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O capacete é muito mais que um item de segurança obrigatório na pilotagem de uma moto. O cérebro é um órgão vital e um dos mais frágeis do corpo humano, e a cabeça é a parte do corpo mais afetada em caso de acidente, causada por queda ou colisão – principalmente a testa e o queixo. Dessa forma, o motociclista e o garupa devem sempre escolher por um produto confiável para sua utilização – cidade, estrada ou aventura – e reduzir ao máximo danos em função de um impacto multidirecional causado por uma queda.

            Confiança e qualidade estão diretamente ligados à segurança. Por isso, os testes servem para avaliar a resistência de várias partes do capacete, como a cinta jugular, a viseira e o casco propriamente dito, a choques sofridos na parte superior e nas laterais. “Na hora de comprar um novo ou seu primeiro capacete, o motociclista deve verificar se o produto conta com o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) na parte traseira do casco, garantindo que o capacete passou e foi aprovado por todos os testes de resistência”, observa Angél Leite, gerente de Produção e Desenvolvimento de Produtos da Starplast, empresa que produz os capacetes Bieffe, Peels e Fly.

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            Para ser um sucesso de vendas, o capacete precisa ser bonito, confortável e, obviamente, seguro. Existem outros fatores que influenciam na escolha. O principal deles é o tipo de uso que o piloto pretende. Por exemplo, se for para andar na pista, recomenda-se usar um capacete estilo “Racing”, com casco integral. Agora, se a ideia é pilotar em trilhas, o ideal é um capacete do tipo “Cross”, daqueles com a queixeira projetada para frente. O modelo requer também o uso de um óculos de proteção. Nos grandes centros urbanos ao redor do mundo, os modelos abertos, do tipo “Jet”, são quase uma unanimidade por sua versatilidade. O casco é compacto, e muitos deles podem ser guardados em baús ou no espaço sob o assento, nos caso de scooters ou CUBs.

            Capacete só protege se for do tamanho correto e estiver bem afivelado. Para a escolha certa, basta medir a circunferência da cabeça usando uma fita métrica. O número encontrado em centímetros será correspondente ao tamanho do capacete: 56 centímetros equivalem ao tamanho S, 58 centímetros, ao M, 60 centímetros, ao L, 62 centímetros, ao XL, 64 centímetros, ao XXL. Caso o tamanho da circunferência seja ímpar, o mais indicado é optar pelo próximo número maior. O capacete precisa encostar no couro cabeludo e as almofadas laterais, nas bochechas. É importante destacar que não pode haver um espaço entre o capacete e a cabeça. Depois de prender a cinta jugular rente ao pescoço, verificar se é possível mover o capacete para os lados. Caso o motociclista consiga, recomenda-se trocar por outro de número menor. A resolução nº 203 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina que os motociclistas devem utilizar capacete com viseira, ou em sua ausência, óculos de proteção. Vale ressaltar que os tipos de óculos são aqueles utilizados em provas de motocross ou em trilhas.

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            Independentemente da marca ou do tipo, o capacete deve ser descartado se cair, trincar ou rachar o casco. “Muitas vezes, uma leve queda pode amassar a calota interna (isopor) e deixar a região mais frágil. Outro impacto no mesmo local pode comprometer a vida útil do capacete e, consequentemente, a segurança do motociclista. Na dúvida, trocar de capacete”, afirma Leite. As normas brasileiras exigem uma proteção mais reforçada na região que corresponde à calota craniana e às têmporas do que na parte da boca. Portanto, capacetes abertos ou que apenas cumpram às normas podem não proteger a região do queixo, uma das mais traumatizadas pelas quedas. É recomendável utilizar um capacete integral, principalmente se o piloto for usá-lo em “Track-Days” e viagens, nos quais a velocidade é mais alta, ou até mesmo no dia a dia. A troca do capacete deve ser feita de três a cinco anos, em função dos cuidados com o produto e fatores climáticos, que podem acelerar o envelhecimento do casco, ressecando isopor, espuma e tecidos.

            Para garantir a confiança e a qualidade ao consumidor, em fevereiro de 2001, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a norma NBR 7471. Além de conferir as dimensões e o peso, a resolução exige que todos os capacetes comercializados no Brasil (nacionais ou importados) passem por testes de qualidade, certificados pelo Inmetro. Capacetes comprados no Exterior não estão dentro da lei, já que o selo só é conferido para aqueles vendidos no Brasil, como prevê a resolução nº 203 do Contran, datada de 29 de setembro de 2006. Porém, na prática, os modelos importados também foram testados em seus países de origem. Ou seja, em relação à segurança, os motociclistas estarão protegidos. Contudo, se o piloto for retido em uma fiscalização de trânsito, poderá ser autuado. 

Por Aldo Tizzani, do “MinutoMotor”, especial paraAutoMotrix – Fotos: Divulgação

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