O limpador de para-brisa é um dos mais importantes equipamentos dos veículos e acompanha a indústria automotiva desde seus primórdios. Quando o assunto é a preservação e o aumento da vida útil das palhetas de borracha, não faltam dicas “caseiras” prometendo ajudar os donos de veículos na missão. Porém, nem sempre esses conselhos estão certos e às vezes o motorista corre o risco em obter um efeito contrário. Um limpador em condições inapropriadas de uso pode prejudicar a visibilidade, principalmente em dias de chuva muito forte.
No caso de veículos que ficam expostos com frequência a um clima mais quente ou a longos períodos de chuva, é recomendado que a revisão seja feita em menos de doze meses. “É comum as pessoas pensarem em revisar as palhetas somente nas épocas de chuvas, quando sentem as consequências da falta de manutenção. Contudo, esse não é um hábito adequado, pois os limpadores de para-brisa são itens de segurança de um veículo. É importante que com a chegada do período de chuvas, a peça esteja funcionando bem para não haver perda de visibilidade, aumentando o risco de acidentes”, explica Marco de Luca, diretor-geral da Valeo Service. As palhetas da fabricante são comercializadas no mercado de reposição sob as marcas Valeo e Cibié.
Assim como todos os componentes e peças de um veículo, o limpador de para-brisa tem data de validade e deve ser substituído no período indicado. Além disso, a não utilização do limpador em caso de chuva pode gerar uma multa grave de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira nacional de habilitação (CNH), segundo o Código de Trânsito Brasileiro. Para auxiliar o consumidor a preservar as palhetas do seu para-brisa, a Valeo Sistemas Automotivos, empresa multinacional francesa fornecedora global de produtos automotivos, ajudou a elaborar uma lista de “mitos” e “verdades”, com cinco crenças bem comuns.
Renovadores de palhetas aumentam a vida útil da peça? Mito.
Existem alguns aparelhos que prometem deixar a borracha da palheta “nova em folha”, pois são uma espécie de estilete para cortar a parte quebradiça. Trata-se, porém, de uma solução ineficaz. O procedimento pode até melhorar a limpeza na primeira ou segunda tentativas de uso, mas acaba por danificar a proteção química da palheta. No fim das contas, o dono terá de comprar uma nova em seguida.
Sabão neutro no recipiente do limpador é mais eficiente? Verdade.
O correto é utilizar sempre sabão líquido neutro ou produtos desenvolvidos especialmente para esse fim. Por serem desengordurantes, eles deixam a cobertura do para-brisa mais lisa, facilitando a ação das palhetas. No entanto, não é indicado misturar soluções, como detergentes e produtos de limpeza de casa e outras substâncias, pois ressecam as palhetas.
Querosene e álcool para limpar as palhetas ajudam a elevar a sua vida útil? Mito.
Muita gente usa essa técnica, entretanto, ela é errada. Esses produtos têm substâncias abrasivas que ressecam a borracha e prejudicam o funcionamento das palhetas. É preferível se usar sempre um pano umedecido em água.
Encerar o para-brisa melhora a eficiência dos limpadores? Depende.
Algumas pessoas têm o hábito de encerar o vidro da frente do carro acreditando que isso não afeta a visibilidade e não danifica as palhetas. Mas é preciso ter cautela, pois se o produto seguir impregnando na borracha, pode causar danos à aderência da palheta. Por isso, é preciso ter o cuidado de limpar a borracha sempre que for tirar a cera do vidro para não deixar resíduos.
Braço do limpador desregulado pode prejudicar a ação da palheta? Verdade.
O braço tem regulagem específica que serve para aplicar a pressão correta da palheta sobre o vidro. Uma vez que isso é alterado, a ação do componente fica comprometida. Essa desregulagem nem sempre é visível para o motorista, que acaba substituindo a palheta sem necessidade. Por isso, é preciso ter muito cuidado nas lavagens do para-brisa e na manipulação dos braços de metal. A Valeo tem uma ferramente própria que, de forma simples, é capaz de diagnosticar se os braços estão tortos ou não.
Por Luiz Humberto Monteiro Pereira- Fotos:Divulgação
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