A Bee é uma empresa carioca que desde 2019 investe em micro mobilidade elétrica, comercializando autopropelidos fabricados no Brasil em parceria com a montadora chinesa Keeway. Com quatro modelos em seu portfólio, os autopropelidos elétricos S1, U1, Type 2 têm velocidade limitada a 32 km/h (segundo o artigo 2º, II, ‘d’ da Resolução do Contran nº 996/2023) e dispensam emplacamento e CNH. Além dos autopropelidos, a marca oferece a motocicleta elétrica U1+, com velocidade máxima de 65 km/h. Após se consolidar em 2024 no eixo Rio-São Paulo e avançar em suas operações em Portugal e na Espanha, a Bee lança agora a MiniTrail, autopropelido preparado para enfrentar terrenos acidentados. Com a novidade, a Bee quer alcançar mais de 30% de crescimento em 2025 e atingir R$ 50 milhões de faturamento bruto. Oferecida nas cores Preto Ninja e Bege Duna, a Minitrail custa R$ 14.990 – mas, como promoção de lançamento, oferece R$ 2 mil de bônus para pagamento à vista.

A estratégia da empresa é diversificar seus autopropelidos para assim atingir a diferentes perfis de público. No ano passado, a Bee apresentou ao mercado a Type 2, uma releitura das antigas “vespinhas” cheia de modernidade e design, que tinha objetivo de conquistar um público mais seleto, preocupado com o estilo e o design. “Nos preocupamos em lançar modelos bem singulares e com propostas de uso distintas”, destaca Bernardo Omar, CEO da Bee. O novo modelo MiniTrail se propõe a trazer a robustez que o chão de terra e cascalho requisitam, sem esquecer da praticidade e o design, que são comuns aos lançamentos da empresa. Com comprimento de 1,72 metro, entre-eixos de 1,19 metro, peso de 55,2 quilos – já com a bateria, que pesa 7,2 quilos –, motor Keeway de mil watts e autonomia de até 55 quilômetros, a MinTrail tem capacidade de levar até 180 quilos, com duplo amortecedor traseiro. A novidade tem foco no mercado agro e quer leva a micromobilidade ao interior do país.

A MiniTrail é fruto da parceria da Bee com a Keeway, montadora chinesa controlada pela gigante automotiva Geely, também chinesa e proprietária de marcas como Volvo, Lotus e Zeekr. A Keeway, que já teve fábrica no Brasil, retorna ao país respondendo pelo chassi, conjunto mecânico e motor. “Somos uma empresa movida pela vontade de fazer diferente e melhor. Assim também é a Keeway”, explica Omar. A chegada da MiniTrail traz para a Bee a perspectiva de abertura de novas lojas pelo interior do Brasil. Atualmente, a empresa está presente com lojas físicas nos Estados do Rio de Janeiro – com seis lojas – e de São Paulo – com duas unidades, e uma em Lisboa (Portugal). Todas as atuais lojas são geridas pela própria marca. Porém, os autopropelidos da Bee já chegam a todo o Brasil, por meio de compras online. “Temos capacidade de entrega em todo o país, e isso nos dá a certeza que a micro mobilidade será algo disseminado”, vislumbra Omar.

Dentro do seu plano de expansão, Omar aponta o interior de São Paulo e a região Centro-Oeste como os grandes mercados em um primeiro momento. “No entanto, como sempre fazemos, o objetivo é entender o mercado potencial e, a partir disso, definir onde teremos lojas físicas, para que o público tenha um contato mais próximo com nossos produtos antes da compra. Vivemos em um país continental, que tem variações de comportamento às vezes entre cidades do mesmo Estado”, avalia o CEO da Bee. Esse novo passo de crescimento da Bee vem sendo conduzido pela XR Advisor, fundo de “private equity” – investidores que compram participações em empresas privadas –, que vem analisando e propondo caminhos estratégicos para o avanço da Bee.

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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