Foguete comemorativo
A Nissan revelou no Salão de Nova Iorque, de 19 a 28 de abril, o GT-R 50th Anniversary Edition, em comemoração às cinco décadas do superesportivo. Para celebrar o meio século do GT-R, os engenheiros se desafiaram na busca de um potencial ainda não explorado, fazendo questão ao mesmo tempo de que o carro pudesse ser desfrutado por pilotos de qualquer nível. “O GT-R significa gestão total do equilíbrio. Agora, não teve nada a ver com apenas buscar resultados de potência, mas criar um novo GT-R”, explicou Hiroshi Tamura, especialista-chefe de produto. O GT-R 2020 será lançado em três versões na maioria dos mercados: Premium, Track Edition e Nismo. Em algumas regiões, estarão disponíveis também as configurações Pure, Prestige e Black. Porém, é a 50th Anniversary Edition a verdadeira celebração do legado do GT-R. Nessa versão, o superesportivo tem motor 3.8 V6 biturbo, 24 válvulas e 572 cavalos de potência, produzido artesanalmente por técnicos especializados, conhecidos no Japão por “takumis”. O motor trabalha em conjunto com o câmbio de 6 velocidades e dupla embreagem, criado tanto para as ruas quanto para as pistas.
Reconhecimento global
O World Car Awards, tradicionalmente divulgado às vésperas do Salão de Nova Iorque, foi dado para o McLaren 720S, segundo os jurados, “por sua combinação de desempenho extremo, luxo artesanal e incomparável envolvimento com o piloto”. O prêmio se junta a uma longa lista recebida pelo superesportivo, incluindo o Reino Unido (o mercado doméstico da McLaren Automotive) e a América do Norte. “Ter o 720S nomeado pelo World Performance Car é particularmente especial. Acreditamos que o 720S é um passo revolucionário para a McLaren, assim como para o segmento de supercarros, e tê-lo reconhecido dessa forma por uma organização formada pela mídia de todo o mundo é uma grande honra”, comemorou Mike Flewitt, diretor-executivo da McLaren Automotive. O 720S estreou no Salão de Genebra de 2017 e oferece a maior capacidade dinâmica da história da marca britânica, do conforto controlado a proezas extremas de dirigibilidade. Sob o capô, está o motor 2.0 V8 biturbo com 720 cavalos de potência e absurdos 77,5 kgfm de torque. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em apenas 2,9 segundos e a velocidade máxima chega a 341 km/h. Números todos comparáveis aos de carros de competição.
Saiu na frente
A Toyota confirmou que o novo Corolla será o primeiro veículo em escala global equipado com propulsão híbrida-bicombustível. Os estudos envolvendo a tecnologia foram anunciados pela fabricante em março de 2018, enquanto a produção ocorreu em dezembro do mesmo ano. O anúncio está afinado com os propósitos do Programa Rota 2030, que busca, entre outros aspectos, estimular a produção de veículos mais eficientes. A 12ª geração do Corolla, o carro mais vendido do mundo praticamente desde seu lançamento, em 1966, promete, conforme a marca japonesa, ser referência não só em seu segmento como também em toda a indústria automotiva nacional. O modelo será montado sobre a plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture ou Nova Arquitetura Global da Toyota), a mesma do Prius, do C-HR e do Camry. A fábrica de Indaiatuba, localizada no interior do Estado de São Paulo, será a pioneira do processo de hibridização dos veículos da marca no Brasil.
Trinca de SUVs
No Salão de Xangai, aberto até o dia 25 de abril e maior mostra automotiva do mundo em área construída, a Mercedes-Benz está apresentando três SUVs: o Concept GLB, o EQC – alimentado por bateria – e o GLE. O GLB é uma idéia de SUV baseada na plataforma de carros compactos da fabricante alemã, que desenvolveu um veículo conceitual focado no espaço e na robustez, oferecendo sete lugares. Com o EQB, a marca da estrela de três pontas terá um utilitário esportivo totalmente elétrico na China a partir de 2021. “A China é o maior mercado do planeta. Estamos convencidos de que o sucesso contínuo do mercado chinês só será possível com a gama certa e novos tipos de energia”, afirma Hubertus Troska, membro do Conselho de Administração da Daimler AG, responsável pelas atividades na China. O novo GLE vem para confirmar o histórico de mais de dois milhões de clientes que já optaram pelo SUV premium da marca. “O sucesso do GLE nos motivou a tornar a nova geração ainda melhor. O utilitário esportivo é uma verdadeira atração, com suas proporções musculares emanando luxo e potência. O novo GLE é um verdadeiro ‘cavalheiro’, sempre pronto para ajudar com seus muitos sistemas de assistência”, celebra Ola Källenius, membro do Conselho de Administração da Daimler AG.
Para os ianques
A Kia Motors apresenta no Salão de Nova Iorque a edição especial do cupê Stinger GTS, limitada a oitocentas unidades, destinadas, em um primeiro momento, apenas para os Estados Unidos. Visualmente, a série se distingue pela cor laranja da carroceria, pela grade do radiador, pelos retrovisores externos e pelas laterais em fibra de carbono e pelo emblema “Stinger” na tampa traseira no lugar do logotipo da fabricante sul-coreana. O Stinger GTS é equipado com o motor 3.3 V6 biturbo de 370 cavalos de potência associado ao câmbio automático de 8 velocidades e à tração traseira ou à integral com o sistema D-AWD, com diferencial autoblocante mecânico, além dos modos de condução Comfort (é enviada 60% da força para o eixo traseiro), Sport (o eixo traseiro recebe 80% da força) e Drift (toda a força é enviada para o eixo traseiro). No interior, o volante e o console central são revestidos em Alcântara. Vem de série o teto solar com abertura elétrica, o sistema de som Harsman Kardon com 720 Watts e o carregador para smartphones.
Elétricos chiques
A BMW do Brasil anuncia o início das vendas no país dos novos i8 Roadster e Coupé, que podem ser encomendados na rede de concessionárias BMW i (divisão da marca alemã para veículos eletrificados), com entregas previstas para o segundo semestre deste ano. Os preços são para poucos felizardos: R$ 699.950 (Roadster) e R$ 649.950 (Coupé). A ação especial de pré-vendas inclui, como brinde para os compradores, um BMW i Wallbox Pro – uma nova estação doméstica que permite carregar 80% da bateria dos veículos elétricos e plug-in híbridos em menos de três horas. “O i8, ícone da mobilidade elétrica esportiva, quebrou paradigmas com seu design visionário, desempenho emocionante e tecnologia eletrificada, mostrando ser possível combinar sustentabilidade e esportividade. Com a versão Roadster, esperamos seguir evoluindo nesse caminho de eletrificação e conectividade que ajudamos a pavimentar no Brasil e no mundo”, pondera Roberto Carvalho, Diretor Comercial da BMW do Brasil. Os modelos têm a última geração da tecnologia BMW eDrive, que combina um novo propulsor elétrico sincronizado ao motor à combustão 1.5 de três cilindros e dotado da tecnologia BMW TwinPower Turbo. O motor elétrico é responsável por mover as rodas dianteiras, enquanto o propulsor a gasolina traciona as de trás. O i8 tem uma potência combinada de 374 cavalos e torque total de 42 kgfm. No modo eDrive, o i8 pode rodar por até 45 quilômetros em propulsão puramente elétrica, sem emissões de poluentes.
Lá vem ela
Sem lançamentos para o Salão de Nova Iorque, a Volkswagen resolveu apostar na picape Tarok, conceito já mostrado no Salão Internacional de São Paulo do ano passado. Apesar de ser um veículo pequeno – em um mercado no qual os norte-americanos estão acostumados com picapes com dimensões de pequenos caminhões –, a Tarok está agradando nos Estados Unidos. A picape compacta da Volkswagen utiliza a mesma plataforma (MQB) da irmã Atlas Tanoak, mostrada na edição de 2018 do salão nova iorquino. Se para os norte-americanos a presença da Tarok é só para testar sua aceitação, para o mercado brasileiro, é diferente. A marca alemã pretende colocar a picape em produção já no próximo ano, para brigar com a Fiat Toro. A Tarok será produzida na Argentina e terá o motor 1.4 TSI (turbo) de 150 cavalos de potência acoplado ao sistema de tração integral 4Motion. A picape pode carregar 1.030 quilos.
Demônio solto
Impressionante no design e na potência, o Dodge Challenger Demon brilha mais uma vez no Salão de Nova Iorque. Embora não seja uma novidade – inclusive com o final da produção previsto para o final deste ano –, o Demon continua atraindo olhares e compradores. Cerca de 1,2 mil unidades foram vendidas desde sua apresentação, no Salão de Nova Iorque de 2018. Outras mil estão em processo de produção e mais 750 devem ser fabricadas até sua saída de cena. O Challenger Demon é equipado com o motor 6.2 V8 (aspirado, naturalmente) de 840 cavalos de potência, capaz de empurrar o superesportivo de zero a 100 km/h em apenas 2,3 segundos. O Demon é o carro de produção mais rápido do mundo em um quarto de milha e o mais potente “muscle car” de todos os tempos.