Nome de campeão
O exclusivíssimo McLaren Senna será uma das grandes estrelas do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro. Serão produzidas apenas 500 unidades do superesportivo, sendo que apenas três serão vendidas no Brasil, aos felizardos que puderem pagar os R$ 8 milhões cobrados para cada exemplar. Construído em fibra de carbono, como os carros de competição, e com visual mais que arrojado, o McLaren Senna é equipado com um motor 4.0 V8 biturbo de 800 cavalos de potência e 81,6 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão automática de dupla embreagem e 7 marchas. O bólido acelera de zero a 100 km/h em apenas 2,7 segundos e atinge velocidade máxima de 340 km/h. O aerofólio traseiro é ajustável eletronicamente e a suspensão ativa “lê” o asfalto que vem pela frente e ajusta a altura do carro conforme os possíveis desníveis do chão. Outra atração do estande da McLaren no Salão será o MP4/5B, pilotado por Ayrton Senna na temporada de 1990 da Fórmula-1.
Clássico futurista
Apresentar a tecnologia do futuro por meio da releitura de um clássico. Essa receita pode não ser tão original, mas rende ótimos carros-conceito. Esse é o caso do Peugeot e-Legend, inspirado no épico 504 Coupé, sucesso da marca nos anos 1960. Não é necessário muito esforço para encontrar conexões visuais entre o cupê clássico e o conceitual. Seja no estilo dos faróis, grade, colunas do teto e linhas retas, as referências estão por todo lado. Contudo, um abismo tecnológico separa os dois modelos, uma vez que o e-Legend será elétrico e terá direção autônoma, coisas que só existiam em filmes de ficção científica nos tempos de 504 Coupé. Segundo a Peugeot, o motor elétrico do protótipo gera 462 cavalos de potência e 81,5 kgfm de torque, o que garante acelerações de zero a 100 km/h em apenas 4 segundos e velocidade máxima de 220 km/h. O sistema de condução autônoma tem dois modos de funcionamento: “Soft”, que prioriza o conforto e reduz a atividade das telas digitais do interior do veículo, ou “Sharp”, que mantém todos os displays ativos. O sistema de propulsão também disponibiliza o modo “Legend”, para economia de energia, e “Boost”, para alta performance. As baterias proporcionam uma autonomia de 600 quilômetros com carga completa, mas o modo rápido de recarga permitirá rodar 498 quilômetros com uma carga de apenas 25 minutos. O Peugeot e-Legend será um dos destaques da marca no Salão do Automóvel de Paris, na primeira quinzena de outubro.
Invocadinho
A Mercedes revelou na Alemanha o novo Mercedes-AMG A35, hatch pra lá de invocado que assume a posição de esportivo de entrada da marca. Debaixo do capô, ruge o motor 2.0 turbo de 306 cavalos de potência e 40,7 kgfm de torque, cuja força é distribuída pelas quatro rodas por um câmbio automatizado de dupla embreagem e 7 marchas. Com isso, o foguetinho acelera de zero a 100 km/h em apenas 4,7 segundos e atinge velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. O motorista pode escolher, entre cinco modos de condução, aquele que mais se adequa ao seu estilo de pilotagem, e os freios redimensionados permitem parar tão rapidamente quanto acelera. O visual diferenciado traz grandes entradas de ar dianteiras, aerofólio traseiro, saída dupla de escapamento e rodas de 18 polegadas. O interior traz acabamento refinado que combina couro e texturas metálicas, bancos esportivos em formato de concha e painel com duas telas LCD, para os instrumentos e para a central multimídia. A primeira aparição do Mercedes-AMG A35 em solo brasileiro acontece no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro, e o começo das vendas estão previstas para o primeiro semestre de 2019.
Plástica facial
A Mitsubishi apresentou a linha 2019 do crossover ASX, que ganhou uma frente redesenhada e ficou R$ 1 mil mais caro. A grade adota um filete horizontal cromado e o para-choque tem uma nova padronização para a grade da entrada de ar e um novo conjunto óptico auxiliar, que engloba a luz de neblina e o farol auxiliar. A traseira ganhou um para-choque com desenho mais esportivo e um filete cromado na tampa do porta-malas. A lista de equipamentos disponíveis segue bem completa, incluindo sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, partida do motor por botão, chave com controle remoto, teto panorâmico de vidro, faróis de xenônio com regulagem automática, sistemas de controles de tração e estabilidade, assistente para arrancadas em subidas e central multimídia com tela de 6,75 polegadas com conexões Apple CarPlay e Android Auto. O conjunto mecânico permanece inalterado, com motor 2.0 flex de 170 cavalos e torque de 23 kgfm, acoplado a um câmbio automático do tipo CVT. O preço sugerido é de R$ 104.990 para a configuração de entrada com tração dianteira, R$ 121.990 para a versão com tração nas quatro rodas e R$ 130.990 para a que acrescenta teto solar e faróis de xenônio.
Vendas antecipadas
Uma semana antes do lançamento oficial no Brasil, a Mitsubishi iniciou o processo de pré-venda do Eclipse Cross, permitindo ao interessado encomendar seu exemplar pelo site EclipseCross.com.br. Apesar de ainda não terem revelado os preços, a expectativa é que fiquem pouco acima do ASX, na casa dos R$ 140 mil. Nos EUA, o Eclipse Cross é vendido com motor turbo de 1,5 litro, com 154 cavalos de potência, e câmbio CVT. Apesar de o nome remeter ao cobiçado esportivo que a marca produziu nos anos 1990, o “novo” Eclipse é um crossover sem qualquer conexão com o cupê do passado. O estilo um tanto extravagante poderá causar controvérsias entre os mais conservadores.
Indo além
A Nissan anunciou uma nova versão do elétrico Leaf, equipada com bateria de maior capacidade, com autonomia ampliada dos atuais 240 quilômetros para aproximadamente 320 quilômetros. A nova bateria era esperada para chegar junto com a segunda geração do modelo, que ocorreu há pouco mais de um ano, contudo, apenas no final deste ano ou início de 2019 a opção estará disponível nas lojas. A motorização seguirá inalterada, disponibilizando uma potência de 150 cavalos e um torque de 32,6 kgfm. O Nissan Leaf poderá finalmente desembarcar nos concessionários brasileiros em 2019, dependendo dos incentivos trazidos pelo Rota 2030, o novo regime automotivo nacional. Independentemente da data de seu lançamento no mercado nacional, a presença do novo Leaf no estande da Nissan no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro, está praticamente certa.
Eletrificando geral
O Grupo PSA anunciou que pretende eletrificar toda sua linha de veículos a partir de 2019, em um processo que inclui o lançamento de 15 novos modelos elétricos e híbridos dentro de dois anos. O plano abrange todas as marcas do grupo, que compreende Peugeot, Citroën, DS, Vauxhall e Opel. Todos os novos modelos serão montados sobre as plataformas CMP (Common Modular Platform, ou Plataforma Modular Comum) e EMP2 (Efficient Modular Platform, ou Plataforma Modular Eficiente), permitindo que veículos com sistema de propulsão diferentes possam ser produzidos em uma mesma linha de montagem. A meta do fabricante é que seus veículos tenham índices de emissões de CO2 inferiores a 49 g/km.
Integração
A Google será parceira do Grupo Renault Nissan Mitsubishi no desenvolvimento da uma nova geração de centrais multimídia e de novos sistemas de conectividade dos futuros veículos das três marcas. Os dispositivos permitirão que vários recursos do veículo sejam controlados por voz ou por interfaces integradas ao sistema operacional Android. Em um futuro não muito distante, será possível de se fazer diagnósticos remotos e atualizar softwares sem necessidade de deslocamento até a concessionária.
Diesel em baixa
Especialmente depois de escândalos envolvendo grandes fabricantes de automóveis, acusadas de fraudar resultados de testes de emissões de motores a diesel, o óleo combustível parece ter sido eleito como vilão da indústria. Somente nos últimos dias, duas marcas de peso anunciaram o fim da produção de carros a diesel: a Porsche e a Honda. A marca alemã, pertencente ao Grupo Volkswagen, protagonista do escândalo conhecido como “Dieselgate”, informou em comunicado oficial que produzirá apenas carros híbridos ou elétricos, dentro de um programa de investimento em eletrificação que se estenderá até 2022. A marca japonesa, também de maneira oficial, anunciou que deixará de produzir o CR-V com motor a diesel na Europa já em 2019, adotando em seu lugar um propulsor híbrido com 184 cavalos de potência e 32,1 kgfm de torque. O mesmo caminho trilhado por Nissan e Volvo, que já disseram que abandonarão os motores a diesel nos próximos anos. De modo geral, as fabricantes de automóveis desmentem que esteja renegando os motores a diesel, mas alegam que estão apenas atendendo à maior demanda por veículos eletrificados.