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Depois de debutar mundialmente na Índia, em 2015, o Kwid começou a ser produzido em São José dos Pinhais (PR) em 2017 e logo desbancou o Sandero do posto de Renault mais vendido no Brasil. No mercado brasileiro, o “SUV dos compactos” é oferecido em quatro versões, Life, Zen, Intense e Outsider. No final da semana passada, o Kwid recebeu na Índia sua primeira reestilização, que pode chegar aqui em 2021. A própria Renault do Brasil já deu pistas de que pretende alterar algumas coisas no modelo nacional por duas razões bem claras. A primeira é devido ao modelo nunca ter chegado à liderança de vendas entre os carros e os comerciais leves no país, apesar de ser o veículo sobre quatro rodas mais barato entre os produzidos no Brasil. A segunda seria para deixar seu “carrinho” mais estiloso, como ficou o seu representante indiano, especialmente na parte da frente.

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O Kwid com a nova “cara” ganhou um ar de modernidade, adotando o conjunto óptico dividido em duas partes – mostrado pela primeira vez no conceito KZ-E, que dará origem ao Kwid elétrico –, além de uma grade com guarnições cromadas. A marca francesa resolveu fazer as mudanças para mantê-lo mais atual, acrescentando uma série de melhorias estéticas. O renovado Kwid 2020 ganhou uma aparência próxima do recém-chegado City K-ZE, o elétrico mais acessível ao público, já à venda na China. Externamente, somam-se no modelo indiano um novo formato para o para-choque, novos desenhos para as rodas de liga leve de 14 polegadas e tons inéditos para a carroceria. Na traseira, o carro se limitou ao terreno dos retoques, no para-choque e nas lanternas em leds.

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No interior, o Kwid indiano herda elementos do Triber – versão para sete pessoas do Kwid, apresentada na Índia em junho do ano passado  –, como os instrumentos, o volante e o novo sistema de infoentretenimento com uma tela “touchscreen” bem destacada no tamanho e na posição no carro, com compatibilidade com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Nos equipamentos de segurança, o indiano tem airbags frontais, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), ar-condicionado manual, acesso sem chave, partido por botão e volante multifuncional. Na parte mecânica, mantém o motor a gasolina 0.8 (não oferecido no Brasil) de 54 cavalos de potência e 7,3 kgfm de torque e o 1.0 com 68 cavalos e 9,3 kgfm, combinados com uma transmissão manual ou uma automatizada, ambas com 5 velocidades. No Brasil, utiliza um SCe 1.0 de três cilindros com 70 cavalos e 9,8 kgfm de torque e câmbio manual de 5 marchas.

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Na Índia, o Kwid tem oito configurações, o dobro em comparação ao Brasil. Outro fato que chama a atenção são os preços praticados no país asiático, bem abaixo em relação aos do mercado brasileiro. Lá, o modelo Standard é a versão de entrada, com o motor 0.8, que custa 283 mil rúpias, cerca de R$ 16 mil. Depois, vem três configurações intermediárias, também com o 0.8, a RxE (353 mil rúpias ou R$ 20.500), a RxL (383 mil rúpias ou R$ 22 mil) e a RxT (413 mil rúpias R$ 24 mil). O 1.0 entra na RxT manual por 433 mil rúpias ou R$ 25 mil e na automatizada por 463 mil rúpias ou R$ 27 mil. A top de linha, a Climber, equivalente à Outsider no Brasil, sai por 454 mil rúpias (R$ 26.500) com câmbio manual e por 484 mil rúpias (R$ 28 mil) na automatizada. A “top” no mercado brasileiro custa a partir de R$ 44.900.

Por: Daniel Dias/AutoMotriX – Fotos: Divulgação

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