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Mais de meio ano antes da estreia da nova geração, a Citroën promoveu o “lançamento” mundial e uma espécie de “reserva de espaço” do novo C3. A motorização é um dos tantos “segredos guardados a sete chaves” pronunciados de forma monocórdia pela comunicação da marca francesa pertencente à Stellantis durante a “live”. Preços e versões, nem pensar, apenas a promessa que virão junto com a chegada do carro, no primeiro trimestre de 2022. De concreto, o antes hatch surgido em 2002 passou por uma grande reestilização, inclusive, mudando de turma, ganhando roupagem de um estiloso SUV compacto – na verdade, o novo modelo parece um “pequeno Cactus”, uma versão menor do carro mais vendido da marca no Brasil. “Assegurar o futuro da Citroën exige uma maior presença internacional e a consolidação da marca em todos os mercados em que operamos, incluindo a América do Sul, o Oriente Médio, a África, Ásia e China, bem como uma abertura para outros países, como a Índia. Para isso, desenvolvemos um ambicioso plano de produtos que prevê o lançamento de três modelos com vocação internacional em três anos. Modelos pensados, desenvolvidos e produzidos em regiões estratégicas. O novo C3 é uma peça essencial dessa aceleração e o primeiro estágio de nossa estratégia de crescimento. É um hatch que mira um dos principais segmentos da América do Sul”, explicou Vincent Cobée, CEO da Citroën.

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Se a marca francesa prefere manter segredos, é possível fazer algumas especulações com base no que a Stellantis (união da FCA – Fiat e Chrysler – e da PSA – Peugeot e Citroën) tem a oferecer em termos de motorização para o novo C3. Provavelmente, uma das versões do C3 hatch-SUV terá “powertrain” herdado do Peugeot 208, um 1.6 aspirado bicombustível de até 118 cavalos de potência, 15,4 kgfm de torque e câmbio automático de 6 marchas. Nas configurações de entrada, pode ter o 1.0, também aspirado, Firefly da Fiat de 77 cavalos, 10,9 kgfm e câmbio manual de 5 velocidades, o mesmo do Argo e do Mobi. O mais provável: o novo C3 deve ter o motor 1.0 GSE turbo que estreará no primeiro SUV da Fiat no Brasil, o Pulse – um dos principais lançamentos da indústria automotiva nacional para este ano.

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Totalmente desenvolvido na América do Sul e para atender às demandas da região, em especial, o mercado brasileiro, o novo C3 exigiu uma atenção maior da Citroën, que decidiu expandir seus processos habituais de criação e produção, trabalhando com as equipes locais para definir um veículo único, feito sob medida. A próxima geração do C3 é o primeiro modelo do projeto C-Cubed – apresentado em 2019 –, prevendo o lançamento de uma família de três veículos com foco no mercado internacional até 2024, com três critérios predominantes: criar uma oferta competitiva, com um estilo forte e estender a experiência da Citroën concebida para adaptar-se às especificidades dos países-alvo. “Para produzir o novo C3, a fábrica de Porto Real (RJ) passou por uma profunda transformação industrial nos últimos anos”, afirmou Antonio Filosa, CEO da Stellantis na América do Sul.  

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O novo C3 tem um capô elevado e uma estrutura dianteira que reforça a impressão de largura, se mantendo fiel ao padrão de formas da Citroën, com modelagens amplas e superfícies esculpidas em várias partes. Outros atributos da marca francesa estão na forma do capô moldada junto ao logotipo da fabricante e ao desenho da grade dianteira, trazendo a parte frontal com uma assinatura luminosa em dois níveis, com os duplos “chevrons”transformando-se em barras cromadas e se estendendo ao longo de toda a largura do veículo, passando pelos faróis, antes de se separar e formar um “Y” nas extremidades. Os faróis são compostos por dois elementos separados, com as luzes altas e baixas, os indicadores de direção e as luzes de circulação diurnas (DRL) no nível superior. A assinatura luminosa traseira reproduz as duas linhas horizontais, formando um triângulo. 

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A Citroën não mostra, mas promete um design interno remetendo às características dos SUVs, incluindo a posição de dirigir mais alta. Por fora, as laterais são musculosas, com painéis de proteção esculpidos na carroceria e nos para-lamas robustos. As grandes rodas, a altura livre do solo elevada, as molduras pretas das caixas e as barras de teto também são elementos inspirados nos utilitários esportivos. Segundo a marca francesa, a altura livre do solo foi projetada para evitar choques em estradas de várias condições de rodagem, assim como os ângulos de ataque (dianteiro) e de saída (de trás). Esses detalhes foram estudados para garantir um modelo robusto e adequado às condições de trafegabilidade brasileiras. Na América do Sul, as calçadas particularmente altas influenciaram a definição dos para-choques.

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Em questão de “vestimenta”, o novo C3 tem uma paleta variada de cores, assim como um catálogo de acessórios bem dotado para a customização. De acordo com a Citroën, a escolha de cores, dos materiais e sua resistência e os acabamentos foram definidos pelas equipes locais para mais bem se ajustar às preferências dos clientes de cada país. O novo carro terá uma carroceria de duas cores, com uma linha de separação bem nítida entre a parte de baixo e a capota. Dessa forma, treze combinações estarão presentes na América do Sul, incluindo veículos de cor única, dependendo da versão. Todo o interior do novo carro tem como base a palavra da marca francesa, pois o conteúdo da cabine não foi divulgado em imagens na pré-estreia. 

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por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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