A Scania acredita em uma alta de vendas de caminhões para as operações “fora-de-estrada” em 2024 em comparação a este ano. “Acompanhando as projeções das entidades que representam os setores de mineração, canavieiro, madeireiro e construção, não há nada que, neste momento, mude o cenário de otimismo da Scania para um mercado superior em 2024”, afirma Fabricio Vieira, gerente de Vendas de Soluções Off-Road da Scania Operações Comerciais Brasil. De olho na demanda, anuncia a introdução do novo trem de força para sua linha de caminhões mais pesados. Voltados ao segmento “fora-de-estrada”, que operam sob condições extremas como na mineração e no transporte de cana-de-açúcar e madeira, os novos veículos completam o portfólio da linha Super lançada pela empresa no Brasil no final de 2022. Na mineração, a linha XT Super apresenta os modelos G 460 6×4 e G 560 8×4 Heavy Tipper – ambos com motor de 13,0 litros – e R 660 V8 10×4 Heavy Tipper (16,0 litros). Já nas operações de cana e madeira, a linha XT Super é formada pelos cavalos-mecânico G 560 6×4 e R 560 6×4 – ambos com o motor de 13,0 litros e especificados para um peso bruto total combinado (PBTC) de 74 toneladas, atuando em operações mistas de médios e longos trajetos rodoviários. Há ainda a opção para a cana com PBTC de 91 toneladas, que começou a ser explorada no mercado este ano. Com a inclusão da nova caixa de câmbio Heavy Planetary, a fabricante sueca aumenta a gama atendida pelo recém-lançado trem de força.
Os novos modelos chegam ao mercado alinhados aos padrões Proconve P8/Euro 6 e com o maior torque do mercado para motores de 13,0 litros. “Em um primeiro momento, preparamos nosso sistema industrial para atender a aplicações rodoviárias e agora avançamos para as operações mais pesadas e ‘fora-de-estrada’, tais como mineração e transporte de cana-de-açúcar. Com a chegada da linha Super para o segmento, traremos um novo patamar de economia operacional para o transportador, o que nos dará condição de manter a liderança de mercado nessas aplicações”, destaca Paulo Moraes, vice-presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.
A nova caixa de câmbio Heavy Planetary adotada nas configurações off-road da linha Super vem com uma sessão planetária reforçada, chamada de G25CH e de G33CH, menor e com carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. O novo escalonamento das marchas auxilia o arranque em situações extremas, como em rampas e com alto peso no veículo. Outras vantagens apresentadas nos novos modelos são a contribuição na economia de até 8% de combustível (em comparação à geração anterior), menor custo por tonelada transportada e mais segurança ao motorista. Para garantir mais segurança na operação, a Scania está incorporando dois freios, o CRB (freio de liberação de compressão, que chegou com a gama Super em 2022) e o auxiliar hidráulico Scania Retarder – os dois de série. Novas soluções de serviços com o Scania Pro incluem maior segurança na operação com o Scania Zone, que permite controlar a velocidade da frota por meio de cercas virtuais, limitando a velocidade em regiões previamente demarcadas pelo transportador.
A maior novidade da linha Super é o modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super, uma solução para a mineração que busca trazer mais produtividade com menor tempo de ciclo, menos custo por tonelada produzida, maior economia total operacional e maior capacidade técnica da categoria com peso bruto total (PBT) de 60 toneladas. Está equipado com a nova caixa Scania Opticruise Heavy Planetary G33CH, de 14 velocidades sendo uma Super reduzida Crawler – que diminui o uso frequente dos freios – e Overdrive. Sua capacidade máxima de tração (CMT) chega a 210 toneladas.
Os modelos da nova linha off-road XT Super são oferecidos nas cabines “P” e “G” – e em alguns casos, a “R” -, todos com o pacote XT de itens personalizados para as aplicações fora-de-estrada. Segundo a Scania, em alguns casos, a combinação do novo trem de força Super com os planos flexíveis da marca possibilitará até dobrar os intervalos de manutenção, com o veículo mais tempo disponível para transportar carga e gerar receita. Os novos motores e caixas de câmbio passaram por melhorias em seus componentes – auxiliando na redução do atrito interno e utilizando lubrificantes de última geração. De acordo com a fabricante, os novos trens de força alcançam eficiência térmica de aproximadamente 50%.
Por: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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