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No segundo ano convivendo com a pandemia da Covid-19, o mercado brasileiro se deparou em 2021 com uma nova “praga”: a escassez de semicondutores na indústria automotiva mundial. No Brasil, a principal “vítima” foi o então líder de vendas nas últimas seis temporadas, o Chevrolet Onix, que teve a produção interrompida por quase seis meses. Quando a crise amainou, o hatch voltou à linha de montagem em Gravataí (RS), retomando a primeira colocação em um mês, em novembro. Apesar dos problemas no fornecimento de semicondutores, foi um ano repleto de novidades automotivas. Um dos mais aguardados em 2021 foi o Pulse, o primeiro utilitário esportivo produzido pela Fiat no Brasil. 

Segunda colocada no ranking de vendas no país – atrás da Fiat –, a Volkswagen também fez bastante alarde ao importar o médio Taos da Argentina. Ainda no segmento de utilitários esportivos, a Toyota brilhou nos palcos de lançamentos – a internet – com a versão SUV Cross que herdou o nome do Corolla, o carro mais vendido da história da indústria mundial. Além dos modelos convencionais, com protagonismo evidente dos SUVs, o mercado brasileiro passou a contar com mais e melhores carros “para carregar na tomada”, em versões “deste planeta” – como o Peugeot e208 – e com algumas que poderia ser originárias de “outras galáxias”, caso do “hi-tech” Audi e-Tron GT.

Principais lançamentos automotivos no Brasil em 2021

Fiat Pulse

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No lançamento do Pulse, a Fiat optou claramente por nadar a favor da corrente. Apresentado no final de outubro, o primeiro SUV da marca italiana feito no Brasil, em Betim (MG), trouxe como maior novidade o motor 1.0 turbo 200 de 130 cavalos de potência. No único mês completo de vendas, em novembro, o Pulse teve 2.228 unidades emplacadas. A Fiat trouxe ainda o 100% elétrico 500e da Itália e mostrou a segunda geração da Toro, com o inédito motor 1.3 GSE Turbo Flex T270 de 185 cavalos. 

Volkswagen Taos

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Em junho, a Volkswagen colocou no mercado brasileiro o Taos, seu terceiro SUV desenvolvido na América Latina. O médio desembarcou nas concessionárias nacionais em duas versões: a Comfortline e a Highline, ambas equipadas com o motor 250 TSI de 150 cavalos de potência, feito no Brasil. Em quatro meses cheios de vendas, o Taos teve a média de 1.568 unidades emplacadas. 

Chevrolet S10 Z71

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Enquanto os hatches e sedãs da Chevrolet encaravam a crise da falta de semicondutores, a velha S10 assumia protagonismo na marca norte-americana no Brasil, com direito de lançar a versão Z71, nomenclatura utilizada nos Estados Unidos para veículos ligados ao “estilo aventureiro”. A picape média até tentou brigar de igual para igual com a Toyota Hilux pela liderança do segmento, mas teve de se contentar com a segunda posição, com 32.827 unidades vendidas até novembro ante as 40.455 da rival.

Toyota Corolla Cross

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Outra novidade maiúscula foi o lançamento do Toyota Corolla Cross, a versão SUV do maior sucesso da indústria automotiva mundial. Mostrado em março, o Corolla Cross entrou na briga pela liderança contra o Jeep Compass entre os SUVs médios. Produzido em Sorocaba (SP), o Corolla Cross utiliza a mesma plataforma do sedã, a TNGA, e vem em quatro versões, sendo duas híbridas bicombustível. Desde abril, o Corolla Cross já vendeu 29.668 unidades, com a boa média mensal de 3.708 exemplares. 

Hyundai Creta

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No final de agosto, a Hyundai apresentou a segunda geração do SUV compacto Creta, com visual renovado – inspirado na evolução do moderno design da marca sul-coreana. Lançado em 2016 no Brasil e produzido em Piracicaba (SP) – mesma fábrica do HB20 –, o Creta superou em novembro pela primeira vez as vendas de seu “irmão” de fábrica mais famoso e já acumula 58.721 unidades emplacadas em 2021, com a média mensal de 5.338. O novo Creta tem opções de motor 1.0 Turbo GDI de três cilindros, com 120 cavalos de potência, e a 2.0, de 167 cavalos.

Jeep Commander

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O Commander é o terceiro modelo da Jeep a ser produzido em Goiana (PE), se juntando ao Renegade e ao Compass, líderes nos segmentos de SUVs compactos e médios, respectivamente. A missão do Commander é ser uma referência entre os utilitários esportivos para até sete pessoas no Brasil. Mostrado em setembro, o Commander oferece dois tipos de motorização, uma bicombustível e outra a diesel, e tem praticamente um mês completo de vendas, com 1.085 emplacamentos. Já o Compass recebeu o novo motor 1.3 GSE Turbo Flex T270, utilizado na Toro e também no Commander.

Renault Captur

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O Captur ganhou em julho uma reestilização bem pronunciada, mantendo a personalidade e agregando o inédito motor 1.3 turboflex TCe (Turbo Control Effiency) com 170 cavalos com etanol. Produzido em São José dos Pinhais (PR), o Captur 2022 veio em três versões de acabamento, a Zen, a Intense e topo de linha Iconic, todas com o mesmo “powertrain”. Este ano, até novembro, foram 7.158 unidades comercializadas, com uma modesta média mensal de 650 exemplares. 

Nissan Kicks

A Nissan apostou na reestilização do Kicks, o primeiro carro global lançado inicialmente no mercado brasileiro, em 2016. Produzido em Resende (RJ), o Kicks 2022 manteve o 1.6 de 114 cavalos e continuou sendo o modelo da Nissan mais vendido no país, com um acumulado de 33.947 unidades em 2021 e média mensal de pouco mais de 3 mil emplacamentos. A Nissan também teve no ano a escalada do novo Versa, sedã compacto vindo do México. A ampliação da rede que comercializa o elétrico Leaf foi outra novidade importante da marca japonesa.

Honda Accord Hybrid

Sedã de porte grande da Honda, o Accord passou a ser oferecido no Brasil em abril deste ano apenas na versão híbrida, em substituição à Touring com propulsão tradicional. O Accord inaugurou no Brasil a tecnologia e:HEV, unindo dois motores elétricos e um a combustão, com potência mais baixa em comparação aos dois “verdes”. A marca oriental anunciou ainda o término da produção nacional do monovolume Fit, a interrupção do sedã médio Civic e apresentou a nova geração do sedã compacto City, que terá também uma versão hatch no próximo ano. 

Caoa Chery Tiggo 3X

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A marca sino-brasileira entrou este ano para a lista do “top ten” no Brasil, enquanto lamentou a morte de seu fundador Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o Caoa, ocorrida em agosto. Pouco antes, em junho, apresentou o novo SUV Tiggo 3X, produzido em Jacareí (SP). O carro tem duas configurações movidas por um “powertrain” inédito no portfólio da Caoa Chery, composto pelo motor 1.0 Turbo Flex e câmbio CVT de 9 velocidades simuladas, com 102 cavalos de potência abastecido com etanol. 

Ford Mustang Mach 1

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Com o anúncio do encerramento da produção no Brasil, em janeiro deste ano, a Ford passou a vender no país apenas carros importados. O mais impressionante foi o Mustang Mach 1, com seu “powertrain” formado pelo motor Coyote 5.0 V8 e transmissão automática de 10 velocidades, com 483 cavalos, aceleração de zero a 100 km/h em apenas 4,3 segundos e final de 250 km/h. A Ford também trouxe do México para o Brasil o novo Bronco, em versão única, a Wildtrak, com motor de 240 cavalos.

Peugeot 208 e-GT elétrico

O lançamento do novo 208 em 2020 foi parte fundamental da estratégia de revigoração da Peugeot no Brasil. Este ano, houve a apresentação da versão elétrica, a e-GT. Se a configuração “normal” do 208 é trazida da Argentina, a elétrica vem da Europa, com 136 cavalos de potência. A linha 208 permanece como a mais vendida da marca do Leão no Brasil, com 14.529 unidades emplacadas até novembro. 

Audi e-Tron GT

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Um dos principais lançamentos da indústria automotiva mundial foi o superesportivo 100% elétrico Audi e-Tron GT. O “bólido” foi trazido também para o Brasil, para apresentação geral. São duas versões do novo cupê de quatro portas. A e-Tron GT tem dois motores (um em cada eixo), com potência conjunta de 476 cavalos.  Já a “top” RS e-Tron GT, também com dois motores, tem um total de 598 cavalos (646 cavalos com a função “overboost”), com aceleração até 100 km/h em apenas 3,3 segundos e velocidade final de 250 km/h. 

Mercedes GLA 200 AMG Line

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Um dos dois modelos que eram produzidos pela Mercedes-Benz no Brasil até o final do ano passado, o GLA teve sua segunda geração apresentada em fevereiro de 2021. Agora trazido da Alemanha, o utilitário esportivo está no Brasil com a versão “top” AMG Line. O GLA 200 é equipado com o novo motor 1.3 turbo de quatro cilindros com 163 cavalos de potência e 26 kgfm de torque à disposição em qualquer situação. O SUV compacto tem câmbio automático de 7 velocidades 7G-Tronic DCT de dupla embreagem.

Volvo XC40 Pure Eletric

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O primeiro automóvel Volvo 100% elétrico a estrear mundialmente, o XC40 Recharge Pure Electric, foi lançado no Brasil em setembro. É oferecido no país com dois motores P8 AWD, um posicionado em cada eixo. Combinados, geram 413 cavalos de potência e 67,3 kgfm de torque. Em dezembro, a marca anunciou que não importará mais a versão XC40 Recharge Plug-in Hybrid Momentum T5, que combina um motor a gasolina com um elétrico. A linha XC40, responsável por 40% das vendas nacionais da marca sueca, será representada no Brasil apenas pela configuração 100% elétrica Recharge Pure Electric.

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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