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A Toyota sempre esteve na frente em dois segmentos importantes. Primeiro, com o sedã Corolla, a partir de 1966, o veículo mais vendido da história da indústria sobre rodas, beirando as 50 milhões de unidades emplacadas nos cinco continentes em mais de meio século. Quatro anos depois, surgiria outro “campeão” da marca oriental, a picape média Hilux – que nas primeiras gerações era uma acanhada caminhonete com visual rústico, tantas vezes pisoteadas pelos indefectíveis monstros gigantes dos velhos seriados “made in Japan”. Nesses cinquenta anos, a Hilux não parou de evoluir. E é na Tailândia, um importante mercado asiático, que sempre surgem primeiro as mudanças na picape da Toyota. Como os japoneses normalmente primam pela tradição, novamente as futuras alterações na atual geração da Hilux do Mercosul vêm do sudeste asiático. Em breve, devem chegar às linhas de montagem da Toyota em Zarate, na Argentina, e dar as caras no Brasil no final deste ano.

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A Toyota apresentou na Tailândia a linha 2021 da Hilux com mudanças estéticas na frente e com novos itens tecnológicos. Será a segunda repaginação da geração surgida em 2015. A marca japonesa prefere fazer apenas atualizações na sua picape média, se aproveitando de uma característica bem peculiar de mercado: uma geração no segmento de utilitários tem uma vida útil bem maior em comparação a uma dos carros de passeio. Por outro lado, a grande novidade na picape média, pelo menos na Tailândia, é a entrada da versão Invincible – que dispensa uma tradução para o português – para rivalizar com a Ford Ranger Storm e a Nissan Frontier Attack, com um para-choque frontal exclusivo, o nome da configuração estampado em letras garrafais nas laterais da caçamba e na tampa traseira, duas opções de santoantônio (emoldurado ou com tubos longitudinais) e capota marítima sobre trilhos. Inicialmente, a Invincible deve ser destinada apenas para a Tailândia e à Europa, até por que o mercado brasileiro já conta com a versão aventureira GR-S.

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Na parte mecânica, a Hilux terá melhorias no motor turbodiesel 2.8, com a potência crescendo de 177 para 203 cavalos e o torque, de 46,9 para 51 kgfm. Somente para a Austrália, existe o 2.4 turbodiesel de 150 cavalos. O propulsor 2.7 bicombustível se manterá restrito ao mercado brasileiro, com seus 163 cavalos e 25 kgfm de torque, ambos com etanol. A transmissão segue com as opções de manual de 5 marchas ou automática de 6 velocidades, enquanto as trações se mantêm como 4×4 ou traseira.

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Embora a Toyota não alterou o layout interno da cabina dupla, a versão tailandesa finalmente aposentou a antiga e anacrônica central multimídia por uma nova com tela de 8 polegadas e conexão com Android Auto e Apple CarPlay. A maior queixa dos clientes da Hilux se fixam sobre a conectividade um tanto arcaica da picape japonesa. O ar-condicionado continua com uma zona de temperatura e sem saídas para o banco traseiro, dois itens que deveriam ter uma atenção especial da Toyota para as picapes produzidas para o mercado brasileiro. Afinal, a marca oriental sempre se gabou que sua picape é mais luxuosa em relação a sua eterna concorrente no país.

Por: Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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