O exemplar desta semana de “Roda Rio”, com data de capa de 29 de setembro de 2022, é o de número 105 da revista automotiva. Ao longo destes dois anos contínuos de edições semanais, o produto jornalístico foi se transformando e evoluindo. A revista foi originalmente concebida no formato digital e projetada para poder ser lida diretamente no celular, sem necessidade de aproximação – mas com leitura fácil também em tablets, notebooks e desktops.
Comparando com a edição número 1, a evolução da revista de número 105 é notável. O formato da página, as tipologias e a diagramação de “Roda Rio” têm sido aprimorados desde então para proporcionar uma experiência de leitura mais confortável. Em termos editoriais, a publicação preserva a proposta ampla “herdada” da AutoMotrix, agência de notícias automotivas criada em maio de 2018 e que deu origem inicialmente ao site “Roda Rio”, no mesmo ano, e, depois, em 2020, à revista semanal com o mesmo nome. Ou seja, é um conteúdo abrangente, que traz as principais novidades semanais do Brasil e do mundo nos segmentos de automóveis, motocicletas, utilitários, caminhões e ônibus, com foco principal em novos produtos e nas novidades tecnológicas. Tudo em uma linguagem simples, acessível ao leitor comum, porém, com informações relevantes também para o público iniciado no setor automotivo. Ao conteúdo nacional e internacional da AutoMotrix, que abastece semanalmente as páginas de jornais e sites assinantes em todo o Brasil, a revista “Roda Rio” acrescenta semanalmente um ingrediente regional: as reportagens da editoria Rio, com informações automotivas de interesse específico para os leitores cariocas e fluminenses. Parabéns à dedicada equipe envolvida na produção de “Roda Rio” e agradecimentos aos assinantes da revista e aos anunciantes que acreditaram na proposta editorial e apoiaram publicitariamente o projeto.
Contudo, ao começar a escrever o Editorial da edição de aniversário de dois anos de “Roda Rio”, percebi que também estou completando, no início de outubro, exatas três décadas de atuação permanente no jornalismo automotivo. Meu primeiro evento foi o Salão do Automóvel de São Paulo de 1992, o primeiro após a liberação da importação de automóveis no Brasil. Naquele “motorshow”, poucos dias após sua posse como presidente, no dia 2 de outubro, Itamar Franco fez uma de suas primeiras aparições públicas. Itamar declarou-se inconformado ao perceber que o veículo mais barato em exposição custava o equivalente a US$ 23 mil. Dali nasceu a ideia de um carro popular, ao alcance da classe média – algo como o Fusca, que havia deixado de ser produzido no Brasil seis anos antes, em 1986. Atendendo à demanda presidencial, em 1993, o Fusca voltou às linhas de montagem brasileiras. Naquele Salão do Automóvel de 1992 – que teve como destaque “novatos” importados como os Toyota Corolla e Hilux, o Ford Explorer e os Mitsubishi Eclipse e Pajero –, o primeiro assessor de imprensa do setor para quem me apresentei nos corredores do Pavilhão de Exposições do Anhembi foi no estande das rodas Mangels – ninguém menos que o grande Enio Campoi, bastante ativo até hoje na Mecânica de Comunicação Estratégica. No estande da Ford, conheci outro “cracaço” da assessoria de imprensa automotiva – o emblemático Luiz Carlos Secco, também ativo na Secco Consultoria de Comunicação. Dei sorte!
De lá para cá, foram exatos 30 anos de jornalismo automotivo que renderam milhares de reportagens e cerca de 1.200 eventos, incluindo mais de uma centena de coberturas internacionais em 20 países. Além de lugares incríveis, conheci pessoas maravilhosas e fiz grandes amigos no meio automotivo. Muitas histórias já foram vividas e contadas e muitas outras serão ao longo das próximas edições semanais da Agência AutoMotrix e da revista “Roda Rio”. Afinal, exercer o jornalismo nada mais é do que tentar encontrar boas histórias – e trabalhar para contá-las da melhor maneira possível! Sem dúvida, uma profissão deliciosa e apaixonante!
Por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Editor da Agência AutoMotrix e da revista “Roda Rio”
