Fotos: Luis Piedra Cueva/Airbag/Uruguai

O novo Captiva mantém apenas o nome. A nova geração do utilitário esportivo da Chevrolet, revelada no final de março, durante o Salão de Bangcoc, na Tailândia, pouco tem a ver com o modelo fabricado no México e comercializado no Brasil de 2008 a 2017, quando a produção foi encerrada e deu lugar ao Equinox. Agora, o Captiva é importado da China e está posicionado entre o Tracker e o Equinox, mas briga também na faixa de veículos da família com três fileiras de assentos, nos quais a oferta não é tão ampla. Peru, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai são os primeiros países da América Latina a lançar o novo produto. Já para a Argentina e o Brasil, ainda não há definição sobre a vinda do novo Captiva.

Fotos: Luis Piedra Cueva/Airbag/Uruguai

Por fora, o novo SUV impressiona. O modelo tem 4,65 metros de comprimento, 1, 84 metro de largura, 1,76 metro de altura e 2,75 metros de entre-eixos – é oito centímetros mais comprido, seis centímetros mais alto, um centímetro menos largo e tem o entre-eixos cinco centímetros maior que a versão mexicana. A frente é um dos pontos mais marcantes. A grande grade acompanhada faróis com luzes de circulação diurna e outros conjuntos ópticos em leds. Lateralmente mais retilíneo do que seu antecessor, o novo Captiva tem uma linha de cintura alta e rodas de 17 polegadas. Por trás da porta traseira, abriga conjuntos ópticos de bom tamanho, com a área de carga relativamente alta. O para-choques é amplo e contém luzes de neblina ligadas por uma linha luminosa que é acionada em caso de emergência. Abaixo, tem uma saída dupla de escape, mas uma delas é puramente estética. No teto, que tem barras longitudinais de alumínio, há um spoiler elegante e uma antena na forma de uma barbatana de tubarão.

Fotos: Luis Piedra Cueva/Airbag/Uruguai

Por dentro, a abertura ampla das portas dá acesso a uma cabine de dimensões muito generosas, especialmente nos assentos traseiros. O design interior é muito atraente, dominado por revestimentos em “couro ecológico” – um tecido sintético que simula couro –, com dois tons de cinza. O painel frontal é dominado pela tela sensível ao toque de oito polegadas, que administra o sistema de áudio com seis alto-falantes, Bluetooth e telefonia, e projeta as imagens da câmera traseira. Abaixo, apenasteclas com os comandos para bloquear/desbloquear portas, luzes de emergência e controle de estabilidade. Junto à alavanca de câmbio está o ar-condicionado digital, uma entrada para um carregador de 5V e uma entrada USB. O apoio de braço central é fixo e esconde um espaço de armazenamento de objetos. O volante, que é ajustável em altura, tem multifunções e permite gerir a telefonia, o áudio e o controle de cruzeiro. Atrás dele, o painel de instrumentos tem uma tela digital de 3,5 polegadas e várias informações do computador sobre o funcionamento do veículo. Nas laterais, estão o velocímetro e o tacômetro, com comandos com ponteiros no formato tradicional e de boa leitura.

Fotos: Luis Piedra Cueva/Airbag/Uruguai

Para quem está nos bancos traseiros, há uma entrada USB e saídas de ar-condicionado. O apoio de braços central escamoteável conta com porta-copos. São três apoios de cabeça, a mesma quantidade de cintos de segurança de três pontos, e fixações Isofix para cadeiras de bebê. O teto solar elétrico é padrão em todas as versões. A área do porta-malas permite uma carga de até 429 litros, com os encostos em posição normal. A versão LT tem apenas cinco lugares, mas a Premier traz na mala dois bancos adicionais escamoteáveis.

Em termos mecânicos, o novo Chevrolet Captiva é impulsionado com um único motor para ambas as versões. É o turbo DOHC de 1,5 litros, quatro cilindros e 16 válvulas, com 149 cavalos de potência e 23,5 kgfm de torque, que são transmitidos para o eixo dianteiro. A caixa de câmbio é de 6 marchas manual, embora a marca anuncie a chegada de uma versão automática de 6 velocidades para o último trimestre do ano.

Primeiras impressões

Nas trilhas peruanas

Paracas/Peru – O local escolhido para a apresentação do novo Chevrolet Captiva para a imprensa especializada da América Latina foi o Parque Nacional de Paracas, na província de Ica, uma espécie de oásis no meio dos desertos áridos da região do Peru. A versão testada foi a 1.5 LT, com duas fileiras de assentos. Sem dúvida, o espaço é um dos destaques do novo Captiva. A posição confortável do motorista pode ser encontrada com facilidade, graças aos ajustes do assento e do volante. O mesmo acontece com os espelhos, que têm um comando elétrico.

Fotos: Luis Piedra Cueva/Airbag/Uruguai

Nesta versão, a ignição é feita por meio da chave. Ao operá-la, o bom isolamento acústico é revelado. A alavanca de câmbio manual é suave, com engates muito precisos e a direção com assistência elétrica oferece uma sensibilidade muito confortável. Sem ser um veículo de competição, as arrancadas são boas, essencialmente quando o motor sobe de giro para facilitar o trabalho do turbo. O mesmo acontece quando se trata de recuperar a velocidade.

Naturalmente, devido ao tipo de tração – apenas dianteira –, o novo Captiva não tem pretensões off-road. Mesmo assim, o passeio pelas áridas estradas desérticas de Paracas permitiu verificar a eficácia do sistema de suspensão e os benefícios do produto. As irregularidades do piso e dos buracos não geraram qualquer tipo de desconforto dentro da cabine, mantendo o nível de conforto. O mesmo ocorre nas curvas em maior velocidade, com comportamento absolutamente previsível, e bem monitorado pelo controle de estabilidade, atento a qualquer tipo de desvio.

Fotos: Luis Piedra Cueva/Airbag/Uruguai

Também foi possível percorrer uma rota “civilizada”, em um asfalto perfeito. O conceito é totalmente confirmado porque oferece um passeio agradável, com boa postura, muita serenidade e silêncio abundante. A sexta marcha brilha neste momento, pois permite uma velocidade de cruzeiro confortável a baixa velocidade do motor, o que pode otimizar o consumo de combustível que, segundo a Chevrolet, pode chegar a 15,1 km/l. A sensação de segurança é reforçada pelos assistentes de estabilidade (ESC) e de inclinação (HSA). Pelo “conjunto da obra”, o novo Captiva pode ser considerado um bom produto, com argumentos suficientes para brigar em seu segmento.

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