Andrea Ramos/Agência Transporta Brasil

Bastante completa em termos de equipamentos de série e opcionais, a linha Delivery da Volkswagen Caminhões e Ônibus tenta contemplar todas as necessidades do transporte urbano com caminhões leves. Para atender a essa proposta, parte dos modelos com PBT de 3,5 toneladas até os de 13 toneladas. O Delivery Express é a versão de entrada da família Delivery e tornou-se um grande sucesso de vendas. Seu PBT é de 3,5 toneladas, sua capacidade de carga útil é de 1,3 tonelada e a capacidade máxima de tração é de 5 toneladas. Mesmo sendo baseado na plataforma dos “irmãos maiores” da linha Delivery, o Express se posiciona na mesma categoria dos veículos derivados de caminhonetes.

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            Esse posicionamento “intermediário” do Delivery entre os caminhões leves e as vans traz alguns “efeitos colaterais”. Por ser derivado de uma plataforma de caminhão, é mais robusto que os competidores originados de vans. Outro predicado do Delivery é poder ser conduzido por motoristas com carteira B e sem restrição de tráfego em zonas urbanas, já que ele é classificado como caminhonete. E para quem encara rodovias, o Express é tarifado no pedágio com o mesmo valor de um automóvel. O Express é procurado tanto por grandes frotistas quanto por autônomos que querem veículos com conforto de van, mas com a resistência de um caminhão. O veículo leve da Volkswagen se adapta às operações com carga fracionada nos centros urbanos e pode ser usado por empresas que prestam serviços municipais e também rodam em operações intermunicipais.

            Para atender a um espectro tão amplo de utilizações, o Express pode receber implementos como carroceria, baú para distribuição e frigorífico. A Volkswagen Caminhões e Ônibus oferece aos seus clientes a opção de o implemento ser instalado de fábrica. Produzido pela Randon exclusivamente para esse modelo e o Delivery 4.150, em ambos, o baú já agrega câmera de ré. Isso é possível graças ao BMB Mode Center, espaço exclusivo de modificações da MAN Latin America. O Express é equipado com freio a disco nas quatro rodas, ABS com EBD e airbags para motorista e os dois acompanhantes. Os cintos contam com pré-tensionadores.

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            O motor é o conhecido Cummins ISF, de 2,8 litros e quatro cilindros, que desenvolve potência de 150 cavalos a 3.500 rpm e torque de 37 kgfm de 1.400 a 2.800 rpm. Esse propulsor, para atender à norma de emissão de poluentes, equivalente à Euro 5, utiliza a tecnologia EGR, comum na categoria. O motor trabalha com a transmissão Eaton ESO 4106, manual de 6 marchas, sendo a última overdrive – a caixa tem até tomada de força para operar uma prancha de reboque.

            A Volkswagen Caminhões e Ônibus oferece três pacotes de acabamento para o Express afim de dar acesso aos mais variados perfis de consumidores. No pacote de entrada, denominado City, o veículo traz de série todos os itens mencionados, além de computador de bordo completo. Na versão Trend, intermediária, traz de série ar-condicionado, banco do motorista com suspensão pneumática, piloto automático, retrovisores bipartidos e aba protetora do para-brisa – o chamado boné. A versão mais completa, a Prime, dispõe de todos os itens mencionados e acrescenta rádio, console de teto e farol de neblina. O preço do Volkswagen Delivery Express City parte de R$ 152.900.

Impressões ao dirigir

Jeito fácil

            No posto de condução, o motorista se depara com um veículo alto, o que já lhe dá uma visão privilegiada do trânsito nos centros urbanos. Os bancos são confortáveis e o central é rebatível, podendo se transformar em uma mesa. Graças ao assoalho plano, com túnel central de apenas 10 centímetros, os ajudantes entram e saem com facilidade da cabine. A bordo, ainda existem mais de quinze portas-objetos. Nesse ambiente, o motorista se sente seguro no tráfego por causa da altura e da visibilidade dos retrovisores. Fazer as curvas, com o veículo carregado em sua capacidade total, dá segurança, em razão do conjunto dianteiro independente em forma de duplo “A”. Na versão com baú, a câmera de ré pode fazer total diferença na hora das manobras.

Andrea Ramos/Agência Transporta Brasil

            O teste incluiu um grande trecho em rodovia. Nessa condição, de 80 a 85 km/h, a rotação fica de 1.500 a 1.600 rpm, entregando força ao veículo. Mesmo na cidade, graças a essa ampla faixa de rotação, o veículo sempre trabalha em baixo giro, o que permite ter boa economia de combustível. A transmissão Eaton possibilita que as trocas manuais sejam dinâmicas, com respostas rápidas. Mas é na rodovia, em velocidade de cruzeiro, que a overdrive faz total diferença. A 80 km/h e em trecho de mais declive, é só tirar o pé do acelerador e deixar o motor trabalhar. No painel, observando o consumo instantâneo, o motorista consegue tirar boas notas de economia de combustível. Na subida, seja em trecho urbano ou rodoviário, o motor Cummins mostrou-se forte. Quando é necessário mostrar força, o Delivery comporta-se como caminhão e vence o percurso sem vacilações.

Por: Andrea Ramos, da Agência Transporta Brasil especial para a AutoMotrix – Fotos: Andrea Ramos/Agência Transporta Brasil

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