Retoques finais
O Ford Fusion 2019 chega ao mercado mexicano com alguns retoque visuais e com novos itens em sua lista de equipamentos. A grade dianteira adota novo padrão estilístico e o para-choque incorpora novas molduras para os faróis auxiliares. A traseira tem uma nova tampa do porta-malas, assim como novas lanternas e para-choque. A versão topo de linha Titanium passa a oferecer de série frenagem automática de emergência com detecção de pedestres, sensor de ponto cego, assistente de permanência em faixa, farol alto automático, sensor de chuva, sensor crepuscular e câmera de ré com aviso de tráfego cruzado. O novo sedã mexicano, sem modificações estéticas ou de acabamento, chegará em 2019 ao mercado brasileiro. Essa será a última atualização do Fusion, que deixará de ser produzido nos próximos anos, vitimado pela nova estratégia da Ford de investir apenas em picapes e SUVs no mercado norte-americano.
Tripla identidade
A estreia da Renault no segmento das picapes médias está cada dia mais próxima, mas a marca pode frustrar quem espera por uma apresentação oficial da Alaskan no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro. A fabricante francesa não confirma a presença da picape na mostra paulistana apesar de seu lançamento estar confirmado para 2019. A expectativa, contudo, é que uma versão conceitual seja exposta sem muito alarde, apenas para marcar presença e despertar curiosidade sobre o modelo. A Renault Alaskan e a Mercedes-Benz Classe X, que também será lançada no Brasil em 2019, são derivadas da Nissan Frontier, diferenciando-se no visual, acabamento e nível de equipamentos. O motor 2.3 turbodiesel em versões de 160 cavalos e 190 cavalos também será compartilhado pelas três picapes, sendo que apenas a Classe X oferecerá um motor exclusivo nas versões topo de linha.
Novos chineses
As marcas chinesas estão apostando nos SUVs para voltarem a crescer no Brasil. A JAC Motors lançará o novo T50 em novembro, depois de pequenos atrasos na chegada do primeiro lote do modelo, oriundo da China. Trata-se de uma versão reestilizada e rebatizada do T5, mas cujas mudanças vão além do visual, incluindo a adoção de um novo e mais eficiente motor 1.6. Outra marca chinesa que prepara novidades no segmento é a Lifan, que confirmou o lançamento do X70 no Brasil, que já é vendido na Argentina como opção intermediária entre o médio X60 e o grandalhão X80. A Lifan também deverá apresentar no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo o MyWay, uma minivan de sete lugares com jeito de SUV para encarar a Chevrolet Spin.
Ofensiva Nissan
Passada a lua de mel com o Kicks, que atraiu todas as atenções da Nissan nos últimos anos, a marca começa a se movimentar rumo ao futuro. No Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, será apresentada uma versão esportiva do sedã Versa, inspirado no Versa Nismo vendido na Ásia. Ainda não se sabe se será uma versão definitiva de produção ou um conceito, mas a certo que a esportividade ficará só no visual, sem mudanças na motorização. Por outro lado, o futuro da linha March e Versa no Brasil começa a ficar mais claro, no sentido de que será aplicada mais uma reestilização na dupla no próximo ano e meio, com a chegada de uma nova geração em três anos, inspirada no visual do novo Micra europeu, mas com soluções técnicas locais, como a adoção da mesma plataforma no próximo Sandero, que também será lançado dentro do próximo triênio.
Luxo híbrido
A Volvo está lançando no Brasil o S90 T8, terceiro modelo híbrido da marca no país, ao lado dos utilitários esportivos XC60 T8 e XC90 T8. Segundo dados da fabricante, o sedã acelera de zero a 100 km/h em apenas 4,9 segundos, graças ao 412 cavalos e potência e os 65,2 kgfm de torque gerados de forma combinada pelo propulsor a gasolina turbo de 2,0 litros e o elétrico alimentado por uma bateria de íons de lítio de alta capacidade. O interior luxuoso combina bancos e painéis das portas revestidos em couro, com detalhes em materiais metalizados e com textura de madeira. A lista de equipamentos inclui itens como suspensão a ar na traseira, assistente de estacionamento, direção semiautônoma e câmera com visão 360 graus. O preço é proporcional à sofisticação do modelo: R$ 365.950.
Futuro agitado
O futuro do Sandero e do Logan no Brasil vai se desenhando. Ano que vem, ambos serão reestilizados e receberão visual diferenciado em relação ao europeu, abandonando a identidade estilística da romena Dacia. Mas será com a chegada da nova geração, prevista para 2020, que tudo mudará. A marca francesa deverá adotar a mesma solução aplicada ao Captur, que incorporou o visual tipicamente Renault, com plataforma e soluções mecânicas de baixo custo desenvolvidas para países emergentes. O visual da nova família de compactos deverá replicar as linhas do novo Clio europeu, com plataforma simplificada. Especulações do mercado indicam que não está descartada a possibilidade de mudança do nome, abandonando o “Sandero” e revivendo o “Clio”.
Caminho híbrido
A Jeep produzirá uma versão híbrida do Renegade na Europa, que deverá chegar às lojas do Velho Continente em 2020. O Renegade híbrido é mais um passo rumo ao fim da aplicação de motores a diesel em automóveis em um futuro próximo, especialmente diante da dificuldade de adequação desse tipo de propulsor às leis ambientais. No caso do compacto da Jeep, seria um híbrido “plug-in”, ou seja, suas baterias poderão ser recarregadas nas tomadas e será possível andar em modo 100% elétrico até 60 km/h. A vinda do Renegade híbrido para o Brasil depende dos benefícios do novo regime automotivo Rota 2030, mas demorará, não ocorrendo antes de dois anos. Antes disso, o foco será a nacionalização da nova linha global de motores turbo da FCA, de 1,0 e 1,3 litro. E um “facelift” do modelo que chega ao mercado brasileiro ainda esse mês, com alterações concentradas na grade e nos faróis.
Haja tomada
A Toyota pretende fabricar na Argentina uma versão híbrida da Hilux e até mesmo uma opção 100% elétrica estaria nos planos da marca para o futuro. O objetivo dos japoneses é ter pelo menos uma versão eletrificada para todos os modelos da marca até 2030. Outro modelo que deverá ter pelo menos uma versão híbrida na América Latina nos próximos anos é o Corolla, que terá uma nova geração no Brasil em 2019. No caso da Hilux híbrida, as unidades produzidas na Argentina poderão suprir não somente o mercado sul-americano, mas também o mundial.
Base ampla
A PSA revelou durante o Salão de Paris os primeiros detalhes da nova plataforma modular CMP, que será a base de vários modelos compactos do grupo, incluindo as novas gerações do Peugeot 208, do Citroën C3 e agora também do Opel Corsa. A plataforma será produzida na Argentina a partir de 2019, como parte da renovação do portfólio regional da empresa. O primeiro fruto dessa renovação será a nova geração do Peugeot 208, que será lançado na Europa no início de 2019 e cuja produção na planta argentina de El Palomar deverá acontecer também no próximo ano. Dessa forma, o hatch deixa de ser produzido no Brasil e passa a ser importado do país vizinho. Apesar da Opel agora integrar o Grupo PSA e do novo Corsa adotar a plataforma CMP, não há qualquer plano para trazer a marca alemã para a América do Sul, pelo menos a curto ou médio prazo.
Seis décadas bem comemoradas
A ZF do Brasil está celebrando 60 anos e, para reforçar seu posicionamento como uma das principais fornecedoras para a indústria automotiva nacional e mundial, está inaugurando um novo Centro de Competência em Sorocaba (SP). O Centro será responsável por coordenar o desenvolvimento de eixos e soluções “off-road” para todos os mercados do mundo atendidos pela ZF. “O objetivo principal é de ampliar o portfólio de soluções para a área off-road em todo o mundo, onde há constante expansão e modernização, e atender às máquinas destinadas a todos os tipos de operação no campo e nos canteiros de obras”, informa Paulo Vecchia, gerente da Unidade de Negócios para Tecnologia Industrial da ZF América do Sul.