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            Desde 29 de junho, estão abertas nos Estados Unidos as reservas para a picape Badger, que podem ser feitas no site da Nikola. Para fazer uma reserva, é necessário fazer um depósito (totalmente reembolsável) de US$ 250 a US$ 5 mil – de R$ 1.350 a R$ 26.650 – para garantir um exemplar da nova picape. A expectativa é de que o preço de varejo fique na faixa de US$ 60 mil a US$ 90 mil – algo em torno de R$ 320 mil a R$ 480 mil. Contudo, alguns mistérios ainda cercam o mais novo produto da badalada empresa norte-americana de produção de veículos com emissão zero com sede em Phoenix, no Arizona. De acordo com a Nikola, a nova picape de design futurista terá um hidrogênio-elétrico. Ou seja, poderá funcionar movida pela eletricidade acumulada de acionamento híbrido em suas baterias elétricas carregáveis na tomada ou por células de combustível – convertem energia potencial do hidrogênio em eletricidade por meio de uma reação eletroquímica.

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            Em inglês, a palavra “badger” quer dizer “texugo” – um mamífero da família dos mustelídeos de corpo atarracado, com cauda curta e que vive em tocas, um parente do furão. A nova picape não será produzida na fábrica da marca em Coolidge, no Arizona, onde têm sido desenvolvidos os protótipos de caminhões elétricos e também movidos por célula de combustível que já estão sendo testados em estradas norte-americanas. Considerada como rival da festejada Tesla Cybertruck, picape elétrica que segundo seu fabricante já teve mais de meio milhão de encomendas, a Badger será fabricada por uma montadora parceira, ainda não determinada. A versão mais básica da picape, movida apenas por baterias recarregáveis na tomada, seria disponibilizada em todos os Estados norte-americanos até 2022.

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            Já as versões FCEV, que incorporam também a célula de combustível, serão entregues apenas a partir de 2023. Inicialmente, serão vendidas somente nos Estados nos quais a Nikola pretende colocar suas primeiras estações de hidrogênio, que serão instaladas por meio de um acordo com a Anheuser-Busch Inbev, multinacional de bebidas e cervejas formada pela fusão da belga Interbrew e da brasileira Ambev. “A versão a célula de combustível irá primeiro para os mercados onde as estações de hidrogênio de células de combustível estão entrando. Provavelmente, estaremos começando na Califórnia, e seguirão as rotas de distribuição da Anheuser-Busch, que utilizará nossos caminhões com célula de combustível”, explica Trevor Milton, CEO da Nikola.

            “Provavelmente, incluiremos uma cota de hidrogênio nas vendas iniciais da Badger. Isso dará uma enorme vantagem aos primeiros compradores da versão FCEV”, complementa o executivo. De acordo com a Nikola, seria possível obter mais de 450 quilômetros de autonomia com a bateria e outros 450 quilômetros com a célula de combustível. O próprio motorista pode definir qual é a porcentagem de utilização: 100% por bateria, 100% por célula de combustível ou uma mistura de ambas. “Em temperaturas muito frias, há até 30% de perdas energéticas com o uso da bateria elétrica. Com uma célula de combustível, essas perdas não ocorrem. Além disso, dá para usar o próprio calor emitido pela célula de combustível para aquecer a cabine”, detalha Milton.

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            A Nikola afirma que a picape terá 455 cavalos de potência e capacidade de carga de pouco mais de 3.600 quilos. Terá tração 4×4 independente e poderá acelerar de zero a 60 milhas por hora (96,5 km/h) em menos de três segundos. Outro plano recentemente divulgado pelo CEO da Nikola é capturar a água, que é o único resíduo da operação da célula de combustível da Badger, para fornecê-la aos ocupantes da picape. Porém, não ficou claro se essa expectativa de usar a água oriunda da célula de combustível para consumo humano é real ou se é apenas mais uma jogada de marketing de Trevor Milton.

Por: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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