O terceiro gêmeo
A Fiat lançou no Brasil o Scudo, um furgão médio oferecido nas versões Cargo e Multi (de passageiros). É montado no Uruguai, na mesma linha da Nordex de onde já saem os “gêmeos” Peugeot Expert e Citroën Jumpy – com os quais o Scudo partilha a plataforma EMP2, carroceria e motorização. O furgão da Fiat tem 5,30 metros de comprimento, 1,94 metro de altura e seu baú, com volume de 6,1 metros quadrados, pode carregar até 1,5 tonelada e transportar itens de até 2,8 metros de comprimento. A porta traseira bipartida tem abertura de 180 graus e a da lateral é deslizante, sendo adaptadas para o carregamento com empilhadeira. O motor 1.5l turbodiesel com intercooler, que estreia em um Fiat, tem 120 cavalos e torque de 30,6 kgfm, associado ao câmbio manual de 6 velocidades. A capacidade do tanque é de 69 litros, e o modelo tem autonomia média de 800 quilômetros. De acordo com a legislação vigente, conta com tanquinho para AdBlue (mistura de água e ureia – equivalente ao Arla 32) para tratar os gases de exaustão e reduzir a emissão de poluentes. Ambas as versões estão disponíveis em duas cores: Prata Aluminiun e Branco Banchisa. O Scudo permite que pessoas habilitadas com a CNH de categoria B possam dirigir. O novo furgão chega também na versão elétrica e-Scudo, que é importada da França. Primeiro utilitário 100% elétrico da Fiat no Brasil, promete autonomia de 330 quilômetros e é equipado com motor com 136 cavalos de potência (100 kW) e 26,5 kgfm de torque imediato. O conjunto de baterias de íons de lítio é de 75 kWh. A pré-venda do Scudo já se iniciou. A versão Cargo parte de R$ 187.490, a Multi começa em R$ 192.490 e o elétrico e-Scudo Cargo sai por R$ 329.990.
Van ou foguete?
Foi apresentada no tradicional Festival de Velocidade de Goodwood, no Reino Unido, a Ford Pro Electric SuperVan, quarta geração da linha de vans de ultra-alta performance. Com cerca de 2 mil cavalos, acelera de zero a 100 km/h em menos de dois segundos e chega a mais de 300 km/h. Desenvolvida como protótipo pela Ford Performance e pela Stard, especializada em carros elétricos de competição, na Áustria, a SuperVan é uma vitrine das tecnologias de eletrificação e conectividade já oferecidas na linha Transit, levadas ao extremo para o mundo das pistas. Para mostrar do que ela é capaz, o francês campeão Romain Dumas a comandará na famosa prova de subida de Goodwood. A Ford Pro Electric SuperVan é equipada com quatro motores elétricos, tração integral, bateria de 50 kWh com refrigeração líquida e um sistema especial de controle. O seu chassi, desenvolvido especialmente para as pistas, é baseado na E-Transit, primeira versão elétrica da van mais vendida da Europa. A Ford Pro, divisão de veículos comerciais da marca, oferece vários serviços conectados que ajudam a aumentar a produtividade da Transit em operação normal. Na SuperVan, a transmissão de dados em tempo real e o gerenciamento remoto servem também para elevar ao máximo a performance do veículo. “Como nos carros de competição modernos, os engenheiros podem usar os dados em tempo real para otimizar o seu desempenho”, explica Mark Rushbrook, diretor-global da Ford Performance Motorsports. O pacote eletrônico inclui controle de tração e de partida, limitador de velocidade para “pit-lane” e frenagem regenerativa de três estágios para recarregar a bateria – similar à usada na E-Transit. Em baixa velocidade, o modo “Eco” aumenta a eficiência do motor, maximiza a frenagem regenerativa e corta a tração no eixo traseiro. O botão E-Boost aumenta a potência e o torque instantâneos para velocidade máxima.
Teste prático
A Mercedes-Benz do Brasil participa de uma iniciativa da Petrobras e da Vibra Energia (antiga BR) em Curitiba, capital do Paraná. Essas empresas farão um teste do novo Diesel R5 com conteúdo renovável em três linhas de ônibus regulares da cidade. Para isso, utilizam quatro veículos da marca que fazem parte da frota da Auto Viação Redentor. Com 5% de conteúdo renovável, o Diesel R5 da Petrobras é produzido na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. As três linhas de ônibus utilizarão esse combustível durante seis meses. O objetivo é avaliar, em situação real, a influência do novo combustível na redução de emissões, no desempenho e na manutenção do veículo. O Diesel R5 é produzido a partir do processamento de óleos vegetais ou gordura animal com diesel de petróleo. O combustível sai da refinaria com 95% de diesel mineral e 5% de diesel renovável. Por sua vez, a Vibra faz a adição obrigatória de 10% de biodiesel, entregando o produto final com 15% de conteúdo renovável. “A Mercedes-Benz acompanha e incentiva iniciativas como essa da Petrobras e da Vibra que têm como foco a redução de emissões, além de outros reflexos em termos de eficiência e economia no transporte”, ressalta Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
Atitude na caçamba
A Ford apresentou a Ranger Raptor com uma pintura colorida para o Festival de Velocidade de Goodwood 2022, no Reino Unido. Denominada como Gay Raptor, a picape é uma homenagem da marca à comunidade LGBTQ+. A exibição em Goodwood faz parte da iniciativa da Ford para combater o preconceito na indústria automotiva e tem como objetivo o engajamento no respeito aos direitos humanos de lésbicas, bissexuais, gays, travestis, transexuais e pessoas intersexo. A Ranger Very Gay Raptor surgiu em 2021, como uma projeção em computador feita como resposta a um comentário homofóbico que surgiu nas mídias sociais da marca. O “feedback” da comunidade LGBTQ+ foi tão positivo que a marca decidiu desenvolver um protótipo e usá-lo como uma ferramenta para ajudar a reduzir a discriminação. Um vídeo de duas Ranger Raptor, uma convencional e uma Very Gay Raptor, aceleram em pistas off-road serve para provar que, mesmo com identidade diversa, ambas são capazes de encarar igualmente os desafios. A Ranger Very Gay Raptor tem motor twin-turbo 3.0 EcoBoost V6 com 288 cavalos e 50 kgfm de torque.
Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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