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Não é um carro. Nem um caminhão. Parece uma mistura dos dois. Trata-se da nova geração do Delivery Express+, o modelo de entrada da família de caminhões leves da Volkswagen. Apesar de ser um veículo comercial, capaz de transportar 1.400 quilos de carga líquida, também tem características dos automóveis, como suspensão dianteira independente, estilo de dirigir e conforto interno. Não é exatamente um caminhão – no documento, por ser um veículo comercial leve com Peso Bruto Total de 3,5 toneladas, é registrado como caminhonete. E pode ser dirigido por motoristas que sejam habilitados com a categoria B, a mesma de quem dirige automóveis, além de pagar pedágio simples, como os carros de passeio. O Delivery Express+ não tem restrições de circulação nas grandes cidades – que limita as atividades dos caminhões maiores.

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            O Delivery Express nasceu em 2017, junto com a família Delivery, para ser uma opção para um mercado que, atualmente, cresce devido à demanda cada vez maior por entregas urbanas e transporte de encomendas expressas. Em sua nova geração, o caminhão tem motorização diferente. Ele deixa de usar os motores Cummins para ser equipado com o novo propulsor FPT F1C de 3,0 litros e quatro cilindros, calibrado especialmente para o veículo, que desenvolve potência de 156 cavalos e torque de 36,7 kgfm. A grande novidade desse motor é o sistema de emissões: EGR e SCR, pois já atende às normas de emissões Proconve P8 e Euro 6 e, assim, utiliza o Arla 32. O tanque plástico de diesel tem capacidade de 80 litros, integrado ao tanque de Arla, com 16 litros. Segundo a Volkswagen Caminhões e Ônibus, esse modelo do Delivery com motor novo pode entregar economia de até 5% de combustível em relação à versão anterior. Para o Delivery Express+, a Volkswagen Caminhões e Ônibus dá garantia total de um ano, de dois anos no trem de força, ambas sem limite de quilometragem, e de seis anos da cabine, contra corrosão perfurante. Para o lançamento, a fabricante oferece as três primeiras revisões com mão de obra gratuita.

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Primeiras impressões

À vontade na cidade

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São Paulo/SP – O Volkswagen Delivery Express+ foi avaliado em uma viagem que teve duração total de uma hora e 37 minutos, em um percurso misto pela região Sul de São Paulo, com alguns trechos no ABC Paulista. No total, foram 40,6 quilômetros passando por vias movimentadas, como a Avenida das Juntas Provisórias, região do Jabaquara, e Rodovia dos Imigrantes. O consumo foi surpreendente: pouco mais de quatro litros de diesel no total, perfazendo uma média de nove quilômetros rodados por litro. O caminhão estava carregado com sua capacidade máxima. Muitos carros de passeio adorariam ter essa média na cidade.

            A cabine é bastante ampla. Sobra espaço para o motorista e mais dois ajudantes, todos bem acomodados nos bancos com revestimento que imita couro, de fácil limpeza, e todos com cinto de três pontos. O banco do meio tem rebatimento para que se transforme em uma área de trabalho, para manuseio ou preenchimento de documentos, ou em uma pequena mesa para refeições rápidas, com direito a dois porta-copos. A posição de direção é confortável, e o banco do motorista tem ajuste bastante amplo de profundidade e de altura. O mesmo acontece com o volante, que pode ser reposicionado para cima, para baixo, para frente e para trás. De série, a nova geração do Delivery Express+ traz alguns equipamentos eletrônicos de segurança importantes, como controle de estabilidade e de tração, ABS e sistema eletrônico de gerenciamento dos freios. A experiência de dirigir o VW Delivery Express+ é realmente agradável e tranquila. O arranque em primeira marcha com o veículo carregado é bastante suave e confiável. Não é necessário ter muita precisão no pé para dosar a aceleração. Ao sair, o Delivery já surpreende com um ronco diferente, o do novo motor FTP. O câmbio é um Eaton de 6 marchas, com a sexta “overdrive”. É amistoso e bom de se operar. As trocas são precisas e o encaixe das marchas é bem justo.

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            No trecho de estrada do teste, na Rodovia dos Imigrantes, o Delivery rapidamente desenvolveu velocidade ao evoluir das trocas de marchas. Ao chegar na sexta, na faixa dos 90 km/h, o giro foi caindo lentamente e a transmissão entrou em modo “overdrive”, um confortável e econômico recurso para os trechos rodoviários, com o qual se mantém em velocidade de cruzeiro adequada com o motor trabalhando a giros mais baixos e “bebendo” menos.

            A experiência de direção é realmente muito parecida com a de um carro. Por vezes, é fácil esquecer que se está em um veículo de carga transportando o seu peso máximo de capacidade. A curva de torque plana do motor permite que o circular pela cidade e o rodar pelas estradas sejam tarefas prazerosas e tranquilas. Em aclives médios, por exemplo, não é necessário reduzir a marcha se estiver em terceira ou quarta. Com uma leve aceleração, o caminhão entrega o torque necessário para subir o trecho. O caminhão tem o sistema de auxílio de partida em rampa, uma grande ajuda para quem trabalha nos trechos urbanos fazendo entregas. O sensor detecta a inclinação do terreno e aciona o sistema, fazendo o freio segurar o veículo por quatro segundos para uma arrancada suave e segura, sem risco de colisão com quem está atrás.

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Por Leo Doca, da Agência Transporta Brasil,especial para a AutoMotrix– Fotos; Divulgação

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