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O mundo ficará marcado para sempre em 2020 como o ano em que tudo começou de novo. Como um dispositivo de informática sendo reiniciado, o planeta atravessou o “tsunami” da Covid-19, um vírus que apareceu provavelmente na China ainda no final de 2019. A pandemia do novo coronavírus se espalhou nos primeiros meses deste ano e despencou no Brasil na metade de março, provocando o isolamento da população, a paralisação de diversas atividades econômicas, muita gente infectada e mortes aos milhares. E o mercado automotivo nacional também embarcou no pandemônio de desconfianças, medo e incertezas, sem uma luz no fim do túnel.

Já os primeiros resultados vindos em abril mostravam nos carros e comerciais leves – os dois segmentos com maior volume de emplacamentos sobre quatro rodas – uma queda de 192.639 unidades comercializadas em fevereiro para 155.810 em março e de 21,9% negativos em relação ao terceiro mês do ano anterior. O panorama ficaria ainda mais apavorante em abril de 2020, com as vendas caindo para 51.362 nos dois segmentos e um tombo de 76,7% ante ao mesmo intervalo de 2019. Com a produção praticamente parada, os novos negócios se limitavam ao estoques de veículos nas montadoras e nas concessionárias, que partiam para o fechamento total ou com vendas online, sempre seguindo rígidos protocolos de isolamento e sanitário nas fábricas e nas lojas. O mercado brasileiro só reagiria com uma positividade mais efetiva em junho, com os emplacamentos subindo para 122.772 unidades.

No entanto, depois de uma repentina parada de todas as atividades em março e abril, vieram então as chamadas “lives”, com lançamento de carros via internet. Gradativamente, as vendas de automóveis foram retomando padrões mais próximos à normalidade. Até agora, novembro foi o melhor mês de vendas do ano – foram emplacados 214.265 automóveis e comerciais leves, 4,4% a mais do que em outubro. O resultado, no entanto, foi 7,2% inferior ao do mesmo mês de 2019. Segundo algumas marcas, além da crise econômica, a falta de componentes está prejudicando a retomada das vendas. No acumulado de 2020, os emplacamentos de automóveis no Brasil devem atingir uma retração de cerca de 25% em relação aos números de 2019.

Dez lançamentos que marcaram 2020

Renault Duster

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O lançamento do Renault Duster repaginado ocorreu poucos dias antes da explosão da pandemia no Brasil. No início de março, o SUV teve todas as peças da carroceria redesenhadas e o interior modernizado. A motorização permaneceu a bicombustível 1.6 SCe de 120 cavalos e torque de 16,2 kgfm, associada à transmissão CVT X-Tronic com 6 marchas simuladas.

Chevrolet Tracker

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Inicialmente programada para o dia 18 de março, a apresentação do novo Chevrolet Tracker veio um dia antes, quando o Brasil já olhava para todos os lados para tentar entender o que estava acontecendo. Mostrada ao estilo de “live”, a nova geração do SUV, agora produzida no país, estreou na versão topo de linha o motor 1.2 turbo de 133 cavalos e 21,4 kgfm de torque, ao lado do câmbio automático de 6 velocidades.

Volkswagen Nivus

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O segundo SUV produzido no Brasil pela Volkswagen nasceu em junho, quando o mercado começava a encontrar caminhos para tentar suavizar os efeitos da pandemia. O Nivus, misto de utilitário esportivo e cupê, estreou a multimídia VW Play. O motor 200 TSI (turbo) equipa as duas versões do Nivus, com 128 cavalos e torque de 20,4 kgfm, acoplado à transmissão automática de 6 marchas.

Fiat Strada

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O maior lançamento da FCA veio em junho, com a nova geração da picape compacta Strada, o modelo atualmente campeão de vendas da Fiat. Inteiramente nova, a Strada estreou uma identidade visual própria, finalmente desvinculada do Palio. Sempre com câmbio manual de 5 marchas, a picape continuou adotando as motores 1.4 Fire de 88 cavalos e 1.3 Firefly de 109 cavalos. Em 2021, deve ganhar uma versão turbo.

Caoa Chery Arrizo 6

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A ainda jovem marca Caoa Chery estreou o Arrizo 6 em junho. O novo sedã médio da sino-brasileira veio para concorrer com o Toyota Corolla, o Honda Civic, o Chevrolet Cruze e o Volkswagen Jetta. O Arrizo 6 é equipado com motor 1.5 turbo bicombustível com 150 cavalos de potência e 21,4 kgfm de torque, associado à transmissão CVT de 9 marchas e dois modos de condução, o “Eco” e o “Sport”.

Ford Territory

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Muito aguardado desde sua apresentação no Salão de São Paulo de 2018, o Ford Territory foi lançado em agosto, desenvolvido em parceria com a chinesa Jiangling Motors Corporation (JMC). Produzido na fábrica de Xiaolan, na China, o SUV médio desembarcou no Brasil em duas versões, SEL e Titanium, ambas com motor 1.5 Turbo EcoBoost GTDI a gasolina com 150 cavalos e transmissão automática CVT.

Mitsubishi L200 Triton

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O final de agosto foi reservado para a apresentação da sexta geração da picape média Mitsubishi L200 Triton. O visual moderno, apesar dos seus quinze anos de estrada, ficou ainda mais “estiloso”. A picape, que ganharia no final do ano a versão Sertões, em homenagem à maior competição de rali do Brasil, é equipada com motor 2.4 turbodiesel com 190 cavalos de potência e 43,9 kgfm, destacando a transmissão automática de 6 velocidades.

Peugeot 208

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A nova geração do “filhote de leão” 208, sucesso de vendas da Peugeot no Brasil, aportou no país em setembro. Entre as inovações está o i-Cockpit 3D, com destaque para as telas do painel equipadas com exclusiva tecnologia holográfica, em três dimensões. Para o mercado brasileiro, o 208 trouxe o motor 1.6 aspirado de 118 cavalos com opção de câmbio manual de 5 marchas ou automático de 6 velocidades.

Nissan Versa

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No final de outubro, a Nissan trouxe do México a nova geração do sedã compacto Versa, para conviver com o modelo produzido no Brasil, agora rebatizado de V-Drive. Inteiramente nova, a segunda geração do Versa é equipada com motor 1.6 16V com 114 cavalos de potência e torque de 15,5 kgfm, acoplado às opções de transmissão manual de 5 marchas ou à nova CVT, a mesma utilizada no Kicks.

Toyota Hilux

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Já no final de novembro, a Toyota apresentou a nova geração da Hilux, campeã de vendas no segmento. A Hilux foi completamente renovada no seu visual, destacando a grade trapezoidal proeminente. A linha 2021 da Hilux segue equipada com motores a diesel, com 204 cavalos e transmissão automática ou manual de 6 marchas, e bicombustível, de 163 cavalos com o câmbio automático.

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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