Divulgação

As últimas boleias

A Ford anuncia a sua saída do mercado de caminhões na América do Sul. Como consequência, a produção na unidade industrial de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, será encerrada ao longo de 2019. Assim, a marca deixará de comercializar as linhas de caminhões Cargo, F-4000, F-350 e o automóvel hatch compacto Fiesta, que eram produzidos naquela fábrica, conforme terminarem os estoques. Segundo a Ford, a decisão é um importante marco para o retorno à lucratividade sustentável de suas operações no mercado sul-americano. A Ford prevê um impacto de aproximadamente US$ 460 milhões em despesas não recorrentes como consequência dessa ação. “A Ford está comprometida com a América do Sul por meio da construção de um negócio rentável e sustentável, fortalecendo a oferta de produtos, criando experiências positivas para nossos consumidores e atuando com um modelo de negócios mais ágil, compacto e eficiente”, afirmou Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.

A decisão de deixar o mercado de caminhões foi tomada após vários meses de busca por alternativas, que incluíram a possibilidade de parcerias e venda da operação. A manutenção do negócio teria exigido um volume expressivo de investimentos para atender às necessidades do mercado e aos crescentes custos com itens regulatórios sem, no entanto, apresentar um caminho viável para um negócio lucrativo e sustentável. Paralelamente, a empresa anunciou o fortalecimento da linha de produtos, com ênfase em SUVs e picapes, e encerramento da produção do Focus na Argentina. Também está entre os objetivos a expansão das parcerias globais, como a recente aliança com a Volkswagen para desenvolver picapes de médio porte. A Ford chegou a buscar um comprador para a operação de caminhões, principal fonte de prejuízos. Sem sucesso, a montadora optou por arcar com as despesas pelo fechamento, que podem chegar a US$ 460 milhões — algo como R$ 1,7 bilhão. Os cerca de 3 mil empregados da unidade industrial e o governo paulista se mobilizam para tentar uma forma de manter a unidade industrial em funcionamento.

Comemoração com vinho

Divulgação

Um ônibus modelo Nicola, fabricado na Unidade Planalto da Marcopolo em 1967, em perfeito estado de conservação, está sendo uma das atrações no estande da encarroçadora de ônibus gaúcha na Festa da Uva, realizada em Caxias do Sul de 22 de fevereiro a 10 de março. Com o tema “Todas as gerações pelo mundo”, a Marcopolo resolveu usar o evento para dar início à celebração dos seus 70 anos. Fundada no dia 6 de agosto de 1949, a Marcopolo foi uma das primeiras indústrias brasileiras a fabricarem carrocerias para ônibus, que inicialmente eram de madeira. A opção por fazer o lançamento oficial da campanha dos 70 anos na Festa da Uva surgiu porque o evento engaja toda a comunidade caxiense, berço da empresa.  Durante os 17 dias da Festa da Uva, o transporte interno dos visitantes do portão de acesso dos ônibus aos pavilhões é uma cortesia da Marcopolo. Ao longo de todo o ano, também serão promovidas ações para comemorar as sete décadas da empresa. Hoje, a Marcopolo tem unidades fabris em nove países, exporta seus produtos para cerca de outros 120 em todo o mundo e superou a marca de 420 mil unidades fabricadas. Com receita líquida consolidada de R$ 4,197 bilhões, a Marcopolo S.A. teve crescimento de 45,9% em relação ao ano anterior, quando registrou receita de R$ 2,876 bilhões. O resultado é reflexo da elevação das vendas no mercado interno, 76,4% maior do que em 2017, aumento de 36,1% nas exportações, que somaram R$ 1,360 bilhão, e também dos negócios no Exterior, que subiram 16,6% (R$ 921 milhões) em relação ao período anterior.

Nas ruas de Minas

Divulgação

A Mercedes-Benz fez a venda de 86 ônibus urbanos para o Grupo CSC, tradicional conglomerado mineiro de empresas de transporte de passageiros com matriz na cidade de Viçosa. Outras 56 unidades foram para a Expresso Planalto, que, a partir de março, passa a prestar serviço de transporte coletivo no município de Pouso Alegre. As demais 30 unidades foram adquiridas para renovação de frota da ANSAL (Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda), que opera em Juiz de Fora. As entregas já foram iniciadas e serão concluídas até o fim de fevereiro. “O atendimento a essa nova demanda do Grupo CSC reforça ainda mais a já destacada presença da nossa marca em Minas Gerais”, ressalta Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Fechamos 2018 com 86% de participação no segmento de urbanos no Estado, aumentando dois pontos percentuais em relação aos 84% do ano anterior”. A Expresso Planalto iniciará a nova operação do transporte coletivo urbano de Pouso Alegre com 41 ônibus OF 1519 e 15 micro-ônibus LO 916. Para a ANSAL, em Juiz de Fora, são 18 unidades do OF 1519 e 12 do modelo OF 1721 L com suspensão pneumática. A Mercedes-Benz lidera a venda de ônibus urbanos no Brasil. No mês de janeiro, considerando o segmento acima de 8 toneladas de PBT, a empresa teve mais de 70% de participação no mercado brasileiro, com cerca de 400 unidades emplacadas. Esse volume de venda foi 30% maior em relação às 304 unidades do ano anterior.

Em nome do grupo

O Grupo Traton continuou a crescer em 2018. Com vendas de 233 mil veículos das marcas MAN, Scania e Volkswagen Caminhões e Ônibus, a Traton superou em 14% os resultados do ano anterior. Foi o maior volume alcançado pelo Grupo desde a sua criação, em 2015. Tamanho avanço foi parcialmente impulsionado pelo crescimento robusto na Europa e pela demanda acentuada e crescente no Brasil. O crescimento foi dinâmico nos primeiros seis meses de 2018, porém, houve ligeira queda no segundo semestre, chegando a 10% no quarto trimestre. “As metas de crescimento foram plenamente alcançadas”, afirmou Andreas Renschler, CEO da Traton e membro do Conselho de Administração da Volkswagen AG. Todas as três marcas do grupo contribuíram para o terceiro recorde seguido de vendas de veículos depois de 2016 e 2017. Com total de 102.560 unidades, a MAN registrou as maiores vendas de veículos, superando significativamente (+14%) os negócios do ano anterior. A Scania entregou 96.480 caminhões e ônibus (+6%). A demanda por veículos da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) aumentou consideravelmente com base na retomada do crescimento econômico do Brasil, subindo cerca de 40%, para 36.360 unidades. Enquanto as vendas de caminhões das marcas da Traton aumentaram 10%, para 202.490, a demanda por ônibus cresceu ainda mais, em substanciais 18%, para 22.630 unidades. A América do Sul e África são as maiores responsáveis por esse impulso nas vendas de ônibus.

DEIXE UMA RESPOSTA