Galope elétrico
A Ford anunciou suas ações de descarbonização para a América do Sul. O Mustang Mach-E deve estrear no Brasil em 2023 e está em testes há alguns meses pelas estradas do país. A versão escolhida para o mercado brasileiro deve ser a GT Performance, que entrega autonomia de 418 quilômetros (menos do que os 434 quilômetros da versão GT normal). Oferece 487 cavalos de potência e 87,6 kgfm de torque instantâneo, sempre enviado às rodas de trás. Segundo a Ford, o SUV cupê elétrico é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em 3,5 segundos. “O mundo está passando por uma transformação profunda na direção da eletrificação e conectividade. Temos um portfólio empolgante e conectado, com tecnologias avançadas, e agora, com esses três produtos, aceleramos a eletrificação no Brasil e na América do Sul”, explicou Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.
Novo sul-coreano
A Kia Brasil anunciou os preços do Niro HEV, cujo início de vendas no mercado brasileiro se inicia na primeira semana de outubro. A versão EX será comercializada por R$ 204.990, enquanto a SX Prestige terá preço de R$ 239.990. Em ambas, a pintura metálica ou perolizada terá acréscimo de R$ 2.800. Terceiro modelo do programa de eletrificação da Kia no país, o Niro HEV (híbrido) traz motor Kappa PE, de 1,6 litro, com injeção direta, a gasolina e bateria de polímero de lítio-ion, que proporciona potência combinada de 141 cavalos a 5.700 rotações por minuto e torque de 27 kgfm a 4 mil giros, acoplado à transmissão automática 6 marchas.
Para quem prefere assinar
O Nissan Move, o serviço de assinatura de veículos “all inclusive” da marca japonesa, está disponível em 28 novas cidades e mais dois Estados. Como anunciada no lançamento, no final de julho, a expansão do programa está colocando no “jogo” mais concessionárias que oferecem ao cliente a possibilidade de dirigir um Nissan sem preocupações com pagamento de impostos, revisões, seguro e depreciação. O Nissan Move já está em Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Niterói e Rio (RJ), Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Ijuí, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul (RS), Florianópolis (SC) e Assis, Itu, Tatuí, Campinas, Araranguá, Cotia, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São Paulo, Santo André e Votuporanga (SP). Para alugar um Versa Sense CVT por 24 meses com até mil quilômetros rodados por mês, por exemplo, as parcelas são de R$ 2.409, enquanto um Kicks Advance CVT custa R$ 2.889 mensais por 36 meses de contrato e também com mil quilômetros percorridos no mês.
Encontros marcados
O Brasil foi escolhido para ser sede em 2024 da décima quinta Reunião Ministerial de Energia Limpa (Clean Energy Ministerial – CEM) e a nona Reunião Ministerial da Missão Inovação (Mission Innovation – MI). A CEM e a MI são plataformas multilaterais que reúnem países do Terceiro Mundo e os já desenvolvidos, além de organizações internacionais e empresas, com o objetivo de acelerar a transição para as energias limpas. Os projetos desenvolvidos pelas plataformas buscam estimular pesquisa e inovação e aspectos vinculados à comercialização de tecnologias de energia limpa em larga escala. O Brasil é membro fundador dessas plataformas e ocupa ainda um lugar de liderança das iniciativas de alto perfil na CEM, como linhas de trabalho voltadas à modernização dos sistemas elétricos e a Plataforma para o Biofuturo, projeto multilateral dedicado a ampliar a utilização da bioenergia. Os encontros de daqui a dois anos serão realizados na cidade de Foz do Iguaçu (PR), na Itaipu Binacional.
Novos tempos
O Naias (North American International Auto Show), o vulgo Salão de Detroit, não é mais o mesmo. A tradicional mostra da cidade outrora chamada de “A Capital do Automóvel” perdeu quase tudo: a data – no início de janeiro, quando antecipava as tendências do mercado –, as edições de 2020 e 2021 – por causa da pandemia –, o charme e o “bonde” da história. Encerrado no último domingo, o Salão só manteve de tradicional o evento da Ford na abertura das portas do Cobo Center, à margem do Rio Detroit, que separa a cidade canadense de Windsor. “Sabemos que os salões de automóveis são uma tradição de longa data da indústria e continuamos comprometidos em trabalhar com nossos revendedores para envolver os clientes de maneiras inovadoras. Mas os dias do Salão de Detroit com 60 revelações de veículos acabaram. Atualmente, a forma como as empresas revelam seus produtos é completamente diferente”, justifica Thad Szott, organizador da mostra norte-americana. Este ano, estiveram entre as principais atrações novidades na área de taxi aéreo e um eVTOL (termo em inglês para veículo de pouso e decolagem vertical à base de eletricidade), ou carro-voador, da Shutterstock.
Um brinde aos veteranos
O Rally do Whisky, realizado pelo MG Club do Brasil, no último sábado, teve percurso de 165 quilômetros de Araraçariguama, na Grande São Paulo, e à Fazenda Montanhas do Japi, em Jundiaí, no interior paulista. Pela primeira vez, a competição teve uma prova válida pelo Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA). Disputado por 40 automóveis clássicos de 13 marcas diferentes, entre nacionais e estrangeiros, e mais um da categoria Turismo (com menos de 30 anos de fabricação), o Rally do Whisky teve a presença de milhares de pessoas que acompanharam o percurso às margens de rodovias vicinais da região. O principal atrativo do Rally do Whisky é a mistura de veículos de marcas estrangeiras tradicionais, como Mercedes-Benz, Porsche, Jaguar, BMW e Alfa Romeo, com modelos nacionais atualmente pouco vistos nas ruas. Neste ano, o rali teve participação de dez carros produzidos no Brasil, das marcas Puma (GTB, GTE e GTS), Volkswagen (Fusca e Voyage), Fiat (147) e Envemo (S-90, réplica do Porsche 356).
Reação e causa
Até julho deste ano, cerca de 13 mil sinistros de trânsito registrados em rodovias brasileiras tiveram como causa principal ou secundária questões relacionadas à condição de saúde dos motoristas, no momento da ocorrência. Esse volume de colisões, capotamentos e outros acidentes deixou 13.744 feridos e 881 mortos, representando um aumento de quase 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) acrescenta que a falta de atenção, a ingestão de álcool e substâncias psicoativas, a sonolência do condutor e o mal súbito se somam decisivamente aos eventuais problemas de saúde do motorista. A falta de reação ou resposta tardia ou ineficiente ao volante foram as duas maiores causas de mortes e ferimentos, segundo o mesmo levantamento. Cerca de 5.100 pessoas ficaram feridas e outras 314 morreram este ano em razão da falta de resposta imediata às circunstâncias que comprometeram a direção. Outros 4.200 feridos e 274 óbitos nas rodovias foram motivados pela total falta de reação do motorista.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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