A Volkswagen pretende lançar cinco utilitários esportivos completamente novos na América Latina até 2020. E o primeiro já deu as caras. Trata-se do T-Cross, apresentado globalmente em evento realizado de forma simultânea em São Paulo, Amsterdam (Holanda) e Xangai (China), cidades situadas nos três continentes onde o modelo será produzido – Américas, Europa e Ásia. O T-Cross chegará ao mercado nacional no primeiro semestre de 2019 para reforçar a estratégia da marca alemã de oferecer modelos globais com características específicas para atender às necessidades locais de cada região.
“O T-Cross é o primeiro SUV produzido pela Volkswagen no Brasil, que chega para revolucionar os padrões de seu segmento. É um carro global, que traz alterações para o gosto e perfil dos clientes da América Latina. Traz mudanças em seu design, maior espaço interno e é mais alto que o modelo europeu, além de ser um modelo seguro, conectado e cheio de tecnologia”, afirma o Presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si. O T-Cross que abastecerá os mercados da América Latina será produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR), que recebeu R$ 2 bilhões em investimentos, utilizando a Estratégia Modular MQB, o mais moderno conceito de produção do Grupo Volkswagen no mundo.
O T-Cross mede 4,20 metros de comprimento e 1,57 metro de altura (9 milímetros mais alto que o T-Cross europeu). A distância entre os eixos do modelo que será produzido no Brasil é maior: 2,65 metros – o mesmo entre-eixos do sedã Virtus e 8,8 centímetros a mais do que a distância entre-eixos do T-Cross europeu. O design é moderno e tipicamente germânico. A parte dianteira destaca-se por sua altura, com uma grade ampla e faróis de leds integrados e diferencia-se do desenho do modelo europeu. Também responsável por essa altura acentuada é a tampa do compartimento do motor. A região inferior da parte dianteira distingue-se por detalhes como os faróis de neblina inseridos de modo marcante. Todas as versões do T-Cross serão equipadas com luz de condução diurna (DRL) em leds, integrada ao farol de neblina. Haverá oferta de faróis full-led para o T-Cross – neste caso, a luz de condução diurna fica na própria carcaça do farol. Nas laterais, uma linha característica acentuada divide os espaços. Na traseira, um novo elemento de design da Volkswagen: a faixa de refletores estendida transversalmente na parte traseira e emoldurada por um painel preto. O T-Cross também poderá ser equipado com teto solar panorâmico “Sky View” – dois painéis de vidro que abrangem mais da metade da área do teto do carro (a seção dianteira pode ser aberta eletricamente).
O novo SUV oferece espaço generoso na cabine, notadamente no banco traseiro. A posição de dirigir é elevada, típica de SUVs, o que colabora para melhorar o espaço interno. Suporte para celular no painel, quatro entradas USB (inclusive para o banco traseiro) e saída de ar-condicionado para o banco traseiro são de série, assim como os seis airbags (dianteiros, laterais e do tipo “cortina”). Outro destaque no interior é a iluminação ambiente em leds. Há luzes na região dos pés, no centro do console, no painel e nas maçanetas. O T-Cross terá disponível o sistema de som Beats de alta fidelidade, com sete alto-falantes (incluindo um sub woofer no porta-malas) e potência de 300W RMS. A capacidade do porta-malas do T-Cross é de 373 litros.
Opcionalmente, o T-Cross terá um sistema de infoentretenimento com tela sensível ao toque (touchscreen) de 8 polegadas e o quadro de instrumentos totalmente digital Active Info Display de última geração. Informações de navegação podem ser mostradas em 2D ou 3D, em uma tela de 10,25 polegadas, do tamanho de um tablet. As informações sobre as funções de condução, de navegação e de assistência podem ser integradas em áreas gráficas do velocímetro e conta-giros, conforme necessário. Dados exibidos no console central pelo sistema de entretenimento também podem ser exibidas no Painel Digital Programável. Além disso, o T-Cross poderá ser equipado com seletor do perfil de condução, para o motorista ajustar a experiência de direção entre os modos “normal”, “ecológico”, “esportivo” ou “individual”.
No Brasil, o novo SUV terá motores TSI, que combinam injeção direta de combustível e turbocompressor para entregar alta eficiência energética e prazer ao dirigir. O motor 250 TSI Total Flex gera potência de até 150 cavalos, com gasolina ou etanol, a 4.500 rpm. O torque máximo, também com ambos os combustíveis, é de 25,5 kgfm e será o maior torque da categoria. Esse motor será combinado exclusivamente à transmissão automática de 6 marchas com função Tiptronic e aletas para trocas no volante. Já o motor 200 TSI Total Flex desenvolve potência de até 128 cavalos a 5.500 rpm, com etanol – com gasolina, são 116 cavalos, à mesma rotação. O torque máximo é de 20,4 kgfm, com gasolina ou etanol, sempre na faixa de 2.000 a 3.500 rpm. Esse motor poderá ser combinado à transmissão manual ou à automática com função Tiptronic (também com aletas no volante), ambas de 6 marchas.
Além de sensores dianteiro e traseiro para estacionamento, o T-Cross poderá ser equipado com o sistema Park Assist 3.0, que permite o estacionamento autônomo em vagas paralelas e transversais – e com a função de freio de manobra. Todas as versões serão equipadas de série com ESC – controle eletrônico de estabilidade. Esse sistema reconhece um estágio inicial de que uma situação de rodagem crítica está para acontecer e compara os comandos do motorista com as reações do veículo a esse comando. Se necessário, o sistema reduz o torque do motor e freia uma ou mais rodas até atingir a condição de estabilidade. O ESC inclui uma série de sistemas de assistência à condução: HHC (Hill Hold Control) ou controle de assistência de partida em rampa; HBA (Hydraulic Brake Assist system), que reconhece a frenagem de emergência por meio da velocidade de acionamento e da pressão aplicada no pedal; EDS (Elektronische Differenzialsperre ou Bloqueio eletrônico do diferencial) no qual, em trilhas ou em situação de baixa tração em uma das rodas motrizes, o bloqueio eletrônico do diferencial aciona o freio da roda com menor tração, transferindo o torque para a roda com maior tração; e XDS+ (bloqueio eletrônico do diferencial), que diminui a necessidade de movimentação do volante por meio de intervenções seletivas nos freios das rodas internas às curvas nos dois eixos e permitindo uma transferência do torque disponível do motor para as rodas externas.
A suspensão do T-Cross terá configuração dianteira independente tipo McPherson e interdependente na traseira, com eixo de torção. Trará pneus “verdes”, de baixa resistência ao rolamento, que colaboram para a redução no consumo de combustível – sem deixar de lado a performance dinâmica (dirigibilidade e frenagens). Serão duas medidas disponíveis: 205/60 R16 e 205/55 R17. Freios a disco nas quatro rodas estarão na lista de itens de série.