Gabriel Dias

            Quando desembarcou de malas e bagagens para ser produzido no Brasil, no Complexo Industrial da FCA de Goiana, em Pernambuco, em 2015, o Renegade “botou fogo” no sempre crescente segmento de SUVs. Afinal, tratava-se de um autêntico representante da Jeep, em última análise, a inventora do segmento dos utilitários esportivos off-road com o lendários jipes surgidos durante a Segunda Guerra Mundial. Com toda essa credencial, o Renegade logo assumiu a liderança, depois, disputou o primeiro lugar de vendas na categoria com o “irmão” de fábrica Compass, a recuperou no ano passado e atualmente disputa a liderança com o Volkswagen T-Cross. Posicionada um degrau abaixo da topo de linha Trailhawk, a versão Longitude 2.0 AT9 turbodiesel é equipada com o motor 2.0 Multijet II de 170 cavalos a 3.750 rotações por minuto e 35,7 kgfm de torque a 1.750 giros. Completam o “powertrain” a transmissão automática de 9 marchas e a tração integral sob demanda.

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No quesito segurança – um dos pontos altos do Renegade –, a configuração Longitude vem com seis airbags (frontais, laterais, de cortina e para joelhos do motorista), freios ABS, alarme antifurto, encosto de cabeça e cinto de três pontos para os cinco ocupantes, Isofix para fixação de cadeirinhas de criança, controle eletrônico de tração e de estabilidade, controle eletrônico anti-capotamento, faróis full-led, auxiliares  de neblina, luzes de condução diurna (DRL), freio de estacionamento eletrônico, controle de velocidade em descidas, assistente de partida em rampa, ganchos de fixação de carga no porta-malas, lanternas em leds, limitador de velocidade, repetidores de seta nos retrovisores e Panic Break Assist.

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Como principais itens de conforto, o Renegade Longitude tem bancos revestidos parcialmente em couro com costura cinza, bolsa porta-objetos localizada atrás do banco do motorista, chave canivete com telecomando, tapetes de borracha, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, protetor de cárter, porta-óculos, porta-celular, apoia-braço central dianteiro com porta-objetos, ar-condicionado automático digital de duas zonas, banco do motorista com ajuste de altura, traseiro bipartido e do passageiro da frente rebatíveis, volante multifuncional revestido em couro com ajuste de altura e profundidade, direção com assistência elétrica, piloto automático, vidros, travas e retrovisores elétricos, sensor de estacionamento traseiro e rodas de liga leve de 18 polegadas com pneus 225/55. Na tecnologia, conectividade e em entretenimento, o modelo conta com computador de bordo, câmera de ré, painel de instrumentos com tela TFT de 3,5 polegadas, sistema multimídia com tela de 8,4 polegadas, espelhamento de smartphone para Android Auto e Apple CarPlay, comandos de voz, conexão Bluetooth, entrada USB e seis alto-falantes.

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A atual geração do Renegade rejuvenescida no ano passado teve mudanças no interior da cabine, trazendo mais conforto e espaço. Ao lado dos muitos equipamentos oferecidos e de fácil manuseio e interatividade, o motorista tem todas as regulagens de seu banco e altura e profundidade do volante. O design externo do Renegade Longitude ficou mais atraente, mantendo as linhas e identidade que remetem um pouco a uma releitura moderna do veterano Wrangler. O Renegade ganhou um novo conjunto óptico, com grande utilização de leds. Na traseira, a mudança ficou para o novo e acertado desenho das lanternas, sem a presença ostensiva do tradicional “X” no meio das lentes vermelhas principais. Olhando-se com mais atenção, o “X” continua lá, entretanto, sem trazer para si uma importância que nunca teve. O preço do Jeep Renegade Longitude AT 2.0 turbodiesel 4×4 parte de R$ 149.890 sem opcionais, mas somente se for na cor sólida Verde Recon. A sólida Branco Ambiente aumenta o preço em R$ 780, enquanto as metálicas acrescentam R$ 1.700 e a perolizada Branco Polar soma R$ 2.380 à fatura.

Impressões ao dirigir

Qualquer caminho é caminho

Gabriel Dias

Porto Alegre/RS – Se a alma do Renegade Longitude é a tração integral marca registrada da Jeep , o coração é o motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, que apesar de não ser nenhum primor de modernidade, trabalha em boa sintonia com o câmbio automático de 9 marchas, com opção de trocas sequenciais por meio de “paddles shifts” localizados atrás do volante. Esse “powertrain” é compartilhado com o “companheiro” de fábrica Compass. O carro entrega uma boa e confiável recuperação de velocidade. O desempenho do conjunto motriz é impressionante em relação de peso/potência (9,65 kg/cv) e conta com torque máximo de 35,7 kgfm, permitindo aos 1.641 quilos do veículo fazer de zero a 100 km/h em 9,9 segundos, com a velocidade máxima ficando em 190 km/h. Quanto ao consumo, as médias obtidas no teste de uma semana foram bastante satisfatórias, com as marcas de 19,4 km/l na estrada a uma velocidade média de 100 km/h, 12,4 km/l na cidade e média combinada de 14,2 km/l. Um bom resultado para um carro de seu porte, com 4,23 metros de comprimento, 1,80 metro de largura, 1,71 metro de altura, 2,57 metros de distância de entre-eixos e 320 litros de capacidade no porta-malas sem o rebatimento dos bancos traseiros.

Gabriel Dias

No teste de avaliação, o Renegade Longitude circulou pelas cidades e rodovias da periferia da capital gaúcha e foi bastante forçado em trechos de estradas vicinais e com muitos desníveis, com o jipe urbano mostrando grande desenvoltura em meio a sítios e fazendas, em paisagens típicas do pampa. Nesse habitat, o Renegade se revela também ser um carro divertido de se dirigir. Mesmo com a configuração de suspensão mais dura para o terreno, os ocupantes pouco sentem de desconforto ao passar em buracos e ondulações. Com um bom ângulo de entrada, o SUV pode superar obstáculos com até 30 graus frontais, sempre demonstrando bom equilíbrio e segurança na condução, até em velocidade mais expressiva ou em fortes frenagens. Em um outro panorama, a “tocada” do Renegade no asfalto é ainda mais segura, naturalmente. Com manobras rápidas e ariscas, a carroceria praticamente não oscila, mesmo quando é exigida mais radicalmente, resultando em uma ampla aderência e estabilidade.

Gabriel Dias

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Gabriel Dias

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