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Por razões que só o marketing explica, o Chevrolet Prisma, que há cinco anos é o sedã mais vendido no Brasil, mudou de nome. Totalmente renovado na linha 2020, a partir de setembro, passou a ser chamado de Onix Plus. A carroceria antiga foi mantida no modelo de entrada, rebatizado como Joy Plus. No Onix Plus, a versão topo de linha é a 1.0 turbo Premier. Ela tem a missão de disputar mercado com o Volkswagen Virtus Highline 200 TSI e o Hyundai HB20S Diamond, ambos também com motor de três cilindros 1.0 turbo, câmbio automático de 6 marchas e bom nível de equipamentos.

O Onix Plus utiliza a plataforma chinesa GEM, desenvolvida para países emergentes, e teve a estrutura reforçada com aços mais resistentes para otimizar a segurança. Além disso, o sedã traz seis airbags de série para todas as versões. O resultado dessa evolução é que o Onix Plus foi submetido ao teste de impacto pelo Latin NCAP e recebeu cinco estrelas na proteção para adultos e crianças e conquistou o Advanced Award por proteção a pedestres. Um avanço notável em relação ao teste feito com a geração anterior, que não recebeu nenhuma estrela na proteção do ocupante adulto.

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Com seus 4,47 metros de comprimento, 1,73 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,60 metros de distância de entre-eixos, o novo sedã ficou dezenove centímetros mais comprido, dois centímetros mais largo, ganhou sete centímetros no entre-eixos e é um centímetro mais baixo que o modelo antigo. Em termos de design, a frente é mais larga, com uma grade maior e para-brisa bem inclinado. Os faróis estão mais afilados e a configuração Premier vem com projetores nos faróis e luzes diurnas no para-choque, assim como a iluminação de leds nas lanternas. Os repetidores de seta não ficam nos retrovisores, mas nos para-lamas. As lanternas traseiras são horizontalizadas. Apesar das dimensões aumentadas em relação ao Prisma, o porta-malas diminuiu, caindo de quinhentos para 469 litros de capacidade, devido às caixas de rodas maiores. A tampa do porta-malas só abre pelo comando da chave ou pelo acionamento de uma tecla no painel. As rodas são de liga leve de 16 polegadas, calçadas com pneus 195/55 R16.

Outra novidade do Onix Plus é o motor flex 1.0 turbo Ecotec, com três cilindros e 12 válvulas, que substituiu o veterano 1.4 de quatro cilindros e 8 válvulas do Prisma. Conta com sistema multiponto com bicos injetores pré-aquecidos, mas não tem injeção direta de combustível – uma tendência hegemônica entre os motores mais modernos. Entrega potência máxima de 116 cavalos (com gasolina e etanol) a 5.500 rpm e torque máximo de 16,3 kgfm com gasolina e 16,8 kgfm com etanol, sempre a 2 mil rpm. O motor trabalha associado a uma transmissão automática de 6 velocidades com opção de troca manual de marchas. Segundo os testes do Inmetro, em ciclo urbano, o modelo obteve 12 km/l com gasolina e 8,6 km/l com etanol, enquanto na estrada atingiu 15,7 km/l com gasolina e 10,9 km/l com etanol.

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Na linha 2020, o Onix Plus traz de série na versão Premier o MyLink 3, com tela LCD tátil de sete polegadas, integração com smartphones por meio do Android Auto e Apple CarPlay, rádio AM/FM, função áudio streaming, Bluetooth para até dois celulares simultaneamente e entrada USB no console. Tem ainda duas entradas USB para quem senta no banco traseiro. O sistema disponibiliza ainda câmera de ré e carregador Wireless (sem fio). No entanto, o principal atrativo é o Wi-Fi 4G nativo, nos mesmos moldes do apresentado no Cruze e que garante conexão com a internet a bordo sem interrupções. O pacote de dados básico é vendido por R$ 29 mensais. O modelo oferece também o sistema de concierge OnStar, que tem custo de R$ 89 mensais. Na versão 1.0 Turbo Premier, a lista de equipamentos de série inclui ar-condicionado, assistente de partida em aclive, computador de bordo, controle eletrônico de estabilidade e tração, controles do rádio e telefone no volante, direção elétrica progressiva, painel de instrumentos 3,5 polegadas digital TFT, sensor de estacionamento traseiro, sistema de fixação de cadeiras para crianças, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, coluna de direção com regulagem em altura e profundidade, acendimento automático dos faróis por  meio de sensor crepuscular, câmera de ré, carregador wireless, abertura das portas por sensor de aproximação da chave e partida por botão.

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A versão Premier do sedã tem preço inicial de R$ 73.190, na cor metálica Preto Ouro Negro. Entretanto, pode chegar a R$ 77.780 na versão avaliada, que veio na cor metálica Vermelho Carmin (R$ 1.590) e com o pacote de opcionais R8M (R$ 3 mil), que acrescenta alerta de ponto cego, ar-condicionado com controle eletrônico de temperatura e sistema automático de recirculação, bancos com acabamento premium, sistema de estacionamento automático, sensor de estacionamento dianteiro e lateral e acabamento interno nas cores preto e caramelo – há opção de preto e cinza. Aparentemente, a estratégia da General Motors com o lançamento do Onix Plus foi bem-sucedida. Em outubro, seu primeiro mês cheio de vendas, já alcançou a sexta posição entre os carros mais vendidos do país e assumiu a liderança dos sedãs herdada do velho Prisma, com 7.140 emplacamentos.

Experiência a bordo

Um degrau acima

Com o aumento do entre-eixos em sete centímetros, o interior do Onix Plus cresceu em relação ao do Prisma. O ângulo de posição do volante melhorou e, com regulagem tanto de altura quanto de distância, ficou mais fácil ajustá-lo ao motorista. Os bancos dianteiros dão bom suporte às costas, porém os assentos são um tanto curtos e os apoios de cabeça são inteiriços, sem ajuste de altura. Quem anda atrás agora tem mais espaço para as pernas e para os ombros, contudo não há saída de ar-condicionado para a parte de trás.

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A versão avaliada trazia revestimento em couro preto e bege nos bancos e no painel das portas. No restante do habitáculo, predominam plásticos duros, texturas com formas geométricas que ampliam a sensação de qualidade e montagem precisa. Detalhes cromados ampliam a percepção de requinte. O volante revestido em couro conta com ajuste de altura e distância e traz os comandos para o controlador de velocidade, o computador de bordo e o sistema multimídia. No porta-malas, a versão Premier traz uma eficiente cobertura no piso, todavia o compartimento de bagagem não é totalmente revestido com carpete e parte da lataria fica à vista.

Impressões ao dirigir

Upgrade” dinâmico

O motor 1.0 turbo Ecotec, com três cilindros e 12 válvulas, permite ao novo sedã da família Onix circular com total desembaraço, tanto na cidade quanto na estrada. É compatível com o tamanho do veículo (que pesa 1.117 quilos), é silencioso e oferece respostas rápidas às acelerações, entregando convincentes retomadas de velocidade. Disponível já na faixa de 2 mil giros, o torque máximo de 16,3 kgfm é suficiente para dar ao motor a capacidade de reagir rápido. O câmbio automático de 6 marchas é bem escalonado e faz as mudanças na hora certa, além de não apresentar trancos. O Onix Plus não traz borboletas atrás do volante para as trocas de marchas manuais. Elas podem ser feitas, de uma forma bem menos lúdica, por meio de uma tecla que fica na lateral do pomo da alavanca de câmbio. Para a General Motors, o perfil do consumidor desse tipo de automóvel não é o que faz uso mais constante de trocas manuais de marchas.

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A direção conta com assistência elétrica bem ajustada. A suspensão é mais firme que a do Prisma, e o Onix Plus transfere boa parte das irregularidades do solo para dentro do carro. Em compensação, o sedã evoluiu em termos de estabilidade em curvas. Os freios contam com discos na frente e tambores atrás, com ABS e controle eletrônico de frenagem (EBD), e se mostraram bastante eficientes sempre que foram solicitados. Em velocidade de cruzeiro, quase não se ouve o motor. A vibração dos três cilindros é baixa, contudo o ruído dos pneus em trechos de asfalto mais maltratado chama a atenção. Outra característica interessante do motor é ser econômico. Na estrada, é possível obter médias acima dos já animadores 15,7 km/l com gasolina apurados pela Inmetro.

Ficha Técnica

Chevrolet Onix Plus 1.0 Turbo Premier

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Motor: dianteiro, transversal, três cilindros e 12 válvulas, 999 cm³, flex, turbo
Potência máxima: 116 cavalos (com gasolina e etanol) a 5.500rpm
Torque máximo: 16,3 kgfm com gasolina e 16,8 kgfm com etanol, sempre a 2 mil rpm
Transmissão: tração dianteira, com câmbio automático de 6 velocidades com trocas manuais pelo Active Select
Suspensa: dianteira independente tipo McPherson, com barra estabilizadora e traseira semi-independente, com eixo de torção
Rodas e pneus: Liga leve de 6,5 x 16 polegadas com pneus 195/55 R16
Direção: do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica progressiva
Freios: discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, com ABS e EBD
Tanque de combustível: 44 litros
Porta-malas: 469 litros
Dimensões: 4,47 metros de comprimento, 1,73 metro de largura, 1,47 metro de altura, 2,60 metros de distância de entre-eixos.
Peso: 1.117 quilos
Preço: inicial de R$ 73.190, mas chega a R$ 77.780 na versão avaliada, na cor metálica Vermelho Carmim (R$ 1.590) e com o pacote R8M (R$ 3 mil).

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