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A Honda apresentou a sua “nova” XRE 300 no final do ano passado. Duas alterações técnicas relevantes aconteceram: a adoção de todo o sistema de iluminação da moto em leds e as novas alças e bagageiro em resina, o que colaborou para que a moto ficasse 5,4 quilos mais leve. Esse “emagrecimento” também teve a ajuda de variadas mudanças na moto, como a eliminação do atuador do freio combinado que havia antes. O resto ficou por conta de mudanças estéticas, além de duas versões diferenciadas pelo grafismo – Rally e Adventure.

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A Honda apresentou a XRE 300 2019 como autêntica herdeira da dinastia de motos on-off-road da marca, inaugurada no Brasil em 1982, com a chegada da XL 250R, modelo que fez um estrondoso sucesso na época. Depois da “Xiselona”, como ficou conhecida, vieram em 1984 a “Xiselinha” (XL 125S) junto com a XLX 250R, e as seguiram outras tantas motos dentro da categoria.

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Desde seu lançamento em 2009, a XRE 300 já vendeu quase 273 mil unidades e sempre esteve entre as 10 motos mais comercializadas do mercado brasileiro. O volume de vendas da moto sempre representou o dobro das duas principais concorrentes juntas – as Yamaha Lander e Ténéré 250 – e isso demonstra a sua invejável vitalidade mercadológica. No entanto, a Honda conseguiu deixar a XRE 300 mais leve, mais equilibrada e muito mais bonita. É claro que beleza tem muito a ver com gosto pessoal, mas poucos compradores da XRE 300 achavam realmente o design atraente. E o motivo quase sempre foi aquele bico esquisito que lembrava o mosquito da dengue, aedes aegypti. Os preços públicos sugeridos das duas versões da XRE 300 2019 são R$ 18.200 para as cores sólidas (prata e azul escuro) e R$ 18.690 para edições especiais, Rally e Adventure, com pintura e grafismos exclusivos.

Impressões ao pilotar

Proposta versátil

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São Paulo/SP – A XRE 300 é uma trail muito bem acertada, que traz em seu design a vontade que a moto tem de encarar aventuras. Essa virtude se deve ao bom motor de um cilindro e duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC) de 291,6 cm³, arrefecido a ar e alimentado pelo sistema de injeção eletrônica PGM-FI, que pode ser alimentado com gasolina e etanol em qualquer proporção. Os 25,4 cavalos a 7.500 rpm e o torque de 2,76 kgfm a 6 mil rpm com gasolina (25,6 cavalos e 2,8 kgfm com etanol) são suficientes para levar a moto com conforto e tranquilidade em qualquer condição.

Na estrada, é possível perceber que a modificação feita no design das carenagens poderia incluir um para-brisa para diminuir a pressão do vento contra o peito do piloto em velocidades mais altas na estrada, pelo menos nas duas versões mais caras do modelo (Adventure e Rally). A moto é alta e seria natural que se percebesse alguma instabilidade na frente em velocidade maior, mas isso não acontece. A moto tem comportamento seguro, com a frente bem firme no piso.

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Os 5,4 quilos a menos são responsáveis, segundo a Honda, pela maior economia de combustível e pela velocidade final. Os testes feitos pelo Instituto Mauá de Tecnologia determinaram o consumo médio de 30 km/l para a gasolina e 21 km/l para etanol, enquanto que a velocidade máxima é de 130 km/h.

Entre outras virtudes da XRE 300 estão o conforto proporcionado pelo eficiente conjunto de suspensões que engole lombadas, valetas, buracos e afins com mestria e segurança, a posição de pilotagem muito bem resolvida, com o guidão e as pedaleiras posicionados para garantir que as pernas não fiquem muito flexionadas e os braços estejam em posição natural, o mesmo acontecendo com o garupa, que dispõe ainda de boas alças para se apoiar. As rodas são calçadas com pneus Metzeler Enduro 3, que são ótimos para o off-road e têm bom desempenho no asfalto, mas como característica são ruidosos e gastam rapidamente quando utilizados apenas no asfalto.

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Os freios da XRE 300 agora são equipados com ABS e não há mais aquela versão com C-ABS de antes. O conjunto traz discos nas duas rodas (256 milímetros e 220 milímetros na dianteira e na traseira, respectivamente) com ABS não comutável. No uso off-road em pisos com muitas pedras, isso pode ser um problema, porém, no off-road leve não atrapalha tanto. No asfalto, em qualquer condição, os freios se mostraram muito bons e adequados para a proposta da moto.

Outra mudança importante está no conjunto de iluminação da nova XRE 300, agora full-led e que remete à família CB 500. A nova frente da moto tem os “bicos” menores em relação à versão anterior da XRE 300 e seu design vazado harmoniza com o layout geral, que inclui o para-lama dianteiro para cobrir uma área maior da roda e que deixou a moto bem parecida com sua irmã menor, a XRE 190. O tanque de combustível permanece o mesmo, com capacidade para 13,8 litros.

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