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Quando a Fiat Toro foi lançada, em 2016, a Renault Oroch já tinha estabelecido o novo segmento SUP (Sport Utility Pick-up) – ou picape derivada de um utilitário esportivo, com tamanho entre as compactas e as médias. Mas coube à representante da Fiat produzida em Goiana (PE), mesmo complexo dos Jeep fabricados no Brasil, tomar conta do novo segmento com seu enorme sucesso de vendas. Só neste ano, a Toro teve um total de 16.097 unidades emplacadas no primeiro quadrimestre, com 5.105 no quarto mês de 2022. Em abril do ano passado, a Fiat lançou a versão Volcano, trazendo como grande novidade o motor 1.3 GSE Turbo Flex T270 (em alusão ao torque em Nm), o mesmo utilizado nos Jeep Renegade, Compass e Commander, com até 185 cavalos de potência e torque de 27,5 kgfm, acoplado à transmissão automática de 6 marchas. Configuração intermediária da picape, a Volcano é responsável atualmente por 55% do mix da Toro. Mesmo não sendo a “top” da picape, a Volcano é muito bem equipada de série, saindo pelo preço inicial de R$ 144.990.

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Em comparação ao resto da gama, a Volcano tem a mudança mais clara externamente nos faróis. O conjunto óptico manteve-se dividido em duas partes (uma das principais características de design da Toro). No entanto, a parte de cima passou a ser em leds, trabalhando em um misto de luzes de circulação diurna (DRL) e setas de direção. Os faróis principais são auxiliados pelos de neblina, todos em leds. O capô recebeu duas saliências para ampliar a sensação de robustez, que incorpora ainda o logotipo da Fiat centralizado e apoiado por dois filetes horizontais cromados. No lado esquerdo da grade fica a Fiat Flag, uma pequena bandeira italiana estilizada, com para-choque com “quebra-mato” embutido em tom de aço escovado. Atrás, menos mudanças. Acertadamente, a tampa da caçamba continua bipartida, com abertura para os dois lados. As lanternas agora são em leds, tendo o logo “Turbo 270” bem visível na porta do compartimento de carga. A capota marítima é de série, enquanto as maçanetas externas são cromadas e as capas dos retrovisores, as molduras das janelas e a coluna central das portas são em preto. As rodas de liga leve são de 18 polegadas, e um belo rack com barras longitudinais e o “brake light” em leds completam o visual de cima da parte de trás.

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A Volcano, assim como todas as variantes da Toro, traz de fábrica o Cluster Full Digital de 7 polegadas, com indicadores de temperatura e nível de combustível em leds. A Volcano conta com multimídia com tela “touschscreen” de 8,4 polegadas, espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto, Bluetooth, MP3, rádio AM/FM e entradas Aux e USB, internet 4G nativa por meio de um chip da TIM pago à parte e “linkado” com o Fiat Connect Me, capaz de conferir via smartphone os dados do computador de bordo e localização do veículo.

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No quesito segurança, a Toro Volcano bicombustível tem de série sete airbags (dois laterais, dois de cortina, dois frontais e um de joelho), apoio de braço para os bancos dianteiros, abertura elétrica do bocal de combustível, ar-condicionado digital dual zone, sensor de ré, quadro de instrumentos digital, câmera de ré, assistente de partida em rampa e bloqueio eletrônico do diferencial, volante de couro com “paddles shifts” para trocas de marchas sequenciais ao comando do motorista, controlador de velocidade, luzes ambientes para a cabine, banco do condutor com ajustes elétricos, chave presencial, sensor de estacionamento dianteiro, carregador de celular por indução e retrovisores rebatíveis eletricamente.

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A composição de preços da Toro Volcano Flex depende das cores empregadas. Eles aumentam em todas as variantes conforme o ICMS de cada Estado, sendo que especificamente em São Paulo, na Paraíba e em Pernambuco, os valores crescem em média R$ 5 mil no primeiro e em R$ 6 mil nos outros dois, embora o último seja o da “casa” da picape da Fiat. A cor metálica Cinza Granite (do modelo avaliado) aumenta o preço inicial em R$ 2.500, mesmo das Vermelho Tribal, Prata Billit, Preto Carbon e Branco Polar. Por menos – R$ 1.500 –, o cliente pode ter a picape na cor sólida Branco Ambiente. A multimídia vertical Uconnect de 10,1, presente na versão avaliada, pode ser incluída opcionalmente como parte do Pacote Tecnologia, somando ainda a frenagem autônoma de emergência, o aviso de saída de pista e a comutação automática do farol alto, aumentando o preço em R$ 6 mil.

Impressões ao dirigir

Respostas rápidas

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Porto Alegre (RS) – Com 4,94 metros de comprimento, 1,84 metro de largura, 1,69 metro de altura, 2,98 metros de distância de entre-eixos, peso de 1.670 quilos, tanque de combustível de 55 litros, 670 quilos de capacidade na caçamba (937 litros) e 400 quilos de carga rebocável, a Toro Volcano bicombustível tem altura livre em relação ao solo de 26,3 centímetros, ângulo de ataque (o da frente) de 25,8 graus e de saída (o de trás) de 28,3 graus. Com isso, a versão da picape da Fiat é uma boa aliada para o andar do dia a dia é para as tarefas do campo. Mas a principal estrela da Toro Volcano bicombustível é mesmo o novo motor 1.3 GSE Turbo T270, perfeitamente integrado à transmissão automática de 6 marchas com um comportamento muito dinâmico. O “powertrain” da nova Volcano dá um “banho” (em tudo) nos antigos 1.8 bicombustíveis aspirados. A picape não foi avaliada com a caçamba carregada. “Vazia” e com duas pessoas a bordo, ela tem 180 cavalos de potência abastecida com gasolina e 185 cavalos com etanol, com um torque de 27,5 kgfm já disponível a partir de 1.750 rotações com os dois tipos de combustível. Conforme a Fiat, a Volcano Flex acelera de zero a 100 km/h em 11,2 segundos (gasolina) e em 11 segundos (etanol), podendo chegar à velocidade máxima de 197,5 km/h com o combustível renovável. Se o motorista quiser um desempenho mais arisco, o ideal é utilizar as “borboletas” localizadas atrás do volante para comandar as mudanças de marchas. Mais: com a tecla “Sport”, tem uma significativa alteração nas respostas e retomadas de velocidade, no pedal do acelerador e no peso da direção.

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Trafegando sempre leve em termos de bagagem ou carga, a Toro Volcano mostrou pouca rolagem, com as suspensões tipo MacPherson na frente e multilink atrás colaborando para um rodar mais tranquilo. Em subidas de serra com curvas mais fechadas, a picape acionou as assistências de condução, sem passar sustos para o motorista. A direção com assistência elétrica se mostrou leve nas baixas velocidades e em manobras – como deve ser –, ficando mais “dura” quando o ritmo cresce, tudo como “manda o figurino”. De acordo com dados do Inmetro, a Volcano 1.3 turbo tem consumo de 9,4 km/l com gasolina e de 6,5 km/l com etanol na cidade e de 10,8 km/l e de 8 km/l na estrada, respectivamente. Com aferição própria, a picape da Fiat fez com gasolina 21,7 km/l a 60 km/h, 18,3 km/l a 80 km/h, 13,5 km/l a 100 km/h e 9,8 km/l na cidade, com a velocidade limitada a 60 km/h. A média ficou em 10,6 km/l. 

Por  Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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