Mercedes-Benz Future Truck
Mercedes-Benz Future Truck

Os caminhões e ônibus elétricos e autônomos são uma tendência da indústria automotiva mundial. Inclusive no Brasil, onde os primeiros ônibus e caminhões elétricos já começaram a circular e alguns sistemas autônomos de direção já estão disponíveis, tanto para veículos de transporte de cargas quanto no transporte coletivo rodoviário. Segundo a Mercedes-Benz – que lidera há décadas o mercado brasileiro de chassis de ônibus e, este ano, é líder também na venda de caminhões –, os veículos elétricos e autônomos chegarão ao Brasil conjugados com novas soluções de conectividade e serviços. A marca acredita que essa combinação de tecnologias será necessária para tornar esses produtos viáveis do ponto de vista técnico, econômico e ambiental. Conforme a Mercedes, a conectividade dos dados gerados por caminhões e interpretados por sistemas de gestão de frota e rastreamento, como o Fleetboard, são a base para a inteligência do transporte e também fundamentais para veículos autônomos. Além de fornecer caminhões e ônibus elétricos e autônomos, será preciso oferecer um pacote completo de produtos e serviços que ajudem os clientes a alcançar os resultados previstos e a rentabilidade esperada. “Quando os clientes pedirem e o mercado estiver suficientemente maduro para operar com caminhões e ônibus elétricos e autônomos, nós estaremos prontos para atender todas as suas demandas, com produtos e serviços que assegurem eficiência, produtividade, custo operacional adequado e a rentabilidade desejada”, avisa Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.

Mercedes-Benz Future Bus
Mercedes-Benz Future Bus

Em 2014, a Daimler apresentou, na Europa, o Mercedes-Benz Future Truck 2025, o revolucionário caminhão de condução autônoma. No ano seguinte, lançou o Freightliner Inspiration Truck, nos EUA. Desde então, esses veículos vêm passando por um processo de evolução contínua. A Daimler também responde por uma experiência pioneira com ônibus urbano de condução semiautomatizada. Em julho de 2016, o Mercedes-Benz Future Bus fez o primeiro teste em operação regular em um sistema BRT na Holanda. Com os avanços no rumo dos caminhões e ônibus elétricos e autônomos no Brasil, a filial local se alinha à estratégia global CASE (Connected, Autonomous, Shared & Services e Electric) do Grupo Daimler. De acordo com esse posicionamento da empresa sobre as futuras demandas da indústria automotiva, cada um dos pontos – conectividade, direção autônoma, compartilhamento e sistemas de propulsão elétrica – tem potencial de mudar a indústria em sua essência. A revolução real, porém, está em conectar inteligentemente esses quatro pilares.

As avaliações da Mercedes-Benz sobre a evolução dos caminhões e ônibus elétricos no Brasil são confirmadas pelo noticiário recente. Uma delas é que os primeiros caminhões elétricos a atuarem no país estarão concentrados em aplicações urbanas e serão do segmento de leves. De fato, a primeira venda brasileira em larga escala de caminhões elétricos acaba de ser anunciada pela Volkswagen Caminhões e Ônibus para a Cervejaria Ambev, dona de marcas como Skol, Brahma e Antarctica. Até 2023, a Ambev passará a utilizar 1.600 caminhões elétricos no transporte de bebidas. O primeiro caminhão a integrar essa frota será o VW e-Delivery, versão elétrica do caminhão leve Delivery, e chegará às ruas ainda este ano. Na mesma semana, desembarcaram no Brasil os primeiros seis caminhões BYD 100% elétricos de um total de 200 unidades encomendadas pela empresa paulista Corpus Saneamento e Obras, para serem utilizados no serviço de coleta e transporte de resíduos no Estado de São Paulo. Os veículos vieram da China e fazem parte do primeiro lote de 21 unidades com entrega programada para este ano. No transporte coletivo de passageiros, a Mercedes-Benz acredita que os ônibus elétricos operararão inicialmente no segmento urbano. Coletivos elétricos já estão em avaliação em diversas cidades brasileiras, como Santos, Guarulhos e Uberlândia. Além disso, a chinesa BYD montou seu chassis de ônibus elétricos “made in Brazil”, em sua fábrica em Campinas. Há perspectivas de que modelos elétricos sejam valorizados dentro do aguardado programa de renovação de frotas de ônibus da capital paulista.

Em termos de sistemas autônomos de direção, alguns são disponíveis hoje no mercado brasileiro de transporte de cargas e coletivo de passageiros. Na Mercedes, os mais conhecidos são a Assistência Ativa de Frenagem (ABA), o Sistema de Orientação de Faixa de Rolagem, o Sistema de Controle de Distância e o piloto automático com radar no caminhão Actros e o Piloto Automático Adaptativo (ACC) em ônibus rodoviários O 500, que ajuda o motorista a manter o veículo em uma distância segura em relação ao que vai à frente, freando ou acelerando automaticamente. Outra que investe em trazer tecnologias autônomas para o mercado brasileiro é a Volvo. A marca sueca oferece o SSA (Sistema de Segurança Ativa), um conjunto de tecnologias para ônibus rodoviários que inclui avisos visuais e sonoros contra colisões frontais (Forward Collision Warning), aviso de mudança de involuntária faixa (Lane Keeping Support) e freio de emergência automático em caso de risco iminente de colisões frontais (Emergency Brake).

Há ainda questões que aguardam resposta, como a autonomia adequada dos elétricos para cada operação, o custo, o ciclo de vida e a recarga das baterias, a infraestrutura necessária para a operação dos veículos elétricos e autônomos e a viabilidade técnica e comercial de ambas as alternativas. “Essas tecnologias inovadoras chegarão ao mercado num futuro que está cada vez mais próximo. Enquanto isso, a Mercedes-Benz acredita que o melhor para o Brasil, no curto e no médio prazo, é a combinação de soluções com os motores a diesel, combustíveis alternativos e tração elétrica”, explica Leoncini.

 

Investidas elétricas

Mercedes-Benz eActros
Mercedes-Benz eActros

Para desenvolver sistemas de propulsão elétrica, o grupo Daimler estabeleceu uma organização independente para cuidar dessa tecnologia no segmento de veículos comerciais. Inicialmente, dedicou foco a caminhões leves elétricos para uso urbano e em curtas distâncias. Em setembro de 2010, foi apresentado pelo grupo Daimler um protótipo de caminhão leve elétrico, o Fuso eCanter. Em julho de 2017, teve início a produção do Fuso eCanter, que chegou ao mercado dois meses depois. Em outubro de 2017, foi lançada a nova marca e-Fuso e o caminhão pesado Vision One. Em julho de 2016, foi lançado o conceito tecnológico do eActros, primeiro pesado elétrico da Mercedes-Benz para distribuição. A partir do terceiro trimestre de 2018, uma frota de eActros iniciou operação em clientes selecionados na Alemanha e na Suíça, com os quais espera-se conhecer profundamente o comportamento dos veículos sob condições reais de uso.

Mercedes-Benz eCitaro
Mercedes-Benz eCitaro

Em junho de 2018, foram apresentados, nos Estados Unidos, o caminhão pesado elétrico Freightliner eCascadia e o médio Freightliner eM2. Em março deste ano, a Mercedes-Benz mostrou o conceito do eCitaro, ônibus urbano totalmente elétrico, cujas primeiras encomendas foram confirmadas para a cidade de Hamburgo, na Alemanha. Para o Salão IAA deste ano, as versões elétricas da Sprinter e do Vito serão destaques no estande da Mercedes-Benz. O eVito estará disponível para clientes ainda este ano e a eSprinter, em 2019. “O Grupo Daimler acredita que, a partir de 2019, poderá aumentar progressivamente a oferta de caminhões e ônibus elétricos, visando altos volumes por volta de 2021”, informa Leoncini.

Mercedes-Benz eSprinter
Mercedes-Benz eSprinter
Mercedes-Benz eVito
Mercedes-Benz eVito

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