A Jeep acaba de apresentar seu terceiro modelo produzido no Brasil. Fabricado no Polo Automotivo Jeep na cidade pernambucana de Goiana, considerada a mais eficiente linha de produção automotiva do grupo Stellantis no mundo, o Commander vem para se juntar ao compacto Renegade e ao médio Compass – líderes de vendas em suas categorias. A missão do novo modelo é ser uma referência entre os utilitários esportivos para até sete pessoas no país. O primeiro Jeep desenvolvido totalmente do Brasil tem um conceito global e será exportado para outros países latino-americanos. “O Commander nasce da percepção da necessidade de oferecer um novo modelo para um cliente que quer continuar crescendo na escolha de seu carro, seguindo na Jeep. Ele começa com o Renegade, se desenvolve passando pelo Compass e agora sobe mais um degrau, chegando ao Commander. Nosso novo SUV coloca o cliente em um patamar ainda mais premium da marca. O carro ditará uma nova fase da Jeep no Brasil”, comemora Alexandre Aquino, diretor da Jeep para a América Latina. Os preços para as versões turbo flex são de R$ 199.990 na Limited e de R$ 219.990 na Overland. Nas turbodiesel, são de R$ 259.990 na Limited e de R$ 279.990 na Overland.
Em termos de estilo, o Commander pode ser definido com uma espécie de “Grand Compass”. Apesar dos esforços do marketing da Jeep para ressaltar uma personalidade própria, evidentemente o novo modelo herdou bastante do estilo consagrado do SUV médio da marca. De fato, nenhuma peça da carroceria é compartilhada com o Compass. Os faróis full-led com setas sequenciais são exclusivos e visualmente integrados com a grade. Barras prateadas com efeito de aço escovado envolvem os faróis e também marcam presença no para-choque, unindo as luzes diurnas de leds. Se a aparência externa remete a uma versão “anabolizada” do Compass, o espaço interno é um atributo mais específico do novo modelo. Afinal, a plataforma maior se traduz em espaço para sete passageiros com porta-malas, mesmo com as duas fileiras de trás “armadas” – o bagageiro de apenas 410 litros sempre foi um dos pontos criticados do Compass. No Commander, são 661 litros com cinco pessoas, 233 litros com sete pessoas a até 1.760 litros com apenas dois passageiros, sem as duas fileiras traseiras.
A sofisticação é outro ponto forte do Commander. Os bancos, feitos em couro com detalhes em suede (tecido semelhante à camurça), reforçam o aspecto refinado. Têm costura aparente, com tom acobreado, bordado no encosto e nos assentos. O logotipo “Jeep” vem gravado em baixo relevo (versão Limited) no banco e no apoio de braço, que traz ainda o ano de fundação da marca (1941). Nas topos de linha Overland, o nome da versão é que vem gravado nos bancos. O conjunto suede e couro está também no painel com costura em “burnished cooper” nos acabamentos em marrom e preto e em light diesel grey e cinza. Há ainda um filme decorativo “hydrographic” com acabamento metálico, que varia de acordo com o tom do interior: Vertical Brush com cromado cobre e acetinado e Silver Metal Brush com cromado.
Por fora, o Commander oferece seis opções de cores tradicionais da marca (Branco Polar, Cinza Granite, Prata Billet, Azul Jazz, Deep Brown e Preto Carbon) e uma nova e exclusiva do modelo: a Slash Gold, um tom dourado. Nas versões Overland, o teto é em preto e as molduras inferiores são na cor do veículo. Dentro da cabine, são três cores como opções para o acabamento: couro e suede preto (Limited), couro e suede marrom (Overland) e couro cinza (único item opcional do novo Jeep). O Commander apresenta ainda nove novos “easter eggs” – tradicionais figuras típicas da marca norte-americana – espalhados no interior e exterior do veículo.
O Jeep Commander oferece dois tipos de motorização, uma bicombustível e outra a diesel. O T270, já utilizado na Fiat Toro e no Compass, tem 180 cavalos com gasolina e 185 cavalos com etanol, ambos a 5.700 rotações por minuto, e 27,5 kgfm (270 Nm, daí o nome) de torque a partir de 1.750 giros. A configurações Turbo Flex têm sistema de tração 4×2 e câmbio automático de 6 velocidades. O modo de condução “Sport” habilita trocas de marchas mais rápidas e em rotações mais altas. Conta ainda com o Traction Control +, sistema de controle que atua em pisos de baixa aderência com até três rodas fora do chão. De acordo com a Jeep, nessa configuração, o Commander acelera de zero a 100 km/h em 9,9 segundos e pode chegar a 202 km/h, com etanol.
Já o turbodiesel TD380 recebeu um mapa de calibração específico para o Commander, novos volante-motor, conversor de torque e turbina e teve a curva de pedal aprimorada, permitindo um aumento de torque de 35,5 kgfm para 38,5 kgfm (380 Nm, daí o nome) a partir de 1.750 rpm. Com 2,0 litros e quatro cilindros, o propulsor tem 170 cavalos de potência a 3.750 rotações. O propulsor traz o sistema SCR de pós-tratamento de gases de escape. As versões turbodiesel têm sistema de tração 4×4 com reduzida, câmbio automático de 9 velocidades, seletor de terrenos com três modos (“Sand/Mud”, “Snow” e “Auto”) e HDC (Hill Descent Control), que auxilia o motorista em descidas íngremes durante percursos off-road. Nessa configuração, o Commader acelera até os 100 km/h em 11,6 segundos e pode atingir 197 km/h.
As versões Limited vêm com rodas de liga leve de 18 polegadas, “Keyless Enter ‘N Go”, bancos dianteiros com ajustes elétricos, abertura elétrica do porta-malas, sete airbags e todos os sistemas de direção autônoma (ADAS). As Overland têm rodas em liga leve de 19 polegadas e acrescentam teto solar panorâmico, sistema de som premium Harman Kardon, banco do passageiro elétrico, porta-malas com sensor de presença, tomadas de 127 Volts, Adventure Intelligence Plus com Alexa in Vehicle, molduras inferiores na mesma cor do veículo e o Jeep Off-Road Pages. A linha de acessórios Mopar está disponível para personalização do novo SUV diretamente na Rede de Concessionárias Jeep. São dezoito itens, como assento para pets, porta-óculos, bagageiro de teto para prancha de surfe e malas. Com garantia de três anos, o Commander tem revisões a cada 12 mil quilômetros ou um ano para as versões flex e de 20 mil quilômetros ou doze meses para as turbodiesel. A previsão de início de entrega é em outubro deste ano.
Interior tecnológico
O Jeep Commander vem com cluster full-digital personalizável de 10,25 polegadas, central multimídia com tela “touchscreen” de 10,1 polegadas full-HD com navegação embarcada e espelhamento para Apple CarPlay e Android Auto, carregamento de smartphones sem a necessidade de fios, portas USB inclusive para as fileiras de trás e acesso ao porta-malas com abertura e fechamentos elétricos na Limited e na Overland. Nessa última, há ainda o sensor de presença (“hands free”) para o compartimento de carga, para-brisa e vidros laterais térmicos, rebatimento automático dos retrovisores e ar-condicionado dual zone com canal dedicado aos assentos traseiros.
O novo Jeep brasileiro tem o Sistema Avançado de Assistência ao Motorista (ADAS), incluindo controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com frenagem automática, detecção de ponto cego e de tráfego cruzado, alerta de mudança de faixa, frenagem de emergência para pedestres, ciclistas ou motociclistas, detector de fadiga do condutor, reconhecimento de placas de velocidade, comutação automática de faróis e “park assist”. O sistema de som é da marca Harman Kardon com nove alto-falantes, subwoofer e 450 Watts de potência e tecnologia Fresh Air, que utiliza dutos da cabine como “caixa acústica”. O modelo ainda conta com a Adventure Intelligence, plataforma de conectividade exclusiva da Jeep, em todas as versões. A plataforma entrega conveniência, assistência e entretenimento com mapas inteligentes, chamadas de emergência e “wi-fi hotspot” – conecta até oito aparelhos ao Wi-Fi nativo do Commander. Outra novidade nas versões Overland é a função Alexa in Vehicle, que leva a assistente pessoal da Amazon para dentro do novo SUV da Jeep.
Ficha Técnica
Jeep Commander Overland TD380 TurboDiesel AT9
Motor: transversal dianteiro, turbodiesel, quatro cilindros, 1.956 cm³
Potência: 170 cavalos a 3.750 rpm
Torque: 38,7 kgfm (380 Nm) a 1.750 rpm
Injeção: eletrônica direta, Bosch Multijet II
Velocidade máxima: 197 km/h
Aceleração: zero a 100 km/h em 11,6 segundos
Consumo: urbano 10,3 km/l, estrada 12,9 km/h
Transmissão: automática 9 marchas
Tração: integral
Freios: ABS e EBD, dianteiro disco ventilado (305 milímetros) com pinça flutuante, traseiro disco sólido (320 milímetros) com pinça flutuante
Suspensão: dianteira tipo MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais, traseira tipo MacPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos e pressurizados, molas helicoidais
Direção: elétrica com pinhão e cremalheira
Rodas e pneus: liga de alumínio 19 polegadas – 235/50 R19
Peso: 1.908 quilos
Dimensões: comprimento 4,76 metros, largura 1,85 metro, altura 1,68 metro, distância de entre-eixos 2,79 metros
Altura mínima do solo: 21,4 centímetros
Ângulo de entrada: 25,4 graus
Ângulo de saída: 23,6 graus
Porta-malas: 661 litros (5 pessoas), 233 litros (7 pessoas), 1.760 litros (sem as duas fileiras traseiras)
Tanque: 61 litros
Preço: R$ 279.990
Por Daniel Dias/Automotrix – Fotos: Divulgação
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