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Graças à ameaça do coronavírus – pelo menos, sete casos da doença já foram registrados em solo suíço –, o Salão de Genebra 2020 foi cancelado, às vésperas de sua abertura para o público, que ocorreria de 5 a 15 de março. Com tudo pronto para a mostra, no entanto, algumas montadoras resolveram promover lançamentos virtuais, via internet, deflagrando uma dúvida no ar: os grandes salões de automóveis físicos estariam com os dias contados, em um mundo cada vez mais globalizado e ligado pela rede de computadores?

Entretanto, o prestígio das grandes mostras do setor, como a de Genebra, é importante para ditar as tendências para a temporada. O salão suíço, sempre célebre em exibir os chamados supercarros, ainda representa muito para a indústria automotiva do planeta. É difícil de se imaginar o fim de salões como o de Frankfurt, o de Paris, o de Detroit, o de Xangai – o que mais cresce atualmente – e até mesmo o de São Paulo, embora o evento paulistano deste ano já tenha sido transferido para 2021, após diversas fabricantes avisarem que não participariam.

Algumas das estrelas do Salão de Genebra 2020 apresentadas via internet

Aston Martin V12 Speedster

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Para satisfazer o gosto mais radical, a Aston Martin tirou o teto do Vantage, colocou um motor V12 e criou o Speedster. O 5.2 com turbo duplo acoplado à transmissão automática de 8 velocidades produz 700 cavalos de potência e impressionantes 76 kgfm de torque. Conforme a marca britânica, o AM V12 Speedster acelera de zero a 100 km/h em 3,5 segundos e pode chegar à velocidade de 186 km/h, limitada eletronicamente em nome da segurança. “A marca está mirando o Speedster para seus clientes mais exigentes e entusiasmados, para uma experiência incrivelmente visceral”, vibra Miles Nurnberger, diretor de Design da Aston Martin. O corpo do Speedster é feito em fibra de carbono. As extremidades dianteira e traseira são semelhantes às do Vantage, mas a grade frontal e as entradas de ar são maiores. A inspiração em caça de combate é ainda mais aparente por dentro. Existem tiras de couro e elementos angulares de design em todos os lugares, praticamente tudo feito de fibra de carbono. Os assentos, painéis das portas e outros elementos são finalizados em uma ampla variedade de materiais, de couro a tecidos e até borracha impressa em 3D. O painel e o console central são muito mais simples que os do Vantage, no entanto, há uma tela de informação e entretenimento escondida sob a barra central. Uma bolsa de couro removível toma o lugar de um porta-luvas e mais armazenamentos podem ser colocados atrás dos assentos.

Audi A3 Sportback

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Por fora, o novo A3 Sportback não parece muito distante de seu antecessor, com a mesma altura e distância de entre-eixos. Por outro lado, é mais amplo e tem um design atualizado e esportivo, com cantos curvos, chamando atenção para o tamanho das rodas. A Audi também forneceu a nova versão digital de luzes diurnas com quinze leds para se diferenciar do A3 Sportback anterior. O interior mudou significativamente. Os assentos agora são feitos de plástico reciclado e um foco maior foi colocado na tecnologia da tela de toque em vez dos botões físicos, com visor central de 10,1 polegadas como padrão e a opção de atualizar para 12,3 polegadas. O novo A3 Sportback será inicialmente oferecido em três configurações: uma versão a gasolina 1.5 turbo de 148 cavalos e duas 2.0 turbodiesel com 148 e 114 cavalos. Todas virão com tração dianteira, mas a Audi diz que as versões com sistemas de tração eletrificada “Quattro” vêm em seguida.

Bentley Mulliner Bacalar

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Para a empresa com sede em Crewe, na Inglaterra, o Mulliner Bacalar é o “Bentley mais exclusivo e sob medida da Era Moderna”. Materiais sustentáveis são prioridade – a madeira é extraída de árvores caídas há 5 mil anos e preservadas pela natureza. Até a tinta foi escolhida por ter propriedades ecológicas. Para colocar a cereja do bolo, o Bacalar será fabricado no Mulliner Workshop de Crewe, a primeira fábrica neutra em carbono do mundo para carros de luxo. O Bacalar, nomeado em homenagem a um lago do México, é equipado com o 6.0 W12 biturbo que produz 650 cavalos. O design “Barchetta” significa que o carro não tem teto. Todos os doze Bacalar que serão produzidos já foram vendidos, com os compradores desembolsando 1,5 milhão de libras esterlinas, quase R$ 10 milhões.

BMW i4 Concept

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Com design chamativo e uma grade “duplo rim” na forma vertical com o nome do carro estilizado dentro dela, o novo i4 elétrico tem 523 cavalos de potência, aceleração de zero a 100 km/h em 4 segundos e uma autonomia de 600 quilômetros, graças a 80 kWh da bateria e às medidas aerodinâmicas do design exterior. O i4 tem três modos de condução – Core, Sport e Efficient – que afetarão não apenas a experiência de dirigir mas também a estética interior do carro. Em uma reviravolta incidental e emocionante, a BMW trabalhou com Hans Zimmer, famoso compositor de Hollywood, nos aspectos sonoros do veículo. O i4 se assemelha aos outros modelos atuais da BMW apenas nas laterais e na parte de trás, porque a frente agressiva, com a grade do radiador se estendendo quase até o chão e pelas curvas acentuadas na carroceria, fazem com que o novo sedã elétrico se pareça mais ágil e agressivo em comparação a qualquer outro carro da fabricante alemã, pois a marca normalmente não costuma ousar tanto no design de seus veículos.

Czinger 21C

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Muitos supercarros deveriam chegar ao Salão de Genebra este ano, e uma das maiores estrelas nesse segmento certamente teria sido o Czinger 21C. Segundo a startup, com sede em Los Angeles, idealizadora do impressionante modelo, o 21C eletrificado tem inacreditáveis 1.250 cavalos de potência (no conjunto de motor a combustão e elétrico) e pode acelerar de zero a 100 km/h em apenas 1,9 segundo – os carros da Fórmula-1 fazem a mesma aceleração em 1,5 segundo. O 21C tem o típico estilo de hiperesportivo de rua – a exemplo dos modelos feitos pela McLaren e pela Ferrari –, com para-choque volumoso na frente, “quadris” largos, saias laterais fortes, saliências curtas e aerofólio gigante com duas lâminas na traseira. A construção do chassi e da própria carroceria do 21C seguiu os ensinamentos e a tecnologia revolucionária empregados no Blade e a utilização em alta escala da fibra de carbono – mesmo material usado em quase todos os componentes de um carro da Fórmula-1 e implantado pela equipe McLaren a partir da temporada de 1982. Em muitos detalhes do 21C, as tramas da fibra de carbono – típicas desse material – ficam aparentes, conferindo um charme de carro de competição ao hiperesportivo norte-americano.

Dacia Spring Electric

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Com a pretensão de ser o carro 100% elétrico mais acessível da Europa, com lançamento previsto para 2021, o Dacia Spring é o primeiro inteiramente “verde” da marca romena, embora sua controladora, a Renault, não seja – nem de longe – uma “neófita” nesse terreno, com o Zoe, o Twizy e o Kangoo ZE estando no mercado há anos. Claramente inspirado no design do Renault Kwid, o pequeno Spring Electric se parece à vontade em um ambiente urbano com alguns toques delicados de design. A paleta de cores cinza-laranja funciona bem, especialmente nos detalhes nas maçanetas e nas rodas. Os faróis em leds são uma prévia do futuro padrão de iluminação da Dacia. O carro de quatro lugares não pretende ser um campeão no que diz respeito à autonomia, com a previsão de percorrer 240 quilômetros com uma única carga total de bateria, se colocando, assim, como um autêntico veículo para uso nas cidades.

Honda Jazz

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De acordo com a Honda, o Jazz de quarta geração, vendido exclusivamente como híbrido, elevará o padrão em termos de conforto e prazer do motorista. O novo Jazz – que é o nome europeu dado ao Fit – usa um sistema híbrido semelhante ao do CR-V com essa tecnologia, embora com uma aplicação reduzida. O Jazz utiliza um motor a gasolina 1.5 e dois elétricos menores, com uma potência combinada de 108 cavalos nas rodas dianteiras, associado a uma caixa com uma única relação de transmissão fixa para ter uma curva de aceleração mais linear. Segundo a marca oriental, o Jazz acelera de zero a 100 km/h em 9,4 segundos e pode chegar à velocidade máxima de 108 km/h, tudo bem comportado.

Porsche 911 Turbo S

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A Porsche apresenta a nova geração do 911 Turbo S para níveis de potência, comportamento dinâmico e conforto sem precedentes, conforme a marca alemã. O novo topo de linha da gama 911 foi lançado como cupê e conversível, ambos equipados com o novo motor boxer de 3,8 litros com dois turbocompressores de geometria variável, com 650 cavalos de potência e notáveis 81 kgfm de torque, combinado ao câmbio Porsche Doppelkupplung (PDK) exclusivo, capazes de levar o superesportivo à aceleração de zero a 100 km/h em apenas 2,7 segundos e à velocidade final de 330 km/h. O novo motor do 911 Turbo S é baseado na geração de propulsores do 911 Carrera, com sistema de arrefecimento de ar totalmente novo, turbos de geometria variável em uma disposição simétrica com válvulas de controle eletrônico. O motor de seis cilindros é alimentado por um novo sistema de admissão.

Por: Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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