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Os novos tempos e a pandemia da Covid-19, que explodiu no Brasil a partir de março de 2020, mudaram a vida no planeta. A indústria automotiva foi atingida em cheio, em toda a sua cadeia, produtiva e de negócios. Particularmente, a compra de um novo automóvel não tem mais como endereço apenas as concessionárias. E até elas tiveram de se adaptar, transformando a internet como agente principal de seus negócios. Mas não foram somente as lojas “físicas” que embarcaram nesse movimento. Até bem antes de a pandemia eclodir sem pedir licença, um mundo digital já movimentava a compra e a venda de carros. A digitalização e o uso da tecnologia proporcionaram uma nova forma de negociação. Utilizar as plataformas online tem se tornado cada vez mais comum, sobretudo pela praticidade que as soluções oferecem. Contudo, é fundamental o cliente estar alerta para evitar dores de cabeça desnecessárias. 

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Em 2021, o Brasil teve em torno de 88,5 bilhões de tentativas de ações fraudulentas na internet, um aumento de mais de 950% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Fortinet – empresa multinacional da Califórnia, com sede em Santa Clara, que desenvolve e comercializa software, produtos e serviços de cibersegurança, como firewalls, antivírus, prevenção de intrusão e dispositivos em defesa dos usuários. No ambiente virtual, no qual criminosos agem o tempo inteiro, é importante que o consumidor e o lojista estejam cientes das falcatruas e golpes do “amigo do alheio”. “Qualquer pessoa está sujeita a cair em golpes online. E ao se tratar de compra e venda de carros, que normalmente movimentam altos valores, é ainda mais indicado optar por uma plataforma que ofereça segurança, transparência e praticidade em todo o processo de negociação”, alerta Luca Cafici, CEO e fundador do InstaCarro, startup fundada em 2015 que conecta interessados em vender veículos com lojistas de todo o país.

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Um exemplo de como este mercado teve um crescimento vertiginoso está no site de classificados OLX, que relatou ter cerca de 200 mil anúncios por mês no setor automotivo, equivalendo a 25% dos carros transacionados no país. Destes, 90% são de anúncios de veículos usados, mas as concessionárias também investem no aprimoramento do formato online para a venda de veículos novos. “O intuito é proporcionar uma experiência digital tão completa quanto a experiência física. A ideia é que o cliente possa ter todas as soluções físicas em um site, como visão geral do estoque, comparação entre modelos, especificações técnicas, fotos detalhadas, simulação de financiamento e de seguro, compra de acessórios, agendamento de serviços e, principalmente, para estar assegurado contra os golpes dos criminosos do ciberespaço”, explica Nikolas Olegario, gerente-geral da Olegario Motors, que tem duas concessionárias da Caoa Chery em Santa Catarina. 

Três dicas para as transações online 

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Ofertas tentadoras

Desconfiar sempre dos veículos anunciados por preços muito abaixo do praticado no mercado. Para ter uma real noção, o importante é comparar e utilizar como parâmetro os valores de mercado daquele determinado veículo. “As pessoas não gostam de ter que negociar porque ficam com a impressão de que poderiam ter conseguido um preço melhor. Além disso, a precificação fixa e detalhada traz a confiança de que aquele é o valor justo independente de quem seja o negociador”, analisa Roger Laughlin, cofundador e CEO da Kavak Brasil.

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Verifique a procedência

Na internet, qualquer golpista pode se passar por uma pessoa íntegra, que deseja apenas ajudar. Mas é sempre indicado se fazer as negociações por empresas que tenham o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). Outra dica nesse quesito é solicitar documentos que comprovem a ligação do negociante com o veículo anunciado. As pessoas que buscam comprar ou vender um carro pela internet desejam maior praticidade e rapidez. Para isso, existem as chamadas lojas virtuais, empresas que fazem a intermediação entre o cliente e o lojista. Esse comerciante poder ser uma própria concessionária da montadora. Entretanto, é importante o consumidor procurar por lojas virtuais que sejam transparentes, seguras e práticas. “O comércio eletrônico deve, necessariamente, ser desenvolvido em uma plataforma sólida e confiável”, ensina Heitor Bover, CEO da eMutua Digital, de Joinville (SC). 


Fuja do golpe do sinal

Nenhuma negociação deve ser feita sem comprovações da idoneidade de quem está vendendo. O comprador deve evitar ainda dar uma entrada para garantir a compra do veículo. É comum um criminoso prometer ao consumidor sua relação próxima à fabricante do veículo, mas que para entregá-lo é necessário receber uma parte do valor como entrada. 

Por  Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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