Divulgação

A JAC Motors do Brasil é a responsável pela primeira iniciativa de lançamento de uma linha completa de veículos elétricos para o mercado brasileiro. A marca chinesa irá trazer ao Brasil sua linha de elétricos, fabricados na China e com adaptações para o mercado nacional. Serão cinco modelos: o iEV 20, compacto de entrada com trezentos e vinte quilômetros de autonomia, os SUVs iEV 40 e iEV 60, a picape cabine dupla iEV 330P e o caminhão leve de seis toneladas, o iEV 1200T. De quebra, a JAC passa a oferecer também o modelo 100% zero emissões mais barato do país: o iEV 20, que custa R$ 119.900.

Divulgação

A eletrificação já é uma tendência automotiva em desenvolvimento há alguns anos na China, na Europa e nos Estados Unidos, mas, no Brasil, ainda tem ares de novidade. Segundo Sérgio Habib, presidente da JAC Motors do Brasil, a iniciativa da JAC em trazer os carros elétricos ao país não está restrita a uma iniciativa de marketing para trazer ares de amiga do ambiente à marca. “Resolvemos assumir a vocação de buscar um mundo melhor e investimos seriamente em uma significativa evolução do nosso modelo de negócio. Por isso, lançaremos cinco modelos de uma só vez. Manteremos nossa linha de modelos térmicos, com motores tradicionais, embora a família de elétricos assuma o protagonismo na marca. A ideia é chacoalhar o mercado e instantaneamente dar várias opções de compras em segmentos diversificados”, explica o executivo.

Divulgação

Todos os modelos elétricos da JAC que estarão disponíveis no mercado brasileiro trazem baterias de íon-litium com sistema de trava do cabo de recarregamento quando está sendo usado e outros equipamentos exclusivos. Um deles é o i-Pedal, sistema similar ao oferecido no Nissan Leaf e que funciona como um freio-motor, a exemplo dos caminhões. Quanto o motorista tira o pé do acelerador, o carro desacelera gradualmente, acendendo as luzes de freio e fazendo a regeneração da carga da bateria. Com isso, desacelerando com a tração do motor, segundo a JAC, as pastilhas de freios chegam a durar mais de 100 mil quilômetros, devido às frenagens sem usar o freio de serviço.

No painel, o display de leds traz escala gráfica com o consumo instantâneo, que permite ao motorista monitorar seu modo de guiar e gerenciar a duração da bateria. Além disso, os carros têm sistema de telemetria ativo com monitoramento à distância pela central da JAC, que permite a checagem do nível da bateria e orienta o motorista quando estiver abaixo do recomendável e agendar e prevenir reparos. O carro não vem com o carregador de parede. Para isso, a JAC informou que tem uma parceria com a EDP Brasil, que fornece o tal carregador, o Wall Box. Ele custa R$ 8 mil e uma carga completa dura cerca de quatorze horas, em média. Para recargas em qualquer outro lugar, o comprador pode usar o cabo de carregamento portátil – se ele escolher, no momento da compra, por esse opcional, disponível por R$ 3.990.

Divulgação

Para marcar sua estratégia de lançamento dos carros elétricos, a JAC inaugurou uma nova concessionária, de alto estilo, em uma das regiões mais nobres de São Paulo: a Avenida Europa, nos Jardins. Lá, há um showroom dedicado aos veículos dessa linha, o primeiro do Brasil somente com elétricos e pontos gratuitos de recarga para qualquer veículo, de qualquer marca. “Nossa aposta nos carros elétricos é estratégica como pilar de crescimento no Brasil. A JAC Europa não será aberta só agora, durante o mês de lançamento, mas funcionará normalmente. É um ponto de venda definitivo”, diz Habib.

Entre os automóveis que a JAC trará ao Brasil, o mais popular certamente será o iEV 20. Apesar de a JAC Motors insistir em chamar o pequeno veículo de SUV, as características revelam sua natureza de hatch compacto: ele tem 3,7 metros de comprimento, apenas 10 centímetros a mais que o Renault Kwid, e altura de 1,5 metro, pouca coisa a mais que o compacto da marca francesa. Por ser leve, sua autonomia pode chegar a até quatrocentos quilômetros no modo econômico de direção e as baterias têm 41 kWh de capacidade máxima. O motor tem potência máxima de 50 kW, o que equivale a 68 cavalos. No modo econômico, a velocidade máxima não passa dos 63 km/h, caso o motorista queira atingir a autonomia máxima de quatrocentos quilômetros, a um custo médio da energia de R$ 23,65 para rodar essa distância. No modo Sport, com desempenho total, a velocidade máxima sobe para 113 km/h, mas a autonomia cai para trezentos quilômetros.

Divulgação

O modelo de entrada entre os elétricos da JAC é baseado no subcompacto J2, com motor a combustão, carro conhecido no mercado por suas dimensões reduzidas. O painel tem quadro de instrumentos digital com dois mostradores: temperatura do motor e nível do “tanque”, isso é, graduação e percentual da carga das baterias. Ao centro dos dois elementos, um grande mostrador digital exibe a velocidade instantânea. Abaixo, o motorista encontra as luzes-espia e o computador de bordo, que, dentre outras funções, fica exibindo instantaneamente a direção da carga – se é das baterias para as rodas, nas acelerações, ou das rodas para as baterias, nas desacelerações. À esquerda do volante, encontra-se o botão de acionamento elétrico de altura do facho dos faróis, o interruptor de comando da intensidade de iluminação do painel de instrumentos e a tecla que abre a portinhola na grade frontal para conectar o cabo de carregamento.

O “irmão maior” do modelo 20, o iEV 40, é sucesso de vendas na China e tem autonomia de até trezentos quilômetros. O motor tem 115 cavalos de potência e acelera de zero a 50 km/h em menos de 4 segundos. O modelo já vem sendo vendido em sistema de pré-vendas desde o ano passado e, conforme a JAC, já tem cinquenta e sete unidades reservadas, que começaram a ser entregues a partir de setembro. O preço sugerido é de R$ 153.500. A base para esse modelo foi o JAC T40. A carroceria tem 1,56 metro de altura, 1,75 metro de largura e o porta-malas tem capacidade cúbica de 450 litros. Acima dele estará o iEV 60, que será o maior SUV elétrico da JAC no Brasil, mas só será disponibilizado no país em 2020.

Primeiras Impressões

Ágeis e bem equipados

São Paulo/SP – A primeira coisa que se pensa ao dirigir um veículo elétrico é onde está o ruído? Onde estão as vibrações? Ao acionar o botão Start/Stop, o indicador de que o motor está ligado é a mensagem de “Ready” (pronto) no painel. A partir daí, basta selecionar a posição Drive e acelerar. A impressão estranha da falta do ruído do motor passa rápido e é substituída pela satisfação de um cockpit silencioso e confortável. Nas primeiras aceleradas, já é possível de se notar a grande característica dos carros elétricos: o torque alto, disponível a qualquer momento. Ao pisar, o iEV 20 e o iEV 40 respondem muito bem e é fácil ficar colado no banco em arrancadas agressivas, retomadas espertas e com boa estabilidade.

Divulgação

No painel, é possível de se acompanhar o desempenho e o consumo do carro: um mostrador ativo em tempo real revela o consumo instantâneo e indica se o veículo está gastando bateria ou regenerando sua carga, durante as frenagens. Além disso, dá para se acompanhar todas as funções convencionais do carro pelo painel, que tem computador de bordo bem completo, com autonomia, consumo, viagens e outras informações. Quando a bateria chega ao nível de 20%, um sinal dá o alerta ao motorista. De acordo com a fabricante, é necessário manter o nível mínimo, pois, quando a bateria cai a zero, existe risco de danos e perda de sua capacidade máxima ao longo do tempo.

Divulgação

No caso do hatch compacto iEV 20, a posição de dirigir é um pouco baixa e o banco do motorista não traz muito espaço, porém não chega a ser um problema. No iEV 40, o conforto é maior e o espaço para as pernas bem mais amplo. Os sistemas sonoros de alerta de proximidade parecem estranhos no começo, no entanto, se mostram úteis e importantes ao logo das viagens. O recurso i-Pedal é útil, pois permite que o carro desacelere ao tirar o pé do acelerador, economizando frenagem. Quando ele reduz, a luz do freio acende, como em qualquer freada. Os modelos contam ainda com assistente de rampa e câmera de ré, o que facilita a operação em garagens apertadas com passagens íngremes. Ao final, a experiência de dirigir os dois modelos mostra uma boa surpresa com o desempenho. Apesar de as velocidades máximas de 110 km/h serem um pouco decepcionantes, o torque alto e as arrancadas eletricamente fortes compensam e tornam tudo divertido e prazeroso.

Veja Também: 

JAC iEV 330P – Caçamba elétrica

DEIXE UMA RESPOSTA