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Desde que foi lançado no Brasil, no final de 2011, o Renault Duster emplacou cerca de 280 mil unidades. Até 2014, quando o principal concorrente nacional no segmento de utilitários esportivos compactos era o Ford EcoSport, o SUV da marca francesa conseguia médias de 4 mil vendas mensais. Já nos últimos cinco anos, quando o aumento da demanda por esse tipo de veículo foi acompanhado por uma proliferação de concorrentes, as vendas do Duster caíram para a faixa de duas mil unidades mensais e se estabilizaram por aí. Para tentar reviver os tempos mais gloriosos do modelo, a Renault sabia que era necessário renová-lo radicalmente. E isso foi feito na linha 2021. Todas as peças da carroceria foram redesenhadas e o interior também foi modernizado. No entanto, a plataforma permanece a mesma, assim como a motorização aspirada flex 1.6 SCe de 120 cavalos, compartilhada com o Captur e o Nissan Kicks, que traz ainda um item quase “vintage” – o “tanquinho” de gasolina para ajudar nas partidas a frio. A solitária novidade do “powertrain” é a tecnologia Start & Stop, presente tanto nas versões com câmbio manual quanto nas configurações com CVT. As versões 4×4 e com motor 2.0 deixaram de ser oferecidas.

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            Por fora, as dimensões cresceram poucos centímetros, porém, as proporções estão mantidas. As linhas estão mais musculosas e ampliam a sensação de robustez. O modelo reduziu o ângulo do para-brisa e aumentou sua linha de cintura, diminuindo a área envidraçada. Agora, os faróis apresentam a assinatura luminosa característica da gama Renault, com luzes diurnas de leds em formato de “C”. O novo para-choque reforça as linhas marcantes do capô. Na lateral, o Duster apresenta linha de cintura mais alta e as portas receberam um novo desenho. As novas rodas reforçam a modernidade do estilo. Com os maiores ângulos de entrada (30 graus) e saída (34,5 graus) do segmento e a maior altura do solo (23,7 centímetros), o novo Duster se habilita a encarar os eventuais obstáculos. Segundo a Renault, o modelo tem um aumento de 12,5% em sua rigidez torcional, o que ajuda a encarar terrenos irregulares com tranquilidade. Entre as novidades na parte traseira estão a tampa do porta-malas e o para-choque reestilizados e, principalmente, as novas lanternas de leds – lembram bastante as do Jeep Renegade, que por sua vez remetem às do Ford Galaxie 500, dos anos 60. O Duster mantém o maior porta-malas da categoria, com 475 litros.

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            No interior, o painel foi completamente redesenhado. Apresenta um novo console central, com saídas de ar, painel de instrumentos e a central multimídia Easy Link com tela capacitiva de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, com layout personalizável para até cinco usuários diferentes. O novo sistema de ar-condicionado digital oferece oito velocidades e dezenove opções de temperatura de 17,5°C a 26,5°C. Na versão manual, a alavanca do câmbio é completamente nova. Entre as novidades estão o painel de instrumentos mais moderno e funcional. Pela central multimídia é possível visualizar imagens das quatro câmeras do novo sistema Multiview. O Duster incorporou alerta de ponto cego e sensor crepuscular. O assento dianteiro, que oferece ajuste de altura, recebe espumas mais longas e melhor apoio lateral, enquanto o encosto apresenta maior espessura, laterais maiores e novos apoios de cabeça e de braço. O modelo atual tem 1,5 litro a mais de espaço do que o anterior, atingindo 20,3 litros de porta-objetos no total. O renovado SUV ganhou ainda a chave cartão tipo Hands Free, com destravamento do veículo por aproximação. O motor flex com etanol atinge a potência de 120 cavalos e o torque de 16,2 kgfm. No CVT X-Tronic, um software de gerenciamento dá a opção ao condutor de reproduzir 6 marchas virtualmente. A transmissão oferece a possibilidade de trocas manuais na alavanca de câmbio – basta posicionar a manopla à esquerda para assumir o controle.

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            A versão mais barata do novo Duster é a Zen (a única com câmbio manual), oferecida por R$ 71.790. Direção elétrica, ar-condicionado manual, faróis com leds, airbags dianteiros, cinto de segurança de três pontos em todas as posições, dois Isofix no banco traseiro, vidro elétrico nas quatro portas, trava elétrica com fechamento automático, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro rebatível bipartido, alarme perimétrico, tomada 12V traseira, rodas de aço de 16 polegadas e chave canivete são de série. Multimídia, faróis de neblina e rodas de liga leve são opcionais. A Zen CVT X-Tronic, que sai por R$ 77.790, acrescenta apenas a transmissão continuamente variável e a ponteira do escapamento cromada. A Intense CVT X-Tronic, a R$ 83.490, agrega grade dianteira cromada, maçanetas na cor da carroceria, barras de teto cromadas, faróis de neblina, retrovisor externo elétrico cromado, rodas de liga leve de 16 polegadas, vidros elétricos com função um toque, indicador de temperatura externa, luz de cortesia no porta-luvas e porta-malas, espelho nos dois para-sóis, volante em couro, sistema multimídia Easy Link, sensor de estacionamento traseiro com câmera e ar-condicionado automático. Os bancos em courino são opcionais. A “top” Iconic CVT X-Tronic, a R$ 87.490, é a que incorpora as principais novidades do novo Duster, como o sistema Multiview com quatro câmeras, o alerta de ponto cego, o sensor de luminosidade, a chave-cartão hands free, as rodas de liga leve de 17 polegadas diamantadas e o apoio de braço.

Experiência a bordo

Posicionamento aprimorado

            O novo Duster tornou-se o único Renault vendido no Brasil com regulagem de profundidade na coluna de direção. Em temos de espaços, foram mantidos os que já existiam no Duster anterior, sempre muito generosos. Um detalhe que incomodava muita gente no Duster era o posicionamento da tela do sistema multimídia.   No novo SUV, esse problema foi resolvido e a visualização é perfeita.

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Com uma tela capacitiva de 8 polegadas, a nova central multimídia Easy Link tem layout personalizável. Os ocupantes podem fazer conexão via Bluetooth e visualizar informações como temperatura externa e horário direto na tela. O sistema conta com uma vasta gama de opções de personalização para adaptar a tela ao gosto de cada cliente. O Easy Link permite salvar as preferências de configuração de som e até personalizar o som das teclas, entre outras coisas.

Primeiras impressões

Nas trilhas das cataratas

Foz do Iguaçu/PR – O Duster avaliado no lançamento da linha 2021 era da versão topo de linha Iconic. Desde as primeiras manobras, já fica claro que a nova direção elétrica traz mais conforto para o uso urbano. Quando se atinge a estrada, o sistema revela firmeza e precisão. Segundo a Renault, o esforço de manobra diminuiu 35% em relação à versão anterior.

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            O novo Duster oferece acelerações progressivas e responde rápido ao pedal da direita, porém sem grande “exuberância”. Quando o motorista resolve pisar fundo no pedal do acelerador, as seis marchas simuladas da transmissão Xtronic CVT atuam com agilidade, contudo, não operam milagres. A opção da troca manual pode trazer vantagem em performance, especialmente nas ultrapassagens e arrancadas. O conforto de rodagem oferecido pelo câmbio CVT em rodovia impressiona. Para quem prefere dirigir com calma e sem se estressar, o novo Duster é um SUV bastante agradável.

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O utilitário esportivo da Renault incorpora tecnologias para aumentar a segurança, como o ESP (Controle Eletrônico de Estabilidade), freios ABS com AFU (Auxílio à Frenagem de Urgência) e o HSA (Assistente de Partida em Rampa), que mantém o veículo parado até dois segundos após a liberação dos freios em subidas. O isolamento acústico absorve com eficiência a maior parte dos ruídos provenientes do motor e da rolagem dos pneus. Em termos suspensivos, o Duster preserva o ajuste confortável, porém, transmite percepção de robustez quando trafega sobre pisos irregulares. A suspensão entrega um bom nível de estabilidade e absorve bem os buracos no piso.

Ficha técnica

Renault Duster 1.6 16V SCe X-Tronic CVT Iconic

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Motor: quatro cilindros em linha, 1.598 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, com 120 cavalos (etanol) e 118 cavalos (gasolina) de potências máximas a 5.500 rpm e torque máximo de 16,2 kgfm (e/g) a 4 mil rpm
Transmissão: câmbio CVT
Direção: elétrica
Freios: disco ventilado na dianteira e tambor na traseira com ABS, ESP (controle de estabilidade) e HSA (assistente de partida em rampa)
Suspensão: dianteira, independente, do tipo McPherson, traseira, eixo de torção e barra estabilizadora
Rodas/pneus: liga leve 215/60 R17
Peso: 1.279 kg
Dimensões: comprimento de 4,37 metros, largura de 1,83 metro, altura de 1,69 metro e distância de entre-eixos de 2,67 metros
Altura do solo: 23,7 centímetros
Porta-malas: 475 litros
Preço: R$ 87.490

Por: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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