Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix

No final de 2017, a Chevrolet desembarcou no Brasil o Equinox, importado do México para ocupar a lacuna deixada pelo Captiva na briga dos utilitários esportivos médios. Um ano após ter sido lançado no mercado brasileiro, o modelo estreou sua linha 2019 com mais equipamentos de série na versão Premier, a mais cara da linha – custa R$ 172.090 em configuração completa e não são oferecidos opcionais. Isso se vier na cor metálica Vermelho Glory, como o modelo testado, pois as cores sólidas Branco Summit ou Preto Global acrescentam R$ 1.100 ao preço e as metálicas Prata Switchblade ou Cinza Graphite agregam R$ 1.800 à fatura. A configuração “top” passou a sair de fábrica com sistema de detecção de pedestres com frenagem automática de emergência. Embora esteja longe de brigar pela liderança do segmento – emplacou, em média, 416 unidades mensais este ano –, o SUV produzido na cidade mexicana de San Luis Potosí funciona como uma espécie de “ostentação tecnológica” da marca.

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A plataforma modular D2XX é nova e estreou no Cruze de segunda geração. As dimensões são de 4,65 metros de comprimento, de 2,11 metros de largura, de 1,70 metro de altura e de 2,73 metros de entre-eixos. Em termos de design, as linhas imponentes remetem à assinatura visual dos outros modelos recentes da marca vendidos no Brasil. Lá estão a grade proeminente e os faróis em leds mais afilados, com detalhes cromados. O capô exibe alguns vincos, que contrastam com a lateral com predominância de superfícies lisas. As molduras dos vidros laterais também são cromadas e as rodas são de alumínio, de 19 polegadas. A traseira traz um aerofólio discreto (pintado na cor do carro), duas saídas de escape e uma moldura preta no vidro. No interior, o Equinox leva até cinco passageiros e 468 litros de bagagem.

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Um dos atrativos do Equinox está no trem de força, o mesmo nas duas versões disponíveis – além da Premier, há a de entrada LT, que custa a partir de R$ 151.390. Adota o mesmo motor 2.0 turbo que equipa o cupê Camaro. Ele atinge 262 cavalos e 37 kgfm de torque. É gerenciado por um câmbio automático de 9 marchas. Na tabela do Programa de Etiquetagem do Inmetro, o SUV da Chevrolet obteve médias de 11,2 km/l na estrada e 9,1 km/l na cidade – o motor não é flex e roda apenas com gasolina.

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Além do sistema de detecção de pedestres incorporado à linha 2019, a versão Premier do Equinox traz sistema de estacionamento semiautomático e sistema de tração integral acionado pelo painel – sem habilitá-lo, o SUV usa apenas tração dianteira. Suspensão independente nas rodas traseiras, controle de estabilidade e de tração, ar-condicionado de duas zonas, chave presencial, farol alto automático, tampa traseira elétrica – pode ser aberta a partir de sensores de movimento – e faróis full-led também são de série. Seis airbags, auxílio de partida em rampa, controle de velocidade em descida, alertas de colisão sonoro, por vibração no banco e visual, sistema de frenagem automática de emergência, monitor de pressão dos pneus, sensor crepuscular e de chuva, carregador de smartphone por indução, sistema multimídia com Bluetooth, navegação por GPS, controle de velocidade de cruzeiro, sistema de partida remota do motor e banco com regulagem elétrica e duas posições de memória complementam o robusto pacote de equipamentos.

Experiência a bordo

Ambiente respeitável

A altura elevada da cabine e o entre-eixos de 2,73 metros beneficiam o habitáculo, que parece ainda maior com o amplo teto solar aberto. O espaço para cabeças, ombros e pernas é generoso e os assentos têm boa ergonomia. O piso plano melhora o conforto dos ocupantes traseiros, que também contam com saídas de ar-condicionado específicas. Os comandos são bem localizados e com utilização intuitiva.

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A central multimídia é bem completa, dentro da atual tendência de conectividade, e inclui GPS. O pacote OnStar ajuda a simplificar a vida. Há bons nichos para objetos no interior do veículo. O porta-malas leva 468 litros, mas pode chegar a 930 litros com os bancos traseiros rebatidos. Revestimentos de couro e materiais agradáveis ao toque predominam. A mistura entre o tom cinza e o preto é sóbria e elegante.

Impressões ao dirigir

Disposição integral

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No Equinox, o motor 2.0 turbo rende 262 cavalos e 37 kgfm de torque, esse último disponível plenamente em 4.500 giros. Os números são mais que suficientes para garantir boas arrancadas, retomadas e ultrapassagens. A faixa de rotação em que o torque máximo está disponível é elevada, mas sobra força ao modelo em qualquer faixa de giros. O zero a 100 km/h pode ser feito em apenas 7,6 segundos, uma bela marca para um SUV com quase 1,7 tonelada em ordem de marcha. A velocidade máxima é de 210 km/h, limitada eletronicamente. O câmbio automático de 9 velocidades otimiza muito bem o trabalho do motor, com um desempenho poderoso. Fazem falta, porém, os “paddles shifts” no volante: para operar a transmissão sequencialmente, é preciso manusear botões posicionados na alavanca.

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O Equinox é bem estável e seu comportamento em curvas transmite segurança, dentro das limitações inerentes a um modelo de carroceria tão elevada. Rolagens da carroceria nas curvas são sutis, mas perceptíveis. Quando o motorista se excede, há aparatos eletrônicos para facilitar que tudo esteja sob controle – desde os já conhecidos desde o lançamento do modelo, como o sistema de frenagem automática de emergência e o assistente de permanência na faixa, até o novo sistema de detecção de pedestres com frenagem automática de emergência, incluído na linha 2019 na versão Premier.

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A direção com assistência elétrica tem boa progressividade. Em manobras, a direção é bem leve e não demanda esforço. Apesar da vocação familiar do Equinox, dá para dirigi-lo de forma esportiva, sem decepções. O conjunto suspensivo é bastante eficiente e mantém o modelo em equilíbrio, tanto no asfalto quanto no fora-de-estrada. A possibilidade de alterar a tração de 4×2 para 4×4, por meio de um comando no painel, amplia bastante a diversão nas trilhas. Com a exuberância do “powertrain”, fica fácil deixar a maioria dos obstáculos para trás.

Ficha técnica

Chevrolet Equinox Premier 2.0 Turbo AT AWD

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Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1999 cm³, quatro cilindros, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor. Injeção direta e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático de 9 marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira com tração 4×4 acoplável por comando no painel. Controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 262 cavalos a 5.500 rpm.
Torque máximo: 37 kgfm a 4.500 rpm.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com barra estabilizadora ligada a hastes tensoras e molas helicoidais com carga lateral. Traseira independente tipo multilink com quatro braços. Controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 235/50 R19.
Freios: Discos na frente e atrás. ABS com EBD e sistema automático de frenagem de emergência.
Carroceria: Utilitário esportivo médio em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,65 metros de comprimento, 2,11 m de largura, 1,70 m de altura e 2,73 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, de cabeça e laterais para os passageiros da frente.
Peso: 1.693 kg, em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 468 litros e 930 litros com os bancos traseiros rebatidos.
Tanque de combustível: 59 litros.
Produção: San Luis Potosí, México.
Lançamento mundial: 2017. Lançamento no Brasil: 2017.

 

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