A Ford Ranger Raptor já está disponível para pré-venda no Brasil, por R$ 448.600. O preço reflete o posicionamento do modelo na linha de picapes da marca, entre a Ford Ranger Limited (começa em R$ 319.990 mas vai a R$ 339.990 completa) e a F-150 (de R$ 479.990 a R$ 519.990, dependendo da versão). Segundo a Ford, as unidades da Ranger Raptor compradas este ano serão entregues até o final de fevereiro de 2024. Produzida em Rayong, na Tailândia, a única fábrica que faz o modelo, a atual configuração radical da picape média foi apresentada globalmente, como projeto independente, em 2022, na Austrália. Inspirada nos veículos de competição no deserto e com tecnologias radicais em motorização e equipamentos todo-terreno, a Raptor completa a gama da nova geração da Ranger, que já conta com as variantes XL, XLS, XLT e Limited, todas importadas da Argentina. “A Ranger Raptor é feita para quem quer o que há de mais avançado em performance todo-terreno. É um verdadeiro ‘monstro’ das trilhas. Não há nenhuma picape da categoria que chegue perto dos atributos de desempenho que ela oferece para enfrentar os terrenos mais radicais do planeta. Assim como as demais versões da nova Ranger, ela chega para redefinir o padrão na categoria”, comemora Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.
Desenvolvido pela Ford Performance, divisão de esportivos de alto desempenho da marca, o conceito Raptor foi criado para o Rally Baja 1.000, na Baja Califórnia, no México, e aplicado originalmente na picape F-150. De acordo com a fabricante, a atual Ranger Raptor é uma picape de características únicas, trazendo o que há de mais avançado na motorização, potência, nos equipamentos e na vocação off-road, incluindo amortecedores Fox e outros recursos inéditos no segmento. Quase tudo na carroceria foi redesenhado em relação à Ranger convencional – de acordo com a Ford, foram mantidos apenas as portas, o teto, o assoalho da caçamba e o painel atrás dos bancos. As dimensões da Raptor são próximas às da Ranger convencional: 5,36 metros de comprimento (um centímetro a mais), 2,20 metros de largura (19 centímetros a mais), 1,92 metro de altura (quatro centímetros a mais) e 3,37 metros de entre-eixos (o mesmo da Ranger “normal”). A carroceria é disponível nas cores Laranja Saara, Azul Belize, Preto Astúrias, Branco Nevada e Cinza Diamantina.
Na grade, em lugar do tradicional logo oval e azul, as quatro letras do nome Ford aparecem em dimensões avantajadas. O conjunto óptico principal com faróis inteligentes Matrix Led e as luzes de circulação diurnas de leds ampliam o desempenho de iluminação da Ranger Raptor, com luzes de curva preditivas, farol alto sem ofuscamento para os outros veículos e nivelamento dinâmico automático para oferecer melhor visibilidade. Os para-lamas alargados cobrem rodas de liga leve de 17 polegadas envoltas em pneus para todo-o-terreno 285/70 R17 AT Continental Grabber com 33 polegadas de diâmetro, exclusivos da Raptor. Na traseira, as lanternas de leds casam com o estilo frontal e o para-choque tem um degrau integrado e uma barra de reboque dobrada para cima para evitar comprometer o ângulo de saída. A suspensão ativa Fox Live Valve Shock 2,5 polegadas proporciona uma melhor capacidade off-road. Há cinco modos para os amortecedores, sendo dois automáticos – o Jump Mode, que enrijece os pistões para absorver o impacto em saltos, e o Pedal Down, que enrijece os pistões para dar estabilidade em altas velocidades. Os diferenciais dianteiro e traseiro são blocantes. Protetores inferiores para off-road protegem os componentes vitais. A picape oferece uma capacidade de imersão de 85 centímetros, a maior da categoria – alternador, entradas de ar e componentes elétricos são elevados e isolados.
O interior da Ranger Raptor enfatiza o estilo off-road, com assentos esportivos inspirados em caças a jato na frente e atrás, para oferecer mais suporte durante as curvas de alta velocidade. O painel de instrumentos tem detalhes em Code Orange, enquanto os acabamentos e os bancos em estilo concha são espelhados pela iluminação ambiente, com um brilho âmbar. O volante esportivo em couro premium com desenho esportivo inclui saliências para o polegar, marcação no centro e borboletas de câmbio em magnésio fundido completam a sensação esportiva. Outros destaques são o cluster totalmente digital de 12,4 polegadas e uma central multimídia “touchscreen” Sync 4 de 12 polegadas com navegação nativa e conectividade para Apple CarPlay e Android Auto. O som Bang & Olufssen tem oito alto-falantes.
O motor a gasolina é o Nano 3.0 V6 biturbo GTDI, que foi ajustado pela Ford Performance para produzir 397 cavalos de potência e 59,4 kgfm de torque – nas versões XLS, XLT e Limited da Ranger, o 3.0 V6 turbodiesel entrega 250 cavalos e 61,2 kgfm. O câmbio da Raptor é automático com 10 velocidades. O zero a 100 km/h pode ser feito em apenas 5,8 segundos – é a picape mais rápida vendida no Brasil. O sistema antilag, disponível no modo “Baja”, mantém os turbocompressores girando por até três segundos após o motorista soltar o acelerador, permitindo uma retomada mais rápida da aceleração nas curvas ou nas marchas quando o condutor volta a acionar o pedal da direita. Conforme a Ford, o consumo fica em 8,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada.
Um sistema de escape ativo controlado eletronicamente amplifica o som do motor em quatro modos selecionáveis. No “Silencioso”, prioriza o conforto sonoro sobre o desempenho. No “Normal”, destinado ao uso diário, esse perfil tem uma “nota” de escapamento marcante sem ser muito barulhento. No “Sport”, tem um som mais alto e dinâmico, enquanto o “Baja” despeja toda a sua “fúria”. Além dos modos de som do motor, a Ranger Raptor tem os de condução, com cada um deles ajustando uma série de elementos, desde motor e transmissão até sensibilidade e calibração do freio ABS, da direção e do acelerador. Os medidores, as informações do veículo e os temas de cores no painel de instrumentos e na tela sensível ao toque central mudam com o modo de direção selecionado. Para a estrada, a picape tem o modo “Normal”, o “Esportivo”, mais responsivo para uma condução em rodovias, e o “Escorregadio”, para superfícies molhadas ou irregulares. Para o fora-de-estrada, tem o “Rock Crawl”, para aumentar o controle nos terrenos rochosos e irregulares extremos, o “Areia”, para superar areia e neve profundas, o “Lama/Terra”, para máxima aderência durante a partida, e o “Baja”, define todos os sistemas para ataque máximo em off-road severo e de alta velocidade. A Ranger Raptor tem ainda o Trail Control, uma espécie de controle de cruzeiro para o off-road.
Primeiras Impressões
Experiência selvagem
por Martín Echaide, do “Minuto Motor”/Argentina
especial para AutoMotrix
Buenos Aires/Argentina – A Ranger Raptor é uma picape que resiste às exigências mais brutais e às estradas mais hostis. Robusta e desafiadora desde a sua concepção, com chassi reforçado e suspensão com amortecedores Fox Live de 2,5 polegadas, o desempenho off-road da Raptor representa um “upgrade” absurdo em relação à Ranger convencional, que já é muito bom em relação ao segmento de picapes médias. O aspecto mais notável da Ranger Raptor é o motor 3.0 V6 biturbo GTDI. Com seus 397 cavalos, faz da Raptor a picape média mais potente e a mais veloz do mercado regional. À potência elevada somam-se os 61,2 kgfm de torque, mais do que suficiente para entregar um comportamento indômito. Outro equipamento que aprimora o padrão de dirigibilidade da Ranger Raptor é a tração 4×4 automática, que é reforçada pelos modos off-road em alta e baixa velocidade.
No off-road, a Ranger Raptor é um verdadeiro “monstro”. Um seletor permite escolher entre sete modos de condução. Um dos mais divertidos para rodar em trilhas rápidas é o “Baja”, que conta com o recurso Antilag – o turbo fica pressurizado durante três segundos após o motorista soltar o acelerador, para proporcionar retomadas mais espertas. Além das múltiplas possibilidades dinâmicas proporcionadas pelos sete modos de condução, a nova picape da Ford permite criar uma configuração personalizada, combinando as configurações “Escape” (silencioso, normal, esportivo ou baixo), “Direção” (normal, esportiva ou confortável) e “Suspensão” (normal, esportiva ou off-road). Como “bônus”, é possível alterar o som do escapamento, para se obter uma experiência singular para cada tipo de condução.
Por: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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