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Mercado disfuncional

        As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus produziram 58.014 unidades em fevereiro. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o volume é 8,2% superior ao alcançado em janeiro (53.631 unidades) e 38,6% menor na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando 94.442 motocicletas saíram das linhas de montagem. Ainda de acordo com levantamento da Abraciclo, foram produzidas 111.645 motocicletas no país no primeiro bimestre, o que corresponde a uma retração de 42,7% em relação ao mesmo período de 2020 (194.734 unidades). Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os números registrados neste início do ano ainda refletem o agravamento da crise sanitária na cidade de Manaus, fazendo que as fábricas readequassem seus turnos de trabalho para atender ao toque de recolher implantado pelo governo estadual. “Essas medidas impediram que as fábricas mantivessem a curva crescente de produção registrada nos últimos meses de 2020”, afirma Fermanian. Os emplacamentos em fevereiro totalizaram 57.384 unidades. O volume é 33,1% menor que o registrado no mês anterior (85.798) e 28,1% inferior às 79.812 motocicletas emplacadas em fevereiro de 2020. “O impacto sofrido na produção afeta toda a cadeia. Ainda temos uma demanda reprimida que não conseguimos atender. A procura por motocicletas segue em alta, mas é preciso equilibrar a relação de oferta e demanda”, complementa o presidente da Abraciclo.

Para além das fronteiras

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        Em fevereiro, as exportações de motocicletas totalizaram 2.926 unidades, o que representa queda de 25,1% na comparação com o mês anterior (3.904). Em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram exportadas 2.394 unidades, houve alta de 22,2%. De acordo com levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais destinos foram: Estados Unidos (1.628 unidades e 44,2% do volume total exportado), Argentina (setecentas e sessenta e duas e 20,7%) e Canadá (quatrocentas e cinquenta e 12,2%).  No primeiro bimestre, foram exportadas 6.830 motocicletas, representando aumento de 66,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (4.095). Os países que mais receberam motocicletas produzidas no Polo de Manaus foram os Estados Unidos (2.826 unidades e 36,6% do total exportado), a Argentina (2.466 e 31,9%) e Colômbia (seiscentas e noventa e quatro e 9%).

Retração com metáforas

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        A Harley-Davidson definiu sua nova estratégia de mercado para o Brasil. Segundo a empresa, o foco será em uma rede de concessionárias otimizada e operações reestruturadas para fornecer produtos e experiências líderes do segmento para o cliente. A argumentação parece até promissora mas, na prática, passam a existir no Brasil apenas dezenove concessionárias autorizadas em dezessete cidades nas cinco regiões do país, um número que representa uma redução em relação às vinte e cinco que a Harley-Davidson mantinha no país até 2020. Agora, as revendas da marca norte-americana no Brasil operam nas seguintes cidades: São Paulo (duas), Campinas, Itupeva, Sorocaba, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro (duas), Belo Horizonte, Uberlândia, Curitiba, Londrina, Florianópolis, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Salvador e Manaus. Ou seja, a operação se concentra nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em toda a região Norte, há apenas uma concessionária, em Manaus. E, no Nordeste, somente a de Salvador.

Esportividade à italiana

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        A Aprilia apresentou a linha 2021 da RSV4. A esportiva chega renovada em suas duas versões, Base e Factory. O motor V4 teve um discreto aumento de capacidade, de 1.077 cm³ para 1.099 cm³, com potência máxima de 217 cavalos a 13 mil giros e torque de 12,7 kgfm a 10.500 rpm. O chassi de alumínio permanece o mesmo, mas a balança traseira é mais leve e tem sua estrutura inspirada na Aprilia RS-GP usada na MotoGP. O formato do assento do piloto e do tanque também foram alterados para melhorar a interação com a moto. A RSV4 2021 recebeu leves alterações na aerodinâmica e um sensor inercial de seis eixos, que permite um maior refinamento da atuação do ABS e do controle de tração, mesmo em curvas. As rodas de alumínio forjado, suspensão eletrônica semiativa da Öhlins e pinças de freio Brembo Stylema são as principais diferenças da versão Factory em relação à moto básica. Nos Estados Unidos, a Base sai por US$ 19 mil (R$ 106 mil) e a Factory, por US$ 26 mil (R$ 145 mil).

Por Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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