Na relativamente curta história da indústria automotiva brasileira – iniciada de fato na década de 60 do século passado –, o país pode se gabar de duas importantes contribuições para o setor. Uma nos próprios tipos de veículos, com a invenção do segmento de picapes originadas de hatches compactos. A outra, ao nível de mercado, com a introdução da modalidade de financiamento via consórcio. Sem contar com uma oferta de crédito direto ao consumidor, em setembro de 1962, funcionários do Banco do Brasil formaram o primeiro grupo para constituir um fundo para aquisição de automóveis, no caso, o Fusca. Para decidir quem ficaria com o compacto da Volkswagen no final do primeiro mês, veio a ideia do sorteio, em vigor até os dias de hoje, além da ideia do chamado lance aos moldes de leilão, surgida tempos depois. Pronto! Ali, nascia o consórcio.
Em 1967, viria o primeiro ato governamental estabelecendo normas sobre depósitos de recursos captados de consorciados e a criação da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), tendo as normas e a fiscalização feitas diretamente pelo Banco Central do Brasil, com uma reunião dos três grupos existentes na época – as financeiras independentes, as ligadas às concessionárias e as representantes das fabricantes de automóveis. Com o tempo, a ideia daqueles funcionários do BB se alastraria, surgindo o “boom” dos consórcios nos anos 80, com a modalidade se espalhando para setores como aeronaves, eletroeletrônicos, de máquinas e equipamentos, e até de imóveis.
Criada em 1993, a Volvo Financial Services (VFS) está completando 25 anos. A instituição foi pioneira ao lançar o primeiro consórcio de fábrica para veículos pesados no Brasil. Em 25 anos de atividades, o Consórcio Volvo comercializou 51 mil cotas e contemplou 23 mil cotas de clientes, disponibilizando R$ 5 bilhões em cartas de crédito para compra de caminhões, ônibus e equipamentos de construção civil – a Linha Amarela – no país. São 170 grupos abertos ao longo dos 25 anos. Desde 2016, outras marcas importantes foram atingidas, alcançando cerca de R$ 1 bilhão anuais em novas vendas de cartas de crédito de consórcio. Atualmente, são 10 mil cotas ativas. “É uma verdadeira história de sucesso. O Consórcio Volvo transformou-se em uma ótima ferramenta de renovação e ampliação de frotas de caminhões e de ônibus e do parque de máquinas de muitos clientes. Nosso consórcio sempre teve uma boa reputação. É uma questão de confiança, demonstrando a solidez da Volvo Administradora de Consórcio”, recorda Ruy Meirelles, presidente da Volvo Financial Services do Brasil.
Na comemoração de seus 25 anos, a VFS se alinha à atualidade cibernética para lançar um aplicativo do Consórcio Volvo para smartphones e tablets. No lançamento, a Volvo promoveu, no auditório de eventos da fábrica da montadora no Paraná, uma assembleia com convidados e imprensa “in loco” e os demais consorciados ligados via internet em tempo real, em um grande show interativo. Com o aplicativo, o cliente pode visualizar o extrato das contas de consórcio, checar toda a movimentação, antecipar parcelas, ver o saldo devedor, datas e pagamentos a vencer e o valor do crédito, além de uma série de outras informações. O associado pode ainda fazer a oferta de lances via celular para adquirir o seu bem. “Tudo ficou mais fácil, prático e ágil. Assim como ocorre no computador, laptop ou no tablet, o usuário também pode assistir ao vivo a assembleia pelo aplicativo no smartphone e fazer o lance, caso deseje”, explica Valter Viapiana, Diretor Comercial de Financiamento da VFS.
No setor de caminhões, ônibus e equipamentos de construção, os consórcios não param de crescer. Tiveram créditos comercializados de R$ 6,53 bilhões de janeiro a agosto de 2018, ante R$ 5,25 bilhões do mesmo período de 2017, em alta de 24,4%. Em contemplações, foram 22,25 mil no mesmo acumulado neste ano ante 19,75 mil de igual intervalo de 2017, representando crescimento de 12,7%.