 

A Nissan ainda aproveitou a Innovation Week para confirmar a chegada ao Brasil da nova geração do Sentra, no início do próximo ano. O sedã médio continuará sendo importado do México, mas com ajustes para o mercado nacional – incluindo um propulsor 2.0 flex com injeção direta, podendo render mais do que os 151 cavalos e 20 kgfm de torque do modelo a gasolina vendido no mercado norte-americano. O câmbio continuará sendo o CVT X-Tronic. Não foi confirmado, mas o carro também poderá ter uma versão com a tecnologia e-Power.

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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