A Mercedes-Benz revela suas armas para a corrida de eletrificação da indústria automotiva mundial no Salão IAA 2021, aberto de 7 a 12 de setembro, em Munique. Os destaques são quatro modelos repletos de tecnologias inovadoras: o Maybach EQS, o EQG, o EQE e a versão AMG do EQS. A divisão de ultra luxo Maybach está fornecendo uma prévia do seu primeiro modelo de produção em série totalmente elétrico. O SUV-conceito EQS é feito sobre a arquitetura modular para veículos elétricos de luxo e executivos da Mercedes-Benz e leva a exclusividade da Maybach para um futuro livre de emissões. O SUV traz elementos típicos da divisão de luxo, como a enorme grade frontal e os dois tons da pintura da carroceria. Dentro, se destaca o desenho futurista do volante. Segundo Ola Kallenius, CEO da Daimler, a cabeça de toda a corporação alemã, um em cada dez clientes da Mercedes prefere um veículo eletrificado. Esse número só tende a crescer nos próximos anos. A Mercedes anunciou também um grande plano de eletrificação. A fabricante oferecerá pelo menos um modelo eletrificado em todos os segmentos a partir de 2022. Em quatro anos, a empresa terá uma versão totalmente elétrica de cada modelo de seu portfólio.
A parte mecânica do EQS, como potência e torque, não foi revelada, mas a Maybach garante uma autonomia de até 600 quilômetros. Enquanto isso, a Mercedes trabalha com uma versão própria do SUV elétrico, com lançamento previsto para o próximo ano. “O EQS está quase pronto para produção e representa a prova de que a tecnologia de propulsão elétrica de última geração e o sistema de entretenimento MBUX Hyperscreen combinam com a assinatura Maybach em um interior requintado”, afirmou Philipp Schiemer, executivo da Maybach. Além da proeminente grade da frente formada por filetes verticais cromados com fundo preto, chamam a atenção no EQS os faróis estreitos e completamente integrados ao conjunto, que parece formar um sorriso. A pintura externa combina a parte superior até o capô com a cor Obsidian Black Metallic com a Zircon Red Metallic a partir da cintura lateral para baixo. As rodas, de 24 polegadas, são gigantescas com interior sólido e raios apenas nas extremidades. As maçanetas externas das quatro portas são embutidas e, conforme a marca, saltam quando a pessoa se aproxima delas. A porta do motorista se abre automaticamente. A cabine do EQS salienta o futurista volante com a empunhadura e as partes de cima e de baixo bem achatadas, como o dos carros da Fórmula-1 – embora no SUV o tom seja bem claro –, o console traseiro em laca branca e detalhes em ouro rosa. Um sistema de infoentretenimento tem uma tela “cinemascope” de alta definição que ocupa o painel de lado a lado da cabine.
Nem o icônico Classe G escapou da eletrificação. O conceito EQG mantém as linhas retas características do “jipão” da Mercedes, acrescentando elementos herdados dos outros elétricos da marca alemã. Quatro motores elétricos ficam posicionados próximos às rodas do EQG, garantindo a tração integral. A data de lançamento do EQG não foi definida. “Estamos viajando para o futuro com o EQG. Esse carro representa a fusão de recursos off-road de última geração com o surgimento da mobilidade elétrica pela qual precisamos lutar. O mais importante era manter o DNA completo da Classe G mas transmiti-lo para a era do EQ”, salientou Gorden Wagener, diretor de Design do Daimler Group. O EQG não utiliza a plataforma EVA da linha “EQ”, mas uma adaptação do chassi do Classe G. As baterias serão integradas à plataforma para garantir um centro de gravidade mais baixo. No visual, o SUV elétrico tem as linhas tão retas quanto às do “irmão” a combustão, mantendo os faróis redondos e utilizando uma borda em leds, enquanto as luzes de seta foram posicionadas mais próxima ao capô. A imitação de grade é iluminada, com pequenos quadrados azuis e uma borda em leds brancos. Visto de cima, o EQG tem um grande “G” sobre um “X” em baixo relevo sobre toda a capota.
No evento alemão, a Mercedes revelou seu segundo sedã elétrico, o EQE, para ficar abaixo do carro-chefe EQS em sua linha de EVs com a marca EQ. Os dois carros têm um visual bastante parecido – embora o EQS seja um hatchback –, tanto por dentro quanto por fora, porém, o elétrico é um pouco menor e mais leve, apesar de ser um três volumes, e menos acessível, naturalmente. Parte da economia de peso para o EQE vem da bateria menor em comparação à do EQS. No elétrico, mostrado somente na especificação EQE 350, a Mercedes optou por uma bateria de 90,6 kWh, que concede ao veículo um alcance de 660 quilômetros. O EQE 350 é alimentado por um único motor elétrico síncrono permanentemente montado na parte traseira, cuja potência é de 288 cavalos com torque de 53,5 kgfm. Pode-se carregar de 10 a 80% da bateria em apenas trinta minutos. O EQE pode vir com a mesma configuração MBUX Hyperscreen de 56 polegadas, composta por três telas curvas. O elétrico vem de fábrica com uma tela de infoentretenimento MBUX de 12,8 polegadas, “keyless go and start”, faróis full-led, iluminação ambiente com sessenta e quatro combinações, sistema de som Burmester, estacionamento sem manobrista, sensor de impressão digital, teto solar panorâmico e rodas de 19 polegadas. A Mercedes lista como principais rivais do EQE o Porsche Taycan, o Tesla Model S, o Audi e-Tron GT, o Lucid Air e o BMW i4. A fabricante alemã revelou também o AMG EQS 53, o primeiro elétrico de alto desempenho assinado pela divisão esportiva AMG, responsável, entre outras coisas, pela equipe da Fórmula-1. Na versão AMG do cupê de quatro portas, os motores elétricos entregam potência combinada de 667 cavalos e torque instantâneo de 104 kgfm. De acordo com a Mercedes, o carro acelera de zero a 100 km/h em 3,4 segundos, com velocidade máxima de 250 km/h e autonomia de 526 a 580 quilômetros. Pode ser utilizado em carregadores de até 250 kW. O lançamento oficial está previsto para o final deste ano na Europa. Como rivais, a AMG vê o Porsche Taycan Turbo S e o Audi RS e-Tron GT. O EQS é o equivalente ao Classe S dentro da linha de elétricos, sendo, assim, topo da gama. Foi o primeiro modelo da marca produzido sobre uma plataforma dedicada aos elétricos. A suspensão a ar do EQS adaptativa foi aprimorada. No visual, o EQS se diferencia pela grade “Panamericana” exclusiva da AMG e mudanças com foco na aerodinâmica, com rodas de 21 ou 22 polegadas. No interior, o AMG EQS herda a tela curva MBUX Hyperscreen por toda a extensão do painel.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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