O Classe C, um dos carros-chefe da Mercedes-Benz em todo o mundo e que foi produzido no Brasil de 2016 a 2020, chega a sua sexta geração no meio deste ano na Europa. O mais novo Mercedes-Benz traz trunfos e soluções tecnológicas e de conforto surgidas na gama Classe S, apresentada recentemente e dotada com sistemas avançados de assistência à condução. “As letras ‘C’ e ‘S’ ficam em extremos opostos do alfabeto. Entretanto, em nosso portfólio, elas estão agora se aproximando. O Classe C já é nosso sedã mais vendido. Mesmo assim, tenho certeza de que a nova geração entusiasmará ainda mais os clientes, com uma ampla gama de recursos de alta tecnologia derivados do Classe S. Com a última geração do MBUX, direção do eixo traseiro opcional e eletrificação abrangente, nossa linha de modelos de maior sucesso elevará mais uma vez ao máximo a oferta sofisticada em seu segmento”, comemorou Ola Källenius, CEO da Daimler AG e da Mercedes-Benz AG.
A nova geração do Classe C estreia com tecnologia eletrificada do tipo híbrido-parcial. Tanto nas versões a gasolina quanto nas diesel, o sistema EQ Boost utiliza um motor elétrico denominado ISG. A energia recuperada durante frenagens é armazenada em uma bateria compacta de íons de lítio e devolvida ao ISG para, quando necessário, fornecer força adicional ao motor tradicional de combustão, reduzindo o consumo e melhorando o desempenho. Uma opção híbrida plug-in será lançada durante este ano. O modelo de acesso à linha Classe C é o C180, equipado com motor 1.5 a gasolina com turbocompressor e injeção direta, com 170 cavalos de potência e 26 kgfm de torque, capaz de acelerar da inércia a 100 km/h em 8,6 segundos e a chegar à máxima de 231 km/h, conforme números divulgados pela Mercedes. A seguir, vem o C200, com 201 cavalos e 31 kgfm, com a mesma aceleração feita em 7,3 segundos e final de 246 km/h. O mais potente da família é o C300, movido por um motor 2.0 turbo de 258 cavalos e 41 kgfm de torque, que trabalha sempre associado à transmissão automática 9G-Tronic de 9 velocidades e acelera o carro até os 100 km/h em 6 segundos e à máxima de 250 km/h.
Visualmente, o novo Classe C está completamente alinhado à atual proposta de design da Mercedes, impondo-se pelo seu estilo dinâmico e distinto, para o qual contribuem a generosa distância de entre-eixos combinada com as dimensões menores gerais do modelo. A dianteira é dominada pelos grupos ópticos de leds em todas as versões, pela famosa grade com a estrela da marca colocada em posição central, mas tendo diferenças estilísticas em função dos níveis de equipamento e acabamento. A versão Avantgarde conta com elementos decorativos adicionais nos para-lamas e detalhes cromados no para-choque frontal. A configuração AMG tem padrão diamantado e a estrela, cromada. A traseira tem também o estilo dos novos sedãs da fabricante alemã. Em sua versão sedã – existe também a station wagon Estate, bastante popular na Europa, no entanto, que não é comercializada no Brasil há anos –, o novo Classe C tem comprimento de 4,75 metros (6,5 centímetros a mais do que a geração anterior), largura de 1,82 metro (um centímetro a mais), altura de 1,43 metro (sete centímetros mais baixo) e distância de entre-eixos de 2,86 metros (2,5 centímetros a mais). As rodas variam de 17 a 19 polegadas, enquanto o porta-malas teve a capacidade aumentada para 480 litros.
A Mercedes garante que o interior da cabine do novo Classe C conta com um maior refinamento, com uma decoração moderna e minimalista. Por outro lado, tem toques de esportividade com a utilização de materiais de qualidade superior (como pele sintética, madeira e alumínio) e recursos e várias soluções vindas do Classe S. A iluminação ambiente por fibra óptica é de série em todas versões, adicionando a função de massagem para os bancos dianteiros abrangendo toda a área das costas e aquecimento incluindo os assentos traseiros. O destaque na parte interna do novo Classe C está, evidentemente, no painel de instrumentos totalmente digital “flutuante” e configurável de 10,25 ou 12,3 polegadas, conforme a versão, e na mais recente geração do sistema de infoentretenimento MBUX, surgida no Classe A em maio de 2018 e aprimorada em setembro de 2020 para o Classe S, com tela “touchscreen” com 9,5 ou 11,9 polegadas (também dependendo da configuração) com múltiplas funções e configurações. O novo Classe C destaca ainda um assistente virtual mais evoluído, que dispensa a frase “Olá, Mercedes” para algumas funções e reconhece as vozes dos diferentes ocupantes do carro.
Originários especialmente do Classe S, os dispositivos tecnológicos do novo Classe C têm aparatos como o sistema de direção semiautônomo, apto para acelerar, frear e dirigir o veículo até o limite de velocidade de algumas Autobans na Europa, de 210 km/h. O sistema funciona a partir de uma câmera de 360 graus para detectar sinais de trânsito e ajustar a velocidade automaticamente para se adequar a qualquer mudança nos limites da via e ajudar o motorista a desviar de carros parados. O sistema de cruzeiro adaptável funciona em vários tipos de estradas e inclusive ao redor da cidade para tornar o tráfego de “para-anda” menos estressante. Existe ainda um sistema de Luz Digital, opcional, que projeta sinais de alerta na estrada à frente do Classe C.
Poucos modelos são vendidos em tantos mercados quanto o Classe C, disponível atualmente em mais de cem países. Cerca de mil estágios de carga são examinados durante o curso de desenvolvimento da construção de um Classe C, pois todas as versões de motor, de carroceria, de colocação da direção (à esquerda ou à direita, na chamada “mão inglesa”), de modelos híbridos ou 4Matic seguem os mesmos requisitos. Além disso, existem itens de equipamentos especiais para atender a critérios de classificação específicos – os veículos para a Europa, por exemplo, têm um airbag central. Durante um impacto lateral severo, ele se posiciona entre o banco do motorista e o do passageiro da frente, reduzindo o risco de contato às cabeças. Ele é integrado ao encosto do banco do motorista.
Introduzido nos principais mercados globais em 1993 como um substituto do 190, o primeiro Classe C ganhou o apelido de “Baby Benz”, pois era o menor modelo da marca, até a chegada do Classe A, em 1997. No Velho Continente, o novo Classe C partirá de 45 mil euros, equivalente a pouco mais de R$ 295 mil. No Brasil, a atual geração do modelo é vendida a partir de R$ 237.900. O novo Classe C deve chegar ao mercado brasileiro no final do ano ou no início de 2022, importado de Bremen, na Alemanha. A fábrica brasileira da cidade de Iracemápolis (SP), que produzia o Classe C e o GLA, foi fechada em dezembro do ano passado.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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