A Jaguar acaba de lançar no Brasil a “versão de entrada” do esportivo F-Type. O F-Type 2.0, com o motor Ingenium turbo, pretende ampliar a base de clientes do desempenho arrojado da linha. Além do Ingenium, o Jaguar F-Type 2019 também tem configurações com um motor 3.0 V6 Supercharged de 380 cavalos e 5.0 V8 Supercharged de 575 cavalos, este último presente na versão SVR. A configuração 2.0, disponível nas versões cupê de dois lugares (R$ 339.929) e com teto removível (R$ 346.144), conta com carroceria toda em alumínio, tração traseira e centro de gravidade baixo. O motor 2.0 de quatro cilindros permite ao carro desenvolver 300 cavalos de potência e 40,8 kgfm de torque a partir de 1.500 rpm. Em conjunto com a transmissão Quickshift automática de 8 velocidades, o veículo, segundo a marca inglesa, faz de zero a 100 km/h em apenas 5,7 segundos e pode chegar aos 250 km/h. É o motor de quatro cilindros mais potente já produzido em série pela Jaguar, correspondendo a 150 cavalos por litro.
Como todos os motores Ingenium, o propulsor 2.0 foi projetado e desenvolvido pela própria Jaguar. É produzido no Centro de Fabricação de Motor da Jaguar Land Rover no Reino Unido, ao lado dos propulsores a gasolina de quatro cilindros com 200 e 250 cavalos e os motores a diesel de quatro cilindros de 150, 163, 180 e 240 cavalos. Para conferir mais agilidade e desempenho, o Ingenium do F-Type 2.0 permitiu uma redução de 52 quilos – a maior parte sobre o eixo dianteiro – no peso do carro. Para aplacar a ansiedade dos puristas, o quatro cilindros do F-Type não significa silêncio. Para manter o ronco peculiar – uma das principais marcas do modelo inglês –, a Jaguar desenvolveu um escapamento sonoro para reproduzir o “berro” grave e esportivo.
Os motores Ingenium foram projetados para funcionar com baixos níveis de atrito. Para isso, furos de 12 milímetros de diâmetro nos cilindros ajudam a reduzir o desgaste nas paredes da peça. O sistema preserva a vida útil e a eficiência do propulsor e na economia de combustível. Para conciliar alta performance com baixo consumo, o F-Type 2.0 tem comando integrado de válvulas eletrohidráulicas, fazendo com que a potência e o torque venham em todas as faixas de operação.
Além da nova opção de motor, a linha 2019 do Jaguar F-Type traz ainda discretas atualizações visuais. O para-choque dianteiro foi redesenhado, juntamente com a introdução de novos faróis em leds. Na traseira, a versão de quatro cilindros tem saída do escape exclusiva, se diferenciando por completo dos escapamentos centrais duplos e dos externos quádruplos dos modelos V6 e V8, respectivamente. No Brasil, as rodas de liga leve de 19 polegadas podem ser encomendadas. Para cá, o modelo vem originalmente com rodas de 20’’. A versão menos potente traz atualizações no interior, com a introdução de bancos mais finos e leves, sistema de infoentretenimento Touch Pro e novos acabamentos em materiais cromados e alumínio, para, conforme os engenheiros da Jaguar, aumentar a sensação de esportividade a bordo.
Anjo da guarda
O F-Type 2.0 oferece sistemas avançados de assistência em manobras. A maior estrela no quesito é uma câmera frontal “inteligente”, responsável por modernos e sofisticados dispositivos de ajuda ao motorista: a Frenagem Autônoma de Emergência é acionada independentemente da ação do condutor, assim que os sensores colocados na parte dianteira do veículo identificam o risco de uma colisão. O ACC – sigla em inglês para Piloto Automático Adaptativo – mantém a velocidade de cruzeiro selecionada e freia em caso de tráfego intenso ou de um outro veículo mais lento à frente, tudo de forma autônoma. A assistência para troca de faixa de rolamento avisa o motorista se o veículo estiver mudando de linha e o recoloca no percurso. A câmera frontal fornece ainda comandos para os sistemas LDW (Lane Departure Warning) e LKA (Lane Keep Assist). Ao monitorar a posição do veículo em relação às marcações de pista em ambos os lados, o LDW ajuda a impedir que o motorista deixe sua pista indevidamente, acionando um aviso visual no painel de instrumentos e advertindo por meio de uma vibração do volante.
O sistema TSR (Traffic Sign Recognition ou Reconhecimento de Sinal de Tráfego) utiliza a câmera frontal para manter o condutor informado sobre o limite de velocidade – incluindo aqueles temporários, como em obras na estrada – e os variáveis usados em algumas rodovias. O limite é exibido no painel de instrumentos e os dados da câmera são cruzados com os do GPS para maior precisão.
Os suportes adicionais para a condução vêm do ASL (Adaptive Speed Limiter), que capta dados do TSR para adequar o ponto de ajuste e aumentar ou diminuir automaticamente a velocidade máxima do veículo. Se o TSR reconhecer um limite de velocidade maior à frente, o ASL ajusta o ritmo do F-Type. Para concluir, o sistema faz vigília às condições físicas do motorista. Se reconhecer fadiga ou ausência de reações normais de quem está atrás do volante, o dispositivo emite avisos no painel de instrumentos e sonoros para que o condutor faça uma pausa na sua viagem.