Para rentabilizar as baterias
Sempre que um consumidor faz a opção por um veículo elétrico, a durabilidade das baterias entra em questão. Todos querem ter a segurança de poder rodar os quilômetros determinados sem nenhum tipo de desconforto. Por conta disso, a Watts, marca do Grupo Multi dedicada à mobilidade elétrica urbana e que produz os modelos WS120, W125 e W160S, dá dicas para o bom uso das baterias em motos.
1) Sempre armazenar a bateria em ambientes com temperaturas amenas, em torno de 25°C, e longe do contato direto com a luz solar.
2) Mesmo que a bateria não seja utilizada, recargas periódicas, a cada três meses, devem ser feitas.
3) Nunca armazenar a bateria descarregada, mesmo que por um curto período de tempo.
4) Sempre fazer as recargas quando o nível da bateria estiver em torno de 10%.
5) As baterias das motos elétricas têm uma vida útil de dois mil ciclos, mas como todas as baterias de qualquer produto eletrônico, há uma perda de eficiência e “saúde” da bateria, que ao longo dos dois mil ciclos pode chegar a 20%.
6) As baterias não podem ter contato direto com água, porém, se estiverem armazenadas dentro das motos, já estão protegidas, sem a necessidade de nenhuma proteção extra.
Lá vêm elas
A Shineray do Brasil deu mais um passo rumo à homologação das motocicletas de média e alta cilindradas da SWM Motorcycles, que chegarão ao mercado brasileiro a partir de 2025. A empresa celebrou contrato feito no dia 13 de março, em Chongqing, na China, com o China Merchants Vehicle Research (CMVR), instituto encarregado de fazer os testes regulatórios nos primeiros modelos da montadora de origem italiana. O CMVR é um dos laboratórios mais conceituados do mundo em análises e testes para a indústria automotiva. Todos os modelos que estão sendo analisados pela equipe de Desenvolvimento e Engenharia da Shineray do Brasil, para serem testados em Chongqing, devem atender às especificações ambientais previstas no programa denominado Promot, como determina o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Nascida em Milão, na Itália, a SWM Motorcycles pertence à holding chinesa Shineray Group desde 2014. Sua chegada ao mercado brasileiro marcará o início da montagem de motos de cilindradas mais altas montadas em Suape, Pernambuco. As motos SWM serão disponibilizadas nas lojas próprias da Shineray. “Fizemos essa visita técnica para que todas as nossas motos estejam dentro de sua conformidade e a empresa possa seguir com a validação, tanto dos produtos Shineray quanto da SWM. Inicialmente, serão testados modelos de 250, 300 e 400 cilindradas”, destaca José Edson Medeiros, CEO da Shineray do Brasil.
Cruiser elétrica
A Livewire S2 Mulholland, o novo modelo da divisão de motos elétricas da Harley-Davidson, foi revelada nos Estados Unidos. Desenvolvido sobre a base da S2 Del Mar, o novo modelo remete ao visual da motos custom clássicas da marca norte-americana. O guidão fica em posição mais elevada e recuada, fazendo que o piloto mantenha o tronco mais ereto. Fibras naturais e plásticos reciclados foram utilizados na confecção de algumas peças. O assento foi produzido com biomaterial de silicone, sem uso de couro ou vinil. Há também uma versão da Mulholland em Branco Lunar. A Mulholland usa a plataforma S2 e é movida por um motor elétrico de 84 cavalos de potênca e 26,8 kgfm de torque. Segundo a Harley-Davidson, o modelo acelera de zero a 100 km/h em 3,3 segundos e atinge 150 km/h de velocidade máxima. Sua bateria de 10,5 kWh garante uma autonomia de 195 quilômetros em uso urbano e 118 quilômetros, rodoviário. O carregamento pode ser feito em tomadas residenciais ou com carregador rápido. A Livewire S2 Mulholland já está sendo comercializada nos Estados Unidos por US$ 15.999, algo próximo de R$ 80 mil. Não há previsão para lançamento do modelo no Brasil.
De olho no óleo
A Motul, multinacional francesa especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, explica três motivos pelos quais os óleos utilizados em motocicletas tendem a ter uma vida útil mais curta em comparação aos carros. Particularidades nas demandas das motocicletas exigem uma formulação específica capaz de atender às exigências de todos os componentes. “Os lubrificantes para carros e motos desempenham funções vitais, desde a redução de atrito até a vedação de espaços críticos. Por isso, no momento da troca do óleo, os usuários devem prestar atenção aos padrões de qualidade do produto”, afirma Rafael Recio, gerente de Produtos da Motul. Tal exigência ampliada resulta em pontos que impactam diretamente a durabilidade do produto:
1 – Sistemas compartilhados: os óleos para motores de motocicletas exigem formulações específicas para funcionamento adequado do câmbio e dos discos de embreagem, evitando superaquecimento e proporcionando uma condução mais confortável. Os sistemas, que utilizam o mesmo óleo do motor para lubrificação, aceleram a degradação do óleo, seja por cisalhamento, desgaste dos discos ou pelo consumo dos pacotes de aditivos.
2 – Desafios térmicos: sistemas de resfriamento com fluido são comuns em carros, mas algumas motos ainda usam refrigeração por ar forçado, sem radiador. Presente em motos de baixa e média cilindradas, assim como em alguns modelos de competição (Enduro e Motocross) e algumas motos custom com motor bicilíndrico em “V”, esse tipo depende da velocidade da moto para a troca. Motos refrigeradas a ar, em trânsito intenso e dias quentes, enfrentam altas temperaturas que afetam a viscosidade do lubrificante, comprometendo a proteção contra desgaste.
3 – Altas rotações e menor volume: motocicletas têm motores menores e mais leves, permitindo maiores rotações. No entanto, essa característica aumenta a tensão nos componentes do motor e submete o lubrificante a cargas de cisalhamento mais altas. Além disso, o volume de óleo nas motos é inferior, o que contribui para maior exigência e desgaste.
Por Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação – Fotos: Divulgação
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