Novo motor e outras novidades
Maior mercado da Ram fora da América do Norte, o Brasil recebe a nova Ram 1500, com o motor 3.0 Hurricane 6 biturbo totalmente novo, com mais potência, desempenho, melhor eficiência de combustível e menor nível de emissões. O modelo é líder do segmento de picapes grandes a gasolina desde o seu lançamento. A Ram 1500 2025 tem também um novo design dianteiro e novos itens de tecnologia e de assistência à condução, passando a ser ADAS de nível 2. A Ram 1500 Laramie Night Edition tem preço de R$ 555.990. A picape ganha o motor Hurricane 6 biturbo de 3,0 litros com seis cilindros em linha, 426 cavalos de potência e 64,8 kgfm de torque, combinado a uma transmissão automática de 8 marchas. Produzido em bloco de alumínio fundido, com dois turbocompressores de baixa inércia e injeção direta de combustível de alta pressão (350 bar), o Hurricane 6 entrega respostas mais rápidas se comparado aos motores aspirados de maior capacidade volumétrica ou os sobrealimentados com uma única turbina. A nova Ram 1500 tem ainda tração 4×4 com reduzida e modo “Auto”, que distribui automaticamente a força entre os eixos.
Alegria na indústria
Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o fechamento do terceiro trimestre trouxe boas notícias para o setor automotivo brasileiro. Em termos de produção industrial, foi o melhor trimestre desde o terceiro de 2019, ou seja, o melhor em cinco anos. Os patamares registrados antes da pandemia também foram recuperados com a média diária de 11,2 mil veículos emplacados em setembro. A produção no terceiro trimestre totalizou 715 mil unidades entre carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus, 19% a mais que no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o crescimento da produção foi de 7% sobre os primeiros nove meses de 2023. Já as exportações começam a dar sinais de recuperação, após um primeiro semestre muito aquém do esperado.
Nova opção manual
A nova versão do Renault Kardian com câmbio manual de 6 marchas, a Evolution, chega para tentar alavancar as vendas do SUV compacto lançado no Brasil em março deste ano. A Evolution manual tem preço sugerido de R$ 106.990 e traz os mesmos equipamentos da Evolution com câmbio automático EDC – que custa R$ 118.990. A família Kardian se completa com as variantes Techno (R$ 129.990) e Première Edition (R$ 138.990), as duas automáticas. O modelo é produzido no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), e utiliza o motor 1.0 turbo flex TCe, da mesma família do 1.3 turbo TCe, desenvolvido em parceria com a Daimler. Esses dois propulsores compartilham 70% dos componentes, tendo como características um alto torque em baixas rotações e baixo consumo de combustível. O Kardian 1.0 turbo entrega 125 cavalos de potência e 22,4 kgfm de torque a partir de 1.750 rpm. Feito no Paraná pela Horse Powertrain Limited, o 1.0 turbo do Kardian tem tecnologias que a Renault desenvolveu para a Fórmula-1, atualmente, na Alpine, mas com 12 títulos mundiais como fornecedora de motores e dois com equipe própria, com o piloto espanhol Fernando Alonso (2005 e 2006).
Referências históricas
Sucessor de dois de seus maiores supercarros – o F1 e o P1TM –, o novo McLaren W1 eleva o padrão de desempenho dos primeiros modelos de rua da McLaren Automotive. Com 4,63 metros de comprimento, 2,19 metros de largura com os espelhos, 1,18 metro de altura, 2,68 metros de entre-eixos e 1.399 quilos de peso, o W1 é equipado com um 4.0 V8 biturbo ligado a um módulo E (elétrico) – fazendo do supercarro um híbrido –, com potência total de 1.275 cavalos e absurdos 134,5 kgfm de torque, sendo 90,4 do motor a gasolina e 44,7 do elétrico. A transmissão é uma DCT de 8 marchas. O novo modelo da McLaren Automotive acelera de zero a 100 km/h em 2,7 segundos, até 200 km/h em 5,8 segundos e até 300 km/h em 12,7 segundos, podendo chegar a 350 km/h – todos números de competição. O W1, com previsão de preço próximo de R$ 15 milhões, celebra o cinquentenário do primeiro título da McLaren na Fórmula-1, conquistado por Emerson Fittipaldi em 1974. Foi o segundo título do piloto brasileiro – o primeiro foi com a Lotus, dois anos antes. Portanto, o nome do McLaren W1 se traduz por o “W” de “world” (“mundo”, referência ao Campeonato Mundial de Fórmula-1) e o “1” de primeiro. Ah, e o laranja mamão papaia é a cor oficial da McLaren, fundada em 1966 pelo neozelandês Bruce McLaren, morto em um acidente da categoria Can-Am em 1970.
Reconfigurando a versão nacional
Para substituir o sDrive18i de entrada no line-up da BWM entre os modelos produzidos em Araquari (SC), o X1 sDrive20i chega ao mercado com preço de lançamento de R$ 318.950 e com a mesma motorização das outras versões do SUV. A nova sDrive20i é empurrada pelo 2.0 BMW TwinPower Turbo de quatro cilindros com 204 cavalos de potência e 30,5 kgfm de torque, associado ao câmbio Steptronic de 7 marchas. Com esse conjunto, a nova configuração do X1 acelera de zero a 100 km/h em 7,6 segundos, com velocidade máxima de 236 km/h. De acordo com o programa Conpet, do Inmetro, o novo X1 tem médias de 10,7 km/l e 13 km/l em ciclos urbanos e rodoviários, respectivamente. Visualmente, o modelo mantém o design tanto no exterior quanto na cabine. O carro tem 4,50 metros de comprimento, 1,84 metro de largura, 1,64 metro de altura, 2,69 metros de entre-eixos, capacidade do porta-malas de 476 litros e 1.527 litros com os bancos rebatidos e rodas de 18 polegadas. Por dentro, o sDrive20i segue o mesmo padrão das outras variantes do X1, com painel composto por uma tela curvada em TFT de alta resolução em duas partes, com 10,2 polegadas (painel de instrumentos) e 10,7 polegadas (multimídia). O carro tem o novo Sistema Operacional 9, com os comandos da tela integrada podendo ser acionados por voz, tato ou pelo i-Drive.
Nova tecnologia
A Stellantis participou do evento “Liderança Verde Brasil Expo”, promovido pelo Ministério de Minas e Energia, em Brasília. Durante a exposição, foi feita a cerimônia de sanção da lei “Combustível do Futuro” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No evento, a Stellantis mostrou quatro maquetes equipadas com a tecnologia Bio-Hybrid, que combina eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis em três níveis. O primeiro modelo nacional com a nova tecnologia será lançado em novembro deste ano. A tecnologia Bio-Hybrid é flexível e pode ser integrada a vários modelos da Stellantis, sendo compatível com todas as linhas de produção do grupo na América do Sul, fazendo parte do investimento de R$ 32 bilhões anunciado pelo grupo para a região no início deste ano.
Futuro híbrido capixaba
A fabricante brasileira Lecar divulgou imagens do Model 459 Híbrido, previsto para ser apresentado ao mercado em 2026, com produção na fábrica que planeja construir na cidade de Sooterama, no Espírito Santo. Antes de iniciar o processo de criação do design do novo carro, a empresa buscou referências em modelos clássicos nacionais, como o Chevrolet Opala, projetado por brasileiros, e o Volkswagen SP2, um ícone dos esportivos. O Model 459 Híbrido terá o “powertrain” principal do Renault Kardian – motor 1.0 turbo de 125 cavalos e 22,4 kgfm de origem Horse, parceira da Renault no Paraná –, trabalhando em conjunto com um propulsor elétrico fornecido pela Geely ligado ao eixo traseiro, funcionando também como um gerador. O 459 terá 4,35 metros de comprimento, 1,82 metro de largura, 1,52 metro de altura, 2,70 metros de distância de entre-eixos e porta-malas de 530 litros. A Lecar promete o pacote ADAS de assistência ao motorista, com sistema de permanência em faixa, controle de velocidade adaptativo, assistente de frenagem de emergência e sistema de alerta de pontos cegos. De acordo com a Lecar, o carro tem autonomia total de mil quilômetros, sendo cem quilômetros no modo 100% elétrico, com aceleração de zero a 100 km/h em 10,9 segundos.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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